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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘Notícias’

Informação relevante

1987, Radio Clube de Itabuna. A equipe de esportes comandada por Jota Hage, embora modesta, vinha dando um calor na Radio Difusora e na Radio Jornal. Recém chegado de Osasco, típica voz de caipira do interior, fui acolhido como comentarista, já que as vagas de repórter estavam devidamente preenchidas.
Se não chegava a ser um Ramiro Aquino ou um Iedo Nogueira, os banbanbãns da época, também não fazia feio, porque futebol é igual em qualquer lugar do mundo e eu já vinha de uma experiência de dez anos como repórter de campo.
Entre os integrantes da equipe, estava Adelson Pinheiro, ótimo repórter, mas que tinha o hábito de interromper os comentários do intervalo com informações desnecessárias, apenas para continuar no ar.
Novo no pedaço, ainda tateando o terreno, ia levando e encarando aquelas interrupções na boa.
No intervalo de um jogo entre Serrano e Itabuna, em Vitória da Conquista, pelas semifinais do 1º. turno do Campeonato Baiano, não conseguia completar uma frase sem que o Adelson me interrompesse com alguma ´informação importante´.
Até que, na falta do que dizer, ele perpetrou: “quero informar aos ouvintes que os dois times estão nos vestiários”.
Tive que ir na canela: “valeu, Adelson, pela brilhante informação. Deve ser a primeira vez na história do futebol que os dois times descem para os vestiários no intervalo do jogo”.
O intrépido companheiro entendeu a sutileza do lance e pude concluir meus comentários até que, também certamente pela primeira vez na história do esporte bretão, os dois times voltassem para o campo após o intervalo.

´Mensajero del Diablo´

1981, Radio Difusora Oeste, Osasco. Nas emissoras do interior, a Equipe de Esportes é uma espécie de faz tudo. Cobre de eleição a velório. Carnaval, então, é quase uma obrigação.
E lá estávamos nós cobrindo o Carnaval, que em São Paulo é (ou era) nos clubes e não ao ar livre, como na Bahia.
Se já é um porre cobrir carnaval de rua, imagine-se nos clubes fechados, transmitindo aquela barulheira insuportável e entrevistando bêbados que não dizem nada com nada.
A transmissão começava as 10 da noite, parava as 11 e retornava meia-noite, avançando pela madrugada.
A parada de uma hora nada tinha a ver com descanso. Naquela época, as igrejas evangélicas já viam no rádio um excelente veículo para difundir a fé cristã e aumentar o rebanho. E aquele horário era comprado por uma dessas igrejas.
Ocorre que, não contente em divulgar a palavra de Deus, o pastor simplesmente esculhambava a cobertura do carnaval, que por acaso era feita na mesma emissora em que ele estava falando.
O mínimo que dizia no ar era que a gente atuava como mensageiros do diabo. E, ao final do programa, ainda sugeria que as pessoas desligassem o rádio.
Eram cinco noites de carnaval, cinco noites de cobertura.
Na terceira noite, deu um problema no equipamento e fui até a sede da emissora fazer a substituição. Eis que, ao me dirigir à sala da técnica, que ficava nos fundos do prédio, deparo com o tal pastor encostado no muro, fazendo uma oração, digamos, mais íntima com uma de suas fiéis. Quase a tradução literal do “crescei-vos e multiplicai-vos”.
Uma chance daquelas, caída dos céus (ops!) não era para ser desperdiçada. E eu não desperdicei:
-Pastor, se nós somos mensageiros do diabo o senhor é o que, devorador de ovelhas?
Nos dias seguintes, se não fez elogios à nossa equipe pela brilhante cobertura da maior festa popular do Brasil (radialista adora uma frase pomposa!), o pastor pelo menos nos deixou em paz.
E certamente passou a ter mais cuidado em suas pegações, perdão, pregações para as ovelhinhas dadivosas.

