:: ‘Dinaelza Santana Coqueiro’
60 anos do golpe de 1964… jamais esquecer!
Diva Santana
O Golpe de 1964 teve impactos significativos na história do Brasil, deixando cicatrizes profundas na sociedade e na memória coletiva. É um período que merece reflexão e estudo para compreendermos as complexidades e consequências desse momento crucial na nossa história.
O golpe militar que ocorreu em 1º de abril de 1964, não pode ser esquecido; 300 mil pessoas foram monitoradas pelo Serviço Nacional de Informações – SNI; 436 mortos e desaparecidos políticos; 10.034 pessoas submetidas a inquéritos; 7.376 indiciadas por crimes políticos; 130 banidos; 4.862 cassados; 6.952 militares atingidos pela ditadura; 1.196 camponeses e apoiadores mortos; 8.350 indígenas mortos e desaparecidos segundo o Dossiê da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos; e o relatório da Comissão Nacional da Verdade, que só conseguiu pesquisar dez etnias. Esses números, embora incompletos, servem para denunciar a violência de um regime fundado por um golpe de Estado e baseado em crimes de lesa-humanidade.
Em decorrência da luta dos familiares de desaparecidos políticos, de ex presos pelo regime militar e da sociedade, foi aprovada a Lei 9140/95, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, já reconhecendo que havia no Brasil 136 pessoas desaparecidas e a formação de uma Comissão composta por sete membros, representantes de diversos setores.
Em janeiro de 1996, é formada a Comissão especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos com a competência para analisar e investigar as denúncias através dos requerimentos dos familiares. Esta Comissão funcionou por 27 anos, esclarecendo a sociedade e a Comissão Nacional da Verdade, o número 436 pessoas mortas e desaparecidas.
Após o golpe de 2016, foram exonerados quatro representantes, inclusive a presidenta Dra. Eugenia Gonzaga, permanecendo como conselheiros os representantes dos familiares, da sociedade civil e do Ministério Público Federal. Foram nomeados pelo ex presidente Jair Bolsonaro, quatro representantes: dois do Ministério da defesa, um da Câmara Federal e, para presidir, o assessor da ex ministra Damares.
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