:: 28/jun/2025 . 14:13
No Ita Pedro, Jerônimo Rodrigues inicia agenda de festejos a São Pedro em Itabuna
Partes da tradição dos festejos juninos, as celebrações a São Pedro acontecem em diversos municípios baianos. Em Itabuna, nesta sexta-feira (27), o governador Jerônimo Rodrigues marcou presença no Ita Pedro 2025, uma das festas mais aguardadas do interior. Mais de 281 cidades contaram com o investimento de R$ 180 milhões do Governo da Bahia, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), vinculada à Secretaria de Turismo do Estado (Setur), para a contratação de atrações, organização e infraestrutura.
“Olha o tamanho da festa na Bahia: Santo Antônio, São João e São Pedro. Outra coisa importante é que a região se organiza. A economia está dinamizada. A festa está linda. Parabéns para Itabuna, que sabe fazer festa!”, destacou o governador. O Ita Pedro 2025 acontece até domingo (29), na Arena Zé Cachoeira, com entrada gratuita.
“Gostaria de agradecer a oportunidade de estar aqui, cantando para Itabuna, no Ita Pedro e trazer alegria para esse público. Quero agradecer ao Governo do Estado e à Prefeitura pela festa”, disse o cantor Grelo, ao iniciar sua apresentação.
Com atrações de diversos gêneros musicais, como Henrique e Juliano, Tony Salles, Trio da Huanna, Cristal do Som, a expectativa é de casa cheia e muita animação em Itabuna. “Estou aqui pela primeira vez. A energia do Ita Pedro é contagiante, não consigo parar de dançar”, disse Cláudia Pinheiro, que saiu de Salvador para curtir os festejos no interior.
Potiraguá 1983. Diretas Já!
Daniel Thame
O ano era 1983. Numa das minhas viagens ao Sul da Bahia, antes de aportar definitivamente em Itabuna e me tornar legítimo grapiúna, organizei um Comício das Diretas Já na Praça Getulio Vargas, em Potiraguá, então uma cidadezinha de 5 mil habitantes nas bordas da região cacaueira.
Ao lado de Magno Santos, já habitando a eternidade, pegamos um carro de som e circulamos por Potiraguá e a cidade vizinha Itarantim, chamando as pessoas para o ato. Sabe-se lá como, naqueles tempos dinossáuricos e pré-internéticos, a notícia chegou até Vitória da Conquista, o grande polo do Sudoeste Baiano, e o prefeito José Pedral ame P então um ícone da esquerda (tempos depois se bandeou para os lados de ACM e morreu politicamente) decidiu comparecer.
O que era uma idéia aparentemente maluca se transformou um dois maiores atos públicos da história de Potiraguá e por uma dessas trapaças do destino me ligou à cidade para sempre.
Foi algo tão inusitado que virou notícia até em jornais de São Paulo. Hoje ao rever o coreto, fecho os olhos, volto no tempo e vejo a praça pulsando de gente e de democracia.
Ousar sonhar. ousar lutar, ousar vencer. Sempre!
Crônica de um Espírito ilheense (minha homenagem a Ilhéus)
Gerson Marques
Conhecedor das coisas do céu, peço sua permissão para contar uma história que me foi revelada por uma das mais altas autoridades celestiais, o anjo Grammatéas, responsável, por desígnio divino, pelos assuntos de encarnações e desencarnações das almas de Ilhéus, por todo o sempre.
O mar calmo daquele 20 de janeiro de 1536 permitiu uma navegação tranquila até o interior da charmosa enseada. O piloto fez a manobra certa, venceu as fortes ondas da arrebentação contornando o pernabuco a bombordo, e entrou com elegância numa encantadora enseada cercada de coqueiros e florestas. Uma a uma, as demais quatro caravelas da frota repetiram o movimento. A ancoragem serena marcou o fim de uma longa e perigosa travessia iniciada quatro meses antes em Portugal. Era verão nos Ilhéus já batizada de São Jorge, e ali aportavam as primeiras embarcações de colonos enviadas pelo donatário da Capitania, Jorge Figueiredo Correia.
A exuberante colina, coberta por uma densa floresta que dominava a entrada da baía, foi logo apontada como o ponto ideal para a construção das primeiras moradias e fortificações. A data deu nome ao local: Outeiro de São Sebastião.
Entre os tripulantes, destacava-se Manoel Antônio Gonzaga, natural de Vila Nova de Gaia, às margens do Douro, no Minho português, experiente nas navegações pelos Açores e pela costa africana. Coube-lhe a missão de derrubar as primeiras árvores, abrir uma clareira e iniciar a construção das habitações. No dia seguinte, acompanhado de três marujos, subiu com grande esforço o outeiro, enfrentando mato fechado, bichos e terreno íngreme, até encontrar um pequeno platô. De lá, deslumbraram-se com a paisagem: o Atlântico se descortinava em esplendor de um lado; do outro, a enseada interna, que vista dali ganhava os ares de uma pequena baía, onde a frota de cinco caravelas estava ancorada.
Quando se preparavam para descer, foram surpreendidos por uma cena insólita: uma família de macacos os observava do alto de uma árvore. Manoel, o único a portar uma velha besta carregada com pólvora e chumbo, não hesitou. Apontou-a para a fêmea que carregava um filhote, enquanto um macho robusto a vigiava de um galho mais alto. Com a mira feita, prestes a disparar, ouviu a macaca exclamar, em bom português e voz firme:
— Ô Inácio, segura aqui o Igácio que eu vou ver se esse português é macho!
