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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Copa 214’

Centros de Treinamento da Copa movimentam mais de R$ 50 milhões no sul da Bahia

CT 2Único estado do Nordeste a abrigar três seleções que participarão da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, a Bahia criou estruturas dos Centros de Treinamentos das Seleções (CTS) para as delegações da Alemanha Suíça e Croácia. No entanto, os investimentos não se resumem às edificações que foram construídas para receber os jogadores, comissão técnica, imprensa internacional e amigos e familiares dos profissionais. A preparação para o mundial no estado envolveu estratégias nos setores de turismo, saúde, segurança pública, que alteram o cotidiano de quem mora nessas regiões.

Na Costa do Descobrimento, no extremo sul do estado, ficarão hospedados os atletas suíços e alemães. Entre profissionais e turistas envolvidos com o Mundial, 1.500 quartos de hotéis em municípios da região foram reservados para receber os estrangeiros, que gera para as cidades envolvidas uma movimentação de R$ 50 milhões somente em hospedagem. São cerca de 15 hotéis, resorts e pousadas envolvidas na operação e preparadas para receber esse público. Segundo dados do Ministério dos Esportes, um grupo de pelo menos 2.500 torcedores devem passar pela região, numa estadia média de duas semanas.

CT 1Apesar de já movimentar as cidades por ocasião da Copa, a expectativa é para depois do evento, de coordenadora da Comissão Local para Assuntos da Copa, Patrícia Martins. “A repercussão da Copa do Mundo traz um benefício incalculável para o turismo da região, porque nos dá uma visibilidade que vai reposicionar mundialmente destinos turísticos como Porto Seguro e a Bahia como um todo. Já estamos nos preparando para ações de divulgação e novos atrativos para depois do Mundial”. Para o CTS da Suíça, que ficará hospedada em Porto Seguro, os governos Federal e Estadual investiram mais de R$ 4 milhões na reforma do estádio municipal.

Segundo o coordenador de Infraestrutura e Operações da Secretaria para Assuntos da Copa do Mundo no estado (Secopa), Ademar de Freitas, com a revitalização desse espaço “a cidade fica pronta para captar jogos de campeonatos locais e regionais”.

Santa Cruz Cabrália

CT 3Ainda na Costa do Descobrimento, em Santa Cruz Cabrália ficará hospedada a delegação alemã em uma estrutura de CTS chamada de Campo Bahia, no vilarejo de Santo André. O empreendimento movimentou a economia da região desde a construção com a geração de empregos diretos que beneficiaram cerca de 80 famílias até com a atração maior de turistas, que traz retorno para pequenos hotéis e restaurantes da vila.

Como contrapartida pela estrutura construída, a comunidade de Santo André foi beneficiada com a reforma de um campo de futebol e a doação de uma ambulância. A preparação para receber a Alemanha ainda atraiu mais investimentos do Governo do Estado em obras de infraestrutura como melhorias dos terminais de transporte náutico e na BA-001.

Ronaldo e a vergonha de um sem vergonha

Antonio Lassance (*)

Carta Maior

ronaldo 2Ronaldo foi um fenômeno do futebol e é, até hoje, um fenômeno na arte de ganhar dinheiro. É difícil atravessar um intervalo comercial sem ver sua cara e ouvir sua voz vendendo alguma coisa. Desde que se aposentou dos gramados, sua fortuna cresce alimentada por sua boca.

Cada frase de Ronaldo vale ouro e é ensaiada para render dividendos para algum patrocinador.

Por isso, não custa nada perguntar o que Ronaldo ganha com sua declaração de que está envergonhado com os preparativos da Copa.

A pergunta precisa ser feita, pois a declaração acabrunhada é estranha. Vem não só de alguém que, até então, era só elogios e otimismo. Vem de quem é do Conselho de Administração do Comitê Organizador Local da Copa.

Faltando poucos dias para o início da competição, o que devemos achar de quem resolve, simplesmente, lavar as mãos e fingir que não tem nada a ver com a coisa?

A vergonha de Ronaldo tem o efeito bumerangue sobre sua própria imagem, pois mostra alguém que, como se diz no jargão do futebol, “pipocou”, fugiu da bola dividida. Alguém que deveria ter usado seu prestígio, desde o início, para ser parte da solução, preferiu tirar o corpo fora e ser parte do problema.

Como organizador, Ronaldo poderia ter dedicado seu tempo a ajudar a que algumas coisas ganhassem mais atenção. Preferiu gastá-lo gravando anúncios publicitários.

Enquanto era tempo, poderia ter pedido mais empenho e rapidez nas obras, tanto as dos estádios quanto as de mobilidade – por que não?

Poderia ter pedido paz às torcidas e aos manifestantes. Preferiu posar com um terno dourado no Carnaval e, depois, envergonhar-se.

Os preparativos para a Copa já estiveram por um triz, em vários momentos e sob vários aspectos. Ronaldo poderia ter dito, com muita antecedência, por exemplo, que se sentia envergonhado com o abandono a que a Arena da Baixada foi submetida pelo governador do Paraná e pelo prefeito de Curitiba.

De todas, foi a situação mais absurda e que quase comprometeu uma cidade como sede. Ronaldo nunca esteve entre os que correram atrás para cobrar providências, e nem para se mostrar envergonhado. Nenhuma declaraçãozinha.

Também não expressou qualquer sentimento, indignado ou envergonhado, quando da morte do torcedor atingido por uma latrina, no estádio Recife, em uma briga de torcida.

Nada disso. Ronaldo esperou os estádios serem construídos e entregues, os ingressos serem vendidos, as seleções serem convocadas; esperou ter feito todas as propagandas possíveis e imagináveis que poderia para esta Copa. Só então se fez de envergonhado.

Há quem diga que o sincericídio de Ronaldo tem a ver com o fato de que, no mesmo dia, declarou apoio à candidatura de Aécio Neves.

Difícil acreditar que ele, que hoje vive de emprestar sua imagem a vender produtos, esteja entrando nessa, ao lado de Aécio, por pura convicção, e não como garoto propaganda.

Sua vergonha não transpira nada de autêntica. Parece ensaiada e feita sob medida para um comercial, como aqueles com textos decorados e de péssima interpretação, em que o “Fenômeno” vende carros da Fiat, chuteiras da Nike e planos de telefonia da Claro.

Ronaldo, com vergonha ou sem vergonha, é a mesma pessoa. É aquele que vemos todos os dias na tevê e nos outdoors.

Já faz tempo que esse é o mundo do “Fenômeno”. Não tem mais nada a ver com  futebol, nem com indignação, nem com um pingo de vergonha.

 

(*) Antonio Lassance é cientista político

 

 

 

 





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