uma gotinha, pelo amor de Deus!

uma gotinha, pelo amor de Deus!

Há quase setenta dias, moradores dos bairros  de dez bairro, entre eles partes do Castália, Pontalzinho, Alto Mirante, Alto Maron, bairro Santo Antônio, Novo Horizonte, Loteamento Tupinambá, Parte do São Roque, Alto do Santa Inês e Pedro Fontes 1 não recebem uma mísera gota d´água, segundo a Emasa devido ao rompimento de uma adutora de 300 milímetros no bairro Monte Líbano,

Sem crédito junto aos fornecedores, a Emasa teve que recorrer à Embasa, mas demorou tanto a fazê-lo já que se passaram mais de 30 dias da quebra, que somados aos 40 dias que os bairros já estavam sem água, chega-se aos absurdos 70 dias.

É como se a tal tubulação viesse à pé de Salvador pela BR 101, com paradinhas para um lanche, uma ida ao banheiro e até mesmo um pit stop num motelzinho para um aperto com os parafusos, já que eles são de ferro, mas não tão de ferro assim.

Quando a tal tubulação finalmente chegou (a Emasa diz que chegou, mas são tantas as informações- digamos- contraditórias que é lícito duvidar se chegou mesmo), descobriu-se que faltavam os joelhos para o encaixe das peças. Isso mesmo: faltaram os joelhos!!!

Como se trata de joelhos, repetir-se-á o trajeto pela BR 101, e agora, para justificar o nome, eles virão de joelhos mesmo. Se rolar uma coxa  apetitosa na beira da estrada, lá vai mais uma graninha para o dono do motel.

E mais uma grana alta para os felizardos que vendem água em Itabuna, porque afinal de contas é disso que estamos tratando aqui, se é que precisa desenhar.

Não manda quem pode, nem obedece quem não tem juízo...

Não manda quem pode, nem obedece quem não tem juízo…

Tivesse Itabuna um prefeito de verdade, e não um ex-prefeito em atividade, gente boa, honesto, mas absolutamente sem pulso para exigir que seus subordinados justifiquem os polpudos salários que recebem, e toda a diretoria da Emasa já teria sido afastada, por absoluta incompetência para gerir a crise hídrica que afeta milhares de pessoas em  Itabuna e que não pode ser debitada exclusivamente à longa estiagem.

Mas, a exemplo da espera pela água que não cai, esperemos sentados por uma atitude de quem se esperaria alguma atitude.

Porque, convenhamos, esperar em pé até 1º. janeiro de 2017 cansa…