:: 26/mar/2022 . 11:13
O sentido do turismo pedagógico na prática escolar
Quando falamos de turismo, a primeira coisa que vem à cabeça é “viagem”. Entretanto, o tema vai muito além e possibilita as mais diversas abordagens pedagógicas na escola.
O ponto principal de aproximação entre Turismo e Educação são as relações sociais existentes nas duas atividades. Ambas as experiências são muito significativas para os participantes, e podem conduzi-los a entendimentos diversos sobre as relações humanas e as formas de compreender e organizar o mundo.
O turismo vem marcando a sociedade contemporânea como um fenômeno socioespacial de caráter humanístico que perpassa diversas áreas do conhecimento e que busca compreender as suas dimensões e interações. Enquanto ação educativa, traz diversas estratégias que podem ser percorridas no processo de ensino e aprendizagem dando sustentação para que o educador imprima em sua prática docente um novo frescor, uma renovação de ações. Para o estudante, capacita-o para a leitura e compreensão da sociedade na qual está inserido, contribuindo para a valorização da historicidade e da cultura local dos lugares visitados, vinculando a teoria da sala de aula à prática educacional. É ter a oportunidade de vivenciar os conhecimentos escolares de forma prazerosa.
Ou seja, numa vertente educativa, o Turismo, configura-se como uma proposta reveladora de um trabalho didático que abstrai o conhecimento crítico dos alunos sobre o seu cotidiano, fortalecendo o sentimento de pertença dos participantes com seu entorno. Pois, oportunizar o estudante a explorar a ideia de lugar e território está diretamente ligado com a construção, a valorização e o resgate da memória, à democratização do saber. Essa educação turística vai preparar o aluno para receber e repassar informações e sensibilizá-los à valorização dos patrimônios culturais e naturais.
Esse movimento para além dos muros da escola é importante para que os estudantes vivenciem outra realidade, suscitem reflexões relativas ao patrimônio, aos bens culturais, à memória coletiva e histórica, ao lazer, ao trabalho. Pensar o turismo é também pensar a singularidade, a relação com o outro. Sendo assim, a escola é o lugar propício para estimular as pessoas a se apropriarem de todos os lugares, histórias, objetos, monumentos, tradições, saberes e fazeres herdados e produzidos pelos grupos que a constituem. O que começa com espaço indiferenciado transforma-se em lugar à medida que o conhecemos melhor e o dotamos de valor.
Não decepcione seu miau, por favor!
A importância do Termo de Consentimento Informado para médicos e pacientes
Débora Spagnol
O Termo de Consentimento Informado ou Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) é hoje uma das principais ferramentas de defesa do profissional de saúde como prova judicial. Por esse motivo, omitir ou fornecer informações incorretas e/ou completas relacionadas a alguma intervenção médica pode trazer ao médico desvantagem processual, já que ele pode responder judicialmente por alegação de erro médico.
Quando o paciente assina o Termo de Consentimento Informado, ele também autoriza a intervenção médica e declara que está consciente de todas as consequências e riscos previsíveis no documento. Portanto, a decisão de realizar o procedimento é do paciente, mas o Termo de Consentimento também deve ser “livre e esclarecido”. É obrigação do médico esclarecer ao seu paciente tudo que está relacionado à enfermidade e as chances de ocasionar algum efeito não esperado. O diagnóstico, prognóstico, procedimentos, benefícios, reações adversas, entre outras informações pertinentes ao tratamento devem ser muito bem explicadas. Tal obrigação inclusive está prevista no Código de Ética Médica (art. 22).
Como elaborar um Termo de Consentimento Informativo?
Afinal, como elaborar um Termo de Consentimento Informado objetivo que assegura a transparência da prática médica aos pacientes e a proteção legal para os profissionais da saúde e a instituição médica?
ADTs promovem Encontro de Mulheres da Bahia
“Relevante e esclarecedor”, definiram as falas das participantes do Encontro Estadual de Mulheres, ocorrido no canal do youtube Cultura Web Tv. Evento coordenado pelos Agentes de Desenvolvimento Territorial (ADT) da Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (SEPLAN), em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Coordenação Estadual dos Territórios de Identidade da Bahia (CET), promoveu um momento essencial de troca de experiências e reflexões acerca da participação das mulheres nos espaços de poder, sororidade e políticas públicas para mulheres.
