:: ‘COP 28’
Potencial da Bahia apresentado nos Emirados Árabes e na Alemanha projeta o estado para novos investimentos
Finalizada esta semana, a missão internacional do governador Jerônimo Rodrigues envolveu uma série de compromissos que projetou a Bahia para novas possibilidades de investimentos, destacando o potencial do estado em diversas áreas. Jerônimo retornou à Bahia na noite de terça-feira (5), junto com a comitiva do Governo do Estado que o acompanhou em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, durante a 28ª Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (ONU) – a COP28, e também na Alemanha.
Em cinco dias de viagem, o governador tratou de temas como agricultura, aviação, energia renovável, infraestrutura, transporte e fundos de investimentos. “A agenda desta viagem tem muito potencial de contratos. A gente foi para fortalecer esse ambiente econômico. Deixamos marcado para que alguns empresários e investidores venham à Bahia, no ano que vem, para negociações, e para eles conhecerem de perto o bom desempenho do estado em diversos segmentos”, explicou.
Os compromissos oficiais foram iniciados na quinta-feira (30), nos Emirados Árabes, com uma visita a uma fazenda de tâmaras na região de Abu Dhabi. O objetivo foi conhecer uma unidade produtora para verificar a viabilidade da produção em larga escala na Bahia. No mesmo dia, o governador e a comitiva estadual foram ao novo centro de treinamento da empresa de aviação Etihad. O Governo da Bahia negocia a criação de uma rota aérea direta entre Salvador e a capital dos Emirados Árabes, para estimular e fortalecer a atividade turística, com a abertura do turismo baiano ao mercado árabe.
Na COP28, governador Jerônimo defende criação de Fundo para financiar preservação da Caatinga
Em seu último dia na COP28, nos Emirados Árabes, o governador Jerônimo Rodrigues participou, neste domingo (3), de um painel que reuniu governadores do Nordeste na defesa do bioma da Caatinga. Ao lado da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e do governador do Ceará, Elmano de Freitas, Jerônimo ressaltou que a importância ambiental e social da Caatinga precisa ser reconhecida e preservada.
“A Caatinga precisa ocupar o seu espaço na construção das políticas públicas de preservação no Brasil. Colocamos à mesa do governo federal uma proposta para a criação do Fundo da Caatinga, um instrumento que vai, entre outras coisas, permitir o financiamento de ações para prevenir desmatamento, promover revegetação, educação ambiental e sustentabilidade, por exemplo”, explicou o governador da Bahia.
A ideia dos governadores do Nordeste é criar um fundo similar ao Fundo da Amazônia. A proposta foi entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e está em estudo. A governadora de Pernambuco destacou a importância da Caatinga para o cumprimento das metas brasileiras de preservação. “Sem dúvidas, o Brasil é parte da solução do problema climático no mundo, e queremos que o Brasil veja a Caatinga como parte da solução no Brasil”, afirmou Raquel.
“A Bahia oferece ao Brasil e ao mundo uma forma nova e sustentável de geração de energia”, afirma Jerônimo ao lançar Atlas do Hidrogênio Verde na COP-28
A Bahia estabeleceu, em cenário mundial, mais um passo decisivo para reafirmar o pioneirismo do estado em políticas e ações de transição de matriz energética e descarbonização da economia. Neste sábado (2), o governador Jerônimo Rodrigues lançou o Atlas do Hidrogênio Verde, durante a COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A oportunidade também serviu para apresentar a investidores internacionais o potencial baiano para a produção desse novo tipo de energia limpa, com alto capacidade de contribuição no combate às mudanças climáticas.
A elaboração do atlas é uma parceria entre Governo do Estado e Senai Cimatec, com objetivo de realizar análises para o desenvolvimento da economia do hidrogênio verde na Bahia. O estudo pretende ser um guia para facilitar o planejamento de projetos e pesquisas com hidrogênio no estado.
“A Bahia está de parabéns por oferecer ao Brasil e ao mundo uma forma nova sustentável de geração de energia. Vamos continuar esses estudos e já encomendamos também um Atlas da Descarbonização. Tudo isso mostra que a Bahia está neste caminho, contribuindo com o planeta na descarbonização da economia com geração de renda e de emprego. Estamos fazendo uma mudança com transição energética, mas preocupados também com a inclusão das comunidades tradicionais envolvidas nessas regiões de investimento”, completou o governador.
Em reunião com Marina Silva, Jerônimo representa Consórcio Nordeste para discutir criação do Fundo da Caatinga e participação na COP 28
O governador Jerônimo Rodrigues se reuniu, nesta terça-feira (31), com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, em Brasília, para tratar, entre outros assuntos, da Câmara Temática (CT) de Meio Ambiente do Consórcio Nordeste, da participação do Consórcio na COP 28 e da criação do Fundo de Reconstrução da Caatinga. Coordenador da CT, o secretário do Meio Ambiente do Estado, Eduardo Sodré, acompanhou o governador na agenda.
“Viemos trazer uma provocação que já vem sendo dialogada com o Ministério”, conta o governador, acrescentando: “o Fundo é uma parte de algo maior, que é o lugar da caatinga dentro da política nacional de meio ambiente”.
A proposta de criação de um fundo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltado para a caatinga utiliza os mesmos moldes do Fundo da Amazônia, uma iniciativa pioneira que reúne doações internacionais para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento, apoiando comunidades tradicionais e ONGs que atuam na região, além de fornecer recursos diretamente para estados e municípios para ações de combate ao desmatamento e a incêndios. Como cada bioma tem suas particularidades e desafios específicos, seria necessário adaptar as estratégias e ações do novo fundo à realidade da caatinga.
“É muito importante ver que o Fundo Amazônia está inspirando essas iniciativas, e os planos para os biomas funcionam como base de sustentação para as ações em cada um deles”, afirma Marina, ressaltando o potencial da caatinga para se tornar base de segurança energética.
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