:: ‘combate ao trabalho escravo’
Evento online debateu formas de combate ao trabalho escravo no Sul da Bahia
Andreyver Lima
Promovido pelo Instituto Sorria, o evento virtual desta sexta-feira (08), discutiu conhecimentos sobre ferramentas de informação e combate à escravidão moderna no país. Os palestrantes foram a psicóloga Eliane Oliveira e o advogado Jorge Latrilha e contou com a participação de servidores públicos, profissionais liberais e representantes sindicais.
A psicóloga, Eliane Oliveira, afirmou que as condições do trabalho escravo ocorrem junto às tentativas de silenciamento e invisibilidade. “Com a saúde mental e emocional seriamente comprometida, por conta do trabalho exaustivo, perdem a identidade, dificultando o resgate.”
Para o advogado Jorge Latrilha, embora a Constituição Brasileira proíba o trabalho escravo em todas as suas formas, ela é comum em muitos pontos da Bahia. “Essa realidade, de condição degradante do trabalho, se traduz em crime contra os Direitos Humanos, além de ser uma ofensa à democracia, revela uma raiz de natureza econômica, com reflexos sociais e políticos.” disse.
Instituto reforça campanha de combate ao trabalho escravo
Andreyver Lima
Nesta quinta-feira, 28 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil. A data relembra a morte de auditores fiscais em Unaí, Minas Gerais, em 2004, enquanto trabalhavam na descoberta de práticas criminosas de relações de trabalho. No entanto, a situação de exploração em nosso país é muito anterior a essa data.
De acordo com o Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, em 2020 foram resgatados 942 trabalhadores da escravidão contemporânea. De 1995, quando o Brasil reconheceu a persistência do trabalho escravo em seu território e o governo federal criou o sistema nacional de verificação de denúncias, até o final do ano passado, 55.712 trabalhadores foram resgatados.
“O Brasil tem um histórico escravista de quase 400 anos de exploração de mão de obra e isso sobrepôs a exclusão econômica com o racismo que a gente ainda vê na sociedade brasileira. Essas duas coisas andam juntas e continuam permitindo a exploração dessas pessoas ainda hoje.” afirma o coordenador do Instituto Sorria, Jacson Cardoso Chagas (foto).
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