O programa Terra da Gente foi lançado pelo Governo Federal na última segunda-feira (15/4) tem um entrave para sua execução: ele não se encontra no orçamento da União. Esse foi o alerta do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA). Ele disse reconhecer o esforço do governo, mas ressaltou que “os movimentos sociais não têm nada a comemorar”.

“Nós não podemos nos balizar pelo governo Bolsonaro ou pelo governo Michel Temer, que não fizeram nada pela reforma agrária. Nossa balança tem que ser pelo primeiro governo do presidente Lula, o segundo governo do presidente Lula e o governo da presidente Dilma”, disse.

Assunção gravou um vídeo durante a chegada da marcha estadual do MST em Salvador, que rememora os 21 Sem Terra assassinados no massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido em 1996 no estado do Pará. O deputado cobrou, mais uma vez, agilidade nas políticas de reforma agrária.

“E só tem agilidade se estiver no orçamento. Por isso, quando eu vejo o Orçamento da União e não vejo o programa Terra da Gente, não vejo a reforma agrária, isso remete à necessidade de cada vez mais os movimentos sociais lutarem para poderem reivindicar o direito de cumprir a Constituição Federal”, disse.

Para o deputado baiano, “Terra da gente significa novos assentamentos, significa regularização das famílias, significa crédito, infraestrutura, democratizar o acesso à terra”.

 

Fotos Luara Dal Chiavon