:: ‘falta dágua’
Itabuna: falta de água em unidade de saúde impede vacinação contra a gripe
A Unidade de Saúde do centro de Itabuna (ao lado da FTC) está dois dias sem atendimento, o que inclui a aplicação de vacinas contra a gripe.
O motivo não é a falta de vacina, que com estoque para atender a demanda, mas a falta de água no prédio onde a unidade está instalada.
De acordo com servidores, o problema é só no local, mas não há previsão de normalização. “Talvez segunda-feira”, dizem. Talvez…
Vale lembrar que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) confirmou que até o dia 2 de junho deste ano foram notificados 1.166 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 87 óbitos. Dentre esses casos, 225 foram confirmados para Influenza, sendo 174 pelo subtipo A H1N1, com 20 deles evoluindo para óbito.
Uma cidade sem prefeito, dez bairros sem água
Há quase setenta dias, moradores dos bairros de dez bairro, entre eles partes do Castália, Pontalzinho, Alto Mirante, Alto Maron, bairro Santo Antônio, Novo Horizonte, Loteamento Tupinambá, Parte do São Roque, Alto do Santa Inês e Pedro Fontes 1 não recebem uma mísera gota d´água, segundo a Emasa devido ao rompimento de uma adutora de 300 milímetros no bairro Monte Líbano,
Sem crédito junto aos fornecedores, a Emasa teve que recorrer à Embasa, mas demorou tanto a fazê-lo já que se passaram mais de 30 dias da quebra, que somados aos 40 dias que os bairros já estavam sem água, chega-se aos absurdos 70 dias.
É como se a tal tubulação viesse à pé de Salvador pela BR 101, com paradinhas para um lanche, uma ida ao banheiro e até mesmo um pit stop num motelzinho para um aperto com os parafusos, já que eles são de ferro, mas não tão de ferro assim.
Quando a tal tubulação finalmente chegou (a Emasa diz que chegou, mas são tantas as informações- digamos- contraditórias que é lícito duvidar se chegou mesmo), descobriu-se que faltavam os joelhos para o encaixe das peças. Isso mesmo: faltaram os joelhos!!!
Como se trata de joelhos, repetir-se-á o trajeto pela BR 101, e agora, para justificar o nome, eles virão de joelhos mesmo. Se rolar uma coxa apetitosa na beira da estrada, lá vai mais uma graninha para o dono do motel.
E mais uma grana alta para os felizardos que vendem água em Itabuna, porque afinal de contas é disso que estamos tratando aqui, se é que precisa desenhar.
Tivesse Itabuna um prefeito de verdade, e não um ex-prefeito em atividade, gente boa, honesto, mas absolutamente sem pulso para exigir que seus subordinados justifiquem os polpudos salários que recebem, e toda a diretoria da Emasa já teria sido afastada, por absoluta incompetência para gerir a crise hídrica que afeta milhares de pessoas em Itabuna e que não pode ser debitada exclusivamente à longa estiagem.
Mas, a exemplo da espera pela água que não cai, esperemos sentados por uma atitude de quem se esperaria alguma atitude.
Porque, convenhamos, esperar em pé até 1º. janeiro de 2017 cansa…
Itabunenses fazem fila de até 4 horas para conseguir água potável em Ilhéus
Com a água da Emasa chegando salgada (quando chega) às residências e com os comerciantes de água mineral achacando os consumidores (o galão de 25 litros chega a custar 9 reais em média, 10 reais em alguns bairros), as bicas localizada nas proximidades do Banco da Vitória, em Ilhéus, tem sido o recurso utilizado por centenas de itabunenses para conseguir água potável.
O movimento é intenso no local e em alguns casos a espera para encher os galões pode chegar a 4 horas, já que o volume de água das três bicas disponíveis também foi reduzido por causa da estiagem.
Hoje pela manhã, um comerciante que foi tratar de negócios em Ilhéus aproveitou para pegar 150 litros de água. “É para minha família, minha mãe e minha irmã, e apenas para beber e cozinhar, porque a água da Emasa está muito salgada”, afirmou. Ele chegou as 10 horas e saiu às 15:30 horas.
Ontem a tarde, houve um principio de tumulto, porque um aposentado itabuneense tentou encher dois galões com 100 litros de água cada um, o que provocou revolta de quem estava na fila. Para não ter que esperar tanto, algumas pessoas desafiam o perigo e se dirigem ao local durante a madrugada.
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