Ilhéus, 491 anos de história: desafios para o futuro!

Ilhéus (foto José Nazal)
Alessandro Feraandes
Com uma riqueza que integra história, geografia privilegiada, cultura, biodiversidade e economia, Ilhéus completa, neste 28 de junho, 491 anos de existência.
Com sede político-administrativa composta por 27 bairros e 11 distritos em uma vasta zona rural, Ilhéus faz limite com nove municípios. Sua área litorânea, a maior da Bahia, torna-a um dos municípios mais importantes do estado. Conhecida carinhosamente como a Princesinha do Sul, Ilhéus tem muito a comemorar, mas também muito a refletir sobre seu passado, presente e futuro.
Às vésperas de completar 500 anos, Ilhéus atravessou, ao longo de sua história, momentos de expansão e crises econômicas — algumas narradas por diversos escritores e escritoras, com destaque para o nosso Amado Jorge. O escritor é homenageado em três importantes equipamentos de transporte e logística da cidade: o aeroporto, a rodovia Ilhéus-Itabuna e a ponte estaiada Centro-Pontal, além de ter o seu nome num dos Pavilhões da nossa Uesc. Essas estruturas conectam Ilhéus ao mundo, mas é sua literatura que efetivamente projeta seu nome internacionalmente. Jorge Amado é membro fundador da prestigiosa Academia de Letras de Ilhéus.
Após a última grande crise da lavoura cacaueira, Ilhéus teve de se reinventar. O município, outrora exportador de amêndoas de cacau, passou a produzir chocolate, agregando valor ao produto e promovendo seu próprio Festival Internacional, explorando profissionalmente seu potencial. Paralelamente, buscou alternativas para o desenvolvimento, como a criação do polo de informática.
Começar sempre
Gilza Pacheco
Segundo Chico Xavier:
“Tudo tem seu apogeu e seu declínio…
É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela! Novas folhas, novas flores, na infinita bênção do recomeço!”
Quando tudo parece estar perdido,
surge uma renovação, um recomeço,
uma nova chance.
Quando essas forem dadas a você,
comece de novo e faça valer a pena.
Cada amanhecer simboliza um recomeço, uma nova esperança, um começar de novo.
Mesmo que o cenário das nossas vidas continue o mesmo, tem aquela vontade dentro de nós de fazer as coisas darem certo, de nos darmos novas chances.
De acreditar que vale a pena acordar todos os dias, vestir nosso melhor sorriso e de ir à luta.
E a cada sol um novo recomeço, o fim da escuridão, uma nova oportunidade de alimentar a alma, reafirmar a fé, incentivar paz, agradecer. A cada recomeço a oportunidade de trabalhar mais, de reinventar a conquista.
O realismo mágico de Marti
A arte também tem o poder de unir as pessoas, no decorrer de minha carreira artística conheci muita gente incrível, artistas de muito talento, me surpreendi com muitos que embora já consagrados no meio, carregam a simplicidade de um aprendiz. Outros foram atraídos pelo elo da amizade que se solidificou. Outros, porém, e não são poucos, ultrapassam suas limitações visuais, auditivas, intelectuais e físicas num mergulho profundo na arte como um alívio, autoconsciência e conhecimento, expressão não verbal, um mecanismo de percepção do mundo ao seu redor. Falo de talentosos artistas como Martiniano Ferreira da Silva, de 44 anos, que nasceu com Síndrome de Asperger (Um estado do espectro autista, geralmente com maior adaptação funcional, não apresentando dificuldades em expressão e cognição) Também tem um comprometimento visual. Ele é o artista em destaque da Coluna dessa semana.
Sua assinatura artística é MARTI
Seu estilo: Realismo urbano, rural e abstrato
Sua técnica: Trabalhou muito o grafite, agora óleo sob tela.
“VALE DO ANHANGABAÚ”
OST 80 X 90
“FORA DE ESTRADA”
OST 70 X 100
“COMUNIDADE COMPLEXO DO ALEMÃO”
OST 70 X 100
Bahia avança na produção de energias renováveis com a instalação do primeiro escritório da Windey Energy no Brasil
Uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo – a Windey Energy no Brasil – vai fincar raízes em solo baiano. O anúncio oficial foi realizado nesta sexta-feira (27), no campus do Senai Cimatec, em Salvador, onde o escritório da empresa chinesa funcionará. A ocasião também marca a instalação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para estudos em energia eólica, o que reforça o investimento em inovação e compromisso com o avanço das energias renováveis no Brasil.
Serão fabricadas turbinas eólicas, hidrogênio verde e bess — as chamadas super baterias, impulsionando assim, a descarbonização, a industrialização e a qualificação técnica local. De acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, a chegada da Windey à Bahia marca um avanço estratégico para o setor de energias renováveis no estado, que já é o maior produtor de energia eólica do país.
“A Bahia já é muito potente e a vinda dessa fábrica tem um significado muito forte, que é a construção de uma mão de obra especializada para aumentarmos essa produtividade, para termos condições de exportar para outros países, e atrair indústrias com acesso à energia mais acessível e a menor custo”, afirmou o governador.
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