As mais lidas

Sabrina Sato desiste de tirar pinta da testa
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Sabrina Sato é uma das poucas sobreviventes do Big Brother Brasil que conseguiram ultrapassar os 15 minutos de fama e hoje desfruta de relativo brilhareco no programa Pânico na TV.
Hugo Chavez é presidente da Venezuela, uma espécie de Fidel Castro deitado num mar de petróleo, e o CQC é uma versão mais refinada do Pânico.
Para saber quem é o tal George Takei, é preciso recorrer ao Google, o infalível programa de buscas da internet.
Nicole Kidman é atriz, mas me perguntem um filme estrelado por ela e terei que, novamente, recorrer ao Google.
A CPMF é aquele imposto que tungava o bolso do contribuinte e que o Governo insiste em trazer de volta, mesmo que com outro nome.
A essa altura, meus escassos leitores (se é que os há) andam a se perguntar o que é que têm a ver Sabrina Sato, CQC, o namoro gay do tal Takei, a barriga de Nicole e a malfadada CPMF.
Nada e tudo.
Calma que eu explico.
As cinco notícias (notícias?) que abrem o texto, embora desconexas entre si, foram as mais lidas da manhã de terça feira, dia 20, no site do jornal Folha de São Paulo, espécie de bíblia da informação online.
Em meio a terremoto na China, eleição nos EUA, jogos decisivos na Copa do Brasil e na Copa Libertadores, CPI dos cartões corporativos com um inevitável dossiê no meio, etc., as pessoas parecem mais preocupadas com aquilo que nos tempos de antanho a gente chamava de baboseira.
Se bem que, nos tempos de antanho não havia essa coisa fenomenal chamada internet, em que a comunicação se dá em tempo real e a sociedade-espetáculo é levada ao extremo.
O planeta se transformou uma espécie de Big Brother em escala mundial, em que a barriguinha da Nicole e a pinta de Sabrina são consumidos avidamente, ao passo que temas que influem diretamente na vida das pessoas, como a CPMF, a alta dos alimentos e as mudanças malucas do clima, são relegadas a segundo plano.
Segundo? Décimo e olhe lá…
Não é de se estranhar que casos que efetivamente são notícia, como o assassinato da menina Isabella ou a confusão de Ronaldo com travestis num motelzinho mulambento, adquiram a dimensão de show, quando não descambam para o circo.
E nem se pode responsabilizar unicamente a mídia. Existe quem lê, vê e ouve. E existe em profusão, como comprova a relação das “mais lidas”.
É a “novelização” da vida real. Exalta-se a fofoca, o disse-me-disse, a futilidade.
Em tempo: Britney Spears foi surfar e levou um tombo, se espatifando na água.
Como é possível que tenha existido um mundo em que a gente passava a vida inteira sem receber informações de tamanha relevância?

Vovô Lula

O Plano de Aceleração do Crescimento está fazendo Lula percorrer o Brasil. Entre adoração explícita ao presidente, aplausos a Dilma Rosseuf e até vaias (como aconteceu com Geddel Vieira Lima em Ilhéus), ocorrem situações inusitadas.
Em Santos, no litoral paulista, a menina Andrya Vitória, de um ano e seis meses, foi levada ao palco pela tia para tirar uma foto com Lula. Não quis mais sair do colo do presidente, que no melhor estilo “vovô” ficou com a criança durante boa parte da solenidade de lançamento do PAC.
Quando a fase é boa, até bebê de colo faz afago. Quando é ruim, é bem capaz de fazer xixi no paletó.

Velha Guarda

Lançamento do PAC do Cacau em Ilhéus.
Conversa descontraída desde jornalista com o editor do jornal Agora, Walmir Rosário.
Eu, Walmir e Luiz Conceição compartilhamos uma das melhores fases do jornal A Região, comandados pelo inesquecível Manoel Leal.
O tempo passa, os caminhos se distanciam e nem sempre se convergem, mas a amizade se preserva.
Em comum, além da paixão pelo jornalismo, o gosto por uma boa cachacinha.
Pelo menos nisso, o velho Walmir se afina com o companheiro Lula…

tres dedinhos

Passou quase despercebida a manifestação de algumas pessoas durante
o lançamento do PAC do Cacau en Ilhéus.
Mas este blogueiro flagrou o cartaz que dispensa comentários
Se viu, Lula fez que não era com ele…

Se Geddel é o Pai do PAC do Cacau,
ô terra de filhos ingratos!

Linha direta

Duas importantes autoridades do Governo Estadual trocaram telefonemas na noite de ontem, horas depois do lançamento do PAC do Cacau, em Ilhéus.

Riram mais do que falaram. Na linha, as vaias recebidas pelo ministro Geddel Vieira Lima.

Armadilha

A pelo menos um interlocutor, o ministro Geddel confessou ter ficado menos irritado pelas vaias que tomou em Ilhéus e mais pela maneira como caiu na provocação.

Macaco velho e vacinado em disputas políticas, o ministro acha que poderia ter tirado as vaias de letra. Ao dizer que algumas manifestantes estavam “uivando” e fazer gestos provocativos, apenas ampliou a manifestação contrária.

Na manhã de sábado, o eco das vaias ainda rebimbava na praça da catedral de São Sebastião.

Troco

O secretário de Agricultura Geraldo Simões, aplaudido na mesma proporção em que Geddel foi vaiado, que se prepare.

A manifestação anti-Geddel já foi devidamente colocada na sua conta. E não tem PAC do Cacau que faça o ministro perdoar a dívida ou oferecer desconto.

O troco vem de vassoura.

No âmago (ao dicionário, hermanos) da contenda, menos os louros da paternidade do PAC do Cacau e mais a disputa por uma vaga no Senado em 2010.

Com o perdão do trocadilho inoportuno, é briga de cachorro grande.





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