:: 30/nov/2011 . 20:49

A cúpula da segurança pública baiana está desde o final da tarde em Porto Seguro, no extremo-sul baiano. Junto com o secretário Maurício Barbosa e os comandos das polícias civil e militar, chegaram ao município 130 policiais para auxiliar nas operações de repressão a bandidos que espalharam o terror em Porto. Quatro ônibus foram destruídos e o comércio baixou as portas, temendo onda de saques. A cúpula da segurança está reunida no 8º Batalhão da PM.

A Secretaria de Educação de Porto Seguro divulgou nota, nesta noite, informando que as escolas funcionarão normalmente nesta quinta (1º). A avaliação das autoridades em segurança é de que a força policial conseguiu restabelecer a ordem no município.

A onda de ataques é atribuída ao PCC, facção criminosa de São Paulo, para impedir a localização de Rivaldo Freitas de Oliveira, que fugiu da cadeia de Porto Seguro na noite de sábado (26). Na fuga, Rivaldo matou o soldado PM Luís Cláudio Dias dos Santos, 48, O bandido que facilitou a fuga, fingindo-se de doente para atrair um dos guardas à cela, Edilson Pereira Viana, o “Aleluia”,  foi morto após prestar depoimento.

O processo de revitalização e recuperação da lavoura cacaueira que vem sendo executado pelo governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, com apoio e participação do Ministério da Agricultura, de entidades de produtores, e das universidades da região, deu nesta quarta-feira (30), mais um importante passo com a celebração de parceria com a Nestlé do Brasil.

Em reunião realizada há poucos instantes no gabinete do secretário da Agricultura, Eduardo Salles, instalado no Parque de Exposições de Salvador, onde está acontecendo a Fenagro 2011, com o diretor do Departamento de Agricultura da Nestlé, Terence Baines, foi criado um Grupo de Trabalho, com participação da Nestlé, Ceplac, APC, Seagri, Biofábrica e EBDA, para elaboração do termo de cooperação técnica. Será colocado em prática um Pacto pela Cacauicultura, envolvendo ações nas áreas de ciência, extensão, acesso ao crédito e fornecimento de mudas, dentre outras medidas para incentivar a produção de cacau de qualidade.

Terence Baines destacou que o Estado é grande produtor de cacau, enquanto que a Nestlé é grande consumidora de matéria prima. “O potencial do Brasil é enorme. Precisamos desenvolver ações no que se refere ao aumento da produtividade, da renda do produtor, e da qualidade da amêndoa, queda do desperdício, treinamento dos produtores e gerenciamento rural”, disse.

Para Henrique Almeida, presidente da Associação dos Produtores de Cacau, a reunião demonstrou a preocupação da Nestlé, uma das maiores companhias de alimento do mundo, com o cacau da Bahia. A companhia trará tecnologia de ponta para a cultura do cacau.

Além do secretário, do diretor do Departamento de Agricultura da Nestlé e do presidente da APC, participaram da reunião o vice-presidente da indústria, Fausto Costa, e o diretor da Nestlé Brasil, Marcelo Nascimento; o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Raimundo Sampaio; o diretor de agricultura, Almeida Júnior; o diretor da superintendência da Agricultura Familiar, Jeandro Ribeiro e o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, e Eduardo Thadeu.

Em contato telefônico com esse blogueiro, o ex-prefeito de Itapé, Pedro Jackson, o Pedrão (foto) disse que é totalmente fantasiosa a notícia de que teria rompido com o deputado federal Geraldo Simões.

“Continuo aliado de Geraldo, a quem apoiei para deputado federal e conto com o apoio dele na eleição municipal em Itapé”, disse Pedrão, filiado ao PSB, partido da base aliada de Wagner e de Dilma.

No “DNA” da intriga, Pedrão identifica justamente a disputa pela Prefeitura de Itapé.

crianças africanas na roça de cacau

A Nestlé, o maior grupo de alimentos do mundo, anunciou que vai investigar se o cacau comprado por suas empresas utiliza trabalho infantil.

No mês passado, a BBC filmou crianças cortando cacau na Costa do Marfim. Uma das crianças disse que não vê sua família há três anos.

O vice-presidente de operações da empresa, José Lopez, diz que está claro que a forma atual da cadeia do cacau, que envolve trabalho infantil entre os intermediários, não é sustentável.

O caminho do cacau até o chocolate vendido nas lojas é complexo e cheio de intermediários. As sacas de cacau são enviadas da África para Europa e Estados Unidos sem rótulos que indiquem a origem do produto.

A Nestlé quer começar a rastrear o caminho percorrido pelo cacau desde a sua origem até as lojas. Ativistas dizem que esse tipo de promessa já foi feito antes, e cobram resultados mais concretos da investigação. A investigação da Nestlé começará em dezembro.

As equipes da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) – Eunápolis e da 1ª Delegacia Territorial (DT) – Porto Seguro descobriram que havia um esquema montado para facilitar a fuga do assaltante Rivaldo Freitas Oliveira , o “Maicão”, que na fuga assassinou com quatro tiros o policial militar Luiz Cláudio Dias do Santos, no último sábado (26). Quatro pessoas foram presas e um homem identificado como “Joel Chaveiro” está sendo procurado pela polícia.

         No dia da fuga, o preso Erion Messias dos Santos alegou estar passando mal na carceragem da 1ª DT de Porto Seguro para atrair os policiais até o xadrez. Dois investigadores foram socorrer o preso e, no momento em que um deles abriu a cela, foi rendido por “Maicão” que portava um revólver calibre 38. O outro agente também foi rendido e teve sua arma roubada pelo assaltante. “Maicão” fugiu atirando contra os policiais quando encontrou o PM na portaria da delegacia. Luiz Claudio percebeu a ação e sacou a arma, mas foi atingido antes pelo fugitivo.

         Um homem em uma motocicleta preta já esperava “Maicão” para dar-lhe fuga. . O policial militar foi socorrido, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu. Erion, que alegou estar passando mal naquela noite, foi interrogado e afirmou ter sido obrigado por “Maicão” a participar da farsa.

         A polícia apurou ainda que a arma chegou até “Maicão” através da ala feminina da DT. A mulher de “Maicão”, Kelly Santos de Jesus, que encontra-se custodiada lá, foi ouvida e indicou outras duas presas, “Gorda” e “Edileuza”, como as responsáveis pela arma ter chegado a “Maicão”. Ambas foram interrogadas e confessaram ter agido em conjunto para repassar uma encomenda ao criminoso: um saco de chá, entregue a elas por uma mulher de prenome “Tina”. Apesar do peso do saco, elas disseram que não sabiam que ali tinha um revólver 38.

         A arma teria sido repassada para as presas por uma abertura na grade de ventilação que dá acesso ao pátio. “Gorda” e “Edileuza” foram autuadas em flagrante e vão responder por participação na morte do soldado PM Luiz Claudio. Logo em seguida a polícia localizou “Tina” e uma suposta namorada de “Maicão”, de prenome “Mari”. Na ocasião da prisão de “Maicão” ele havia assaltado a faculdade onde “Mari” estuda e feito a mulher refém.

         A polícia apura o envolvimento de “Mari” no assalto, uma vez que as investigações apontam que ela pode ter fornecido detalhes sobre a rotina do estabelecimento de Ensino. Ela negou a participação no esquema montado para libertar “Maicão”, mas foi delatada por “Tina” que afirmou ter se encontrado com ela e “Joel Chaveiro” para arquitetar a ação. Joel teria ficado responsável por conseguir a arma, enquanto “Mari” iria providenciar um carro para dar fuga ao namorado.

Esquema

         Na última terça-feira (22), “Tina” e “Beto” foram até a porta da delegacia e a mulher ficou observando a movimentação na unidade enquanto “Joel Chaveiro” entregou o revólver de calibre 38, utilizado na fuga, a uma das presas pela abertura na grade de ventilação. Ela também confessou ter ficado na porta da delegacia e dado o “ok” a “Joel”, que avisou “Maicão” por celular, sobre o momento ideal para o início do plano que resultaria na fuga do preso.

         “Tina” e “Mari” tiveram as prisões preventivas decretadas e encontram-se custodiadas na carceragem da unidade policial. “Joel Chaveiro”, que mora num sobrado no bairro Baianão, em Eunápolis, ainda está foragido. “Tina” disse ter aceitado participar do esquema por uma quantia de R$ 200, que seria paga por um comparsa de “Maicão”, conhecido pelo apelido de “Betão”.