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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 16/dez/2017 . 15:17

Uma justa homenagem a Orlando Cardoso

O perfil de Orlando Cardoso, um dos principais nomes do rádio em Itabuna, há 57 anos no ar, é tema de um documentário produzido pelo também radialista Oziel Aragão, como trabalho final da graduação em Jornalismo pela Unime. destaca o quanto respeitado, ouvido e aplaudido é o “Canário” (apelido carinhoso do comunicador).

À frente do programa Panorama 640, na Rádio Difusora, desde 1991, Orlando conquistou verdadeira reverência por parte dos incontáveis ouvintes. São pessoas das mais diversas idades, profissões, formações e classes sociais
Veja o vídeo:

O complexo de Gabriela

Gerson Marques

 gerson marquesNa bela música de Dorival Caymmi, feita para trilha sonora da novela Gabriela, de Jorge Amado, chamada Modinha para Gabriela, tem um trecho que diz assim “Eu nasci assim, eu cresci assim, Eu sou mesmo assim, Vou ser sempre assim Gabriela, sempre Gabriela…”

O Sul da Bahia talvez seja uma das regiões do Brasil, em que mais podemos sentir claramente viva uma identidade cultural própria e um certo sentimento de unidade social distinto, manifestado a partir de uma noção de pertencimento histórico a um local que detém uma dinâmica geográfica muito bem delineada.

O elemento social humano, morador e ator do Sul da Bahia, muitas vezes identificados como Grapiúna, assume, por assim dizer, uma identidade unitária diferenciada dos demais baianos, formando uma unidade geográfica e sociocultural reconhecida como Região Cacaueira, detentora de valores culturais, de história secular, de infraestrutura física e significativa oferta de serviços e equipamentos públicos.

Apesar deste sentimento de pertencimento regional e a clara noção de identificação cultural, temos ainda de forma latente a ausência explícita de um projeto de desenvolvimento regional que reflita e se sustente nas muitas variáveis econômicas e sociais que temos, sejam as naturais, sejam as criadas pelo homem.

gabriela cravoEm um simples exercício de reflexão, sobre esta realidade, podemos observar a existência de uma significativa oferta de equipamentos e infraestrutura, contrapondo-se a ausência quase completa de articulações produtivas entre os muitos atores institucionais existente, sejam estatais ou privados.

Sobressai portanto, uma realidade formada por ilhas, individualismo e desarticulações, incapaz de romper com o estigma de uma cultura refratária a construção associativista, e capaz de delinear um projeto comum, indutor de mudanças regionais e promotor de um desenvolvimento social e econômico sustentável.

O custo disso é a persistência da pobreza, do desperdício dos poucos recursos existente e da consolidação de um sentimento de impotência e descrédito, por parte da população, refletindo em uma baixa estima e desabonadores dados sociais.

Seria a ausência de um modelo de desenvolvimento regional uma ação política deliberada, por parte da elite política baiana com seu olhar fixo no umbigo soteropolitano?

Como entender o tanto e o tão pouco ao mesmo tempo?

Ou ao contrário, a inércia explícita dos atores regionais,  seria vistas a partir do olhar governamental e político, como uma incapacidade de articulação inerente aos sul baianos, apesar da riqueza de opções?

O Sul da Bahia, como ademais todo Nordeste, experimentou na última década mudanças significativas nos índices relativos às condições sociais dos seus habitantes, melhorou a renda média, o acesso a escola, reduziu a mortandade infantil e ampliou-se a expectativa de vida, entre outros.

Isso porém não é fruto de ações locais, reflete tão e somente as macro políticas do governo central, possivelmente até, não seria surpresa, que se, observadas com lupa, encontraremos uma baixa eficiência destas ações, uma vez colocadas em contraposição com outros territórios do Nordeste.

Como romper a inercia e construir um consenso?

Desculpem o excesso de dúvidas, melhor dizendo, o excesso de questionamentos, mas o fato é, apesar da evidente riqueza de ofertas, não conseguimos por exemplo responder adequadamente os desafios apresentados pela crise da cacauicultura, já são vinte e sete anos de decadência, ineficiência e ausência de um olhar estratégico, pior, sem mesmo se quer conseguir pautar um debate construtivo e inovador sobre a crise.

Tento aqui, chamar atenção para este tema, sem ainda considerar meus próprios pontos de vista, ainda