Para a ADT Bárbara Lourena integrante da comissão organizadora, o encontro foi um momento ímpar, pensado com muito amor e carinho e motivado pela necessidade de mobilizar, incentivar, inspirar e empoderar as mulheres. “Precisamos nos unir, para nos fortalecer e compreender que juntas somos mais fortes e podemos ir mais longe”, destacou.
A advogada, especialista em Direito Público, Dra. Gine Kinjyo, que abordou o tema “Sororidade como ferramenta na construção de uma rede colaborativa para o empoderamento feminino”, parabenizou a iniciativa e enfatizou a necessidade da continuidade da mobilização das mulheres nos territórios, para que elas tenham cada vez mais, ferramentas que as possibilitem continuar lutando por igualdade de gênero.
Seagri destaca Manejo Sustentável da Cabruca
Um novo momento no desenvolvimento do cacau no Sistema Cabruca. Foi assim anunciada a mais recente investida da Seagri no setor, no sentido de impulsionar o desenvolvimento do manejo do sistema Cabruca, visando o planejamento do uso dos recursos naturais, tendo em vista a manutenção e aumento da produtividade do cacaueiro, bem como a conservação e uso sustentável do agroecossistema, destacando a produtividade somada ao aumento de captura de dióxido de carbono (CO2) no ambiente, em ação de combate ao efeito estufa, em consonância com a Política de Agricultura de Baixo Carbono ABC+.
A apresentação se deu no encontro da Câmara Setorial do Cacau do Estado da Bahia, realizado hoje (25 de março) e reunindo representantes dos variados setores da cadeia produtiva, sob a presidência de Valnei Pestana. Na ocasião, foi apresentado e discutido parecer do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) esclarecendo a possibilidade de supressão/manejo de espécies exclusivamente exóticas nas áreas de Cabruca, diminuindo e otimizando o sombreamento às plantas de cacau e aumentando a produtividade. Também foram anunciados os primeiros, e animadores, resultados de pesquisa que está sendo desenvolvida para se conhecer o potencial de sequestro de carbono no cultivo do cacau em Sistema Cabruca.
O Sistema Agroflorestal Cabruca é constituído pelo plantio do cacau à sombra das grandes árvores da mata, o que conservou espécies arbóreas nativas importantes ao equilíbrio natural do bioma Mata Atlântica. Mas há agricultores que reclamam dos patamares de produtividade nesse cultivo, por muitos considerados inferiores aos aferidos no plantio a pleno sol, que induz ao desmatamento. O projeto que vem sendo desenvolvido pela Seagri desautoriza esse raciocínio, mostrando que, com bom manejo, a produtividade na Cabruca pode ser muito boa. E aos ganhos com o cacau, na Cabruca, ainda podem ser associados a rendimentos com a captura de carbono, explorando esse novo mercado que cresce pelo mundo.
“O parecer do Inema abre caminho para desenvolvermos técnicas de manejo que tragam ainda maior produtividade ao cacau no Sistema Cabruca. A possibilidade de retirada de espécies exóticas da área de plantio irá viabilizar a adequação do sombreamento e isso, associado a outras práticas, aumenta a produtividade da planta. E queremos somar isso ao sequestro de carbono da atmosfera, propiciado pelo sistema agroflorestal, pela presença de grandes árvores da Mata Atlântica, em um planejamento que valoriza e conserva todo esse ecossistema”, esclareceu o secretário da Agricultura da Bahia, João Carlos Oliveira.
O secretário também fez questão de destacar que o manejo das espécies consideradas exóticas – ou seja, que não são nativas da Mata Atlântica, como erythrinas, jaqueiras e cajazeiras, dentre outras – não significa que “pode-se cortar as exóticas de qualquer forma, na quantidade que se quiser”. Mas, sim, passa a ser possível pesquisar e construir um manejo que busque o aumento da produtividade do cacau na Cabruca, sendo para isso aceitável a supressão de plantas exóticas da área em manejo, sendo dispensada a necessidade de autorização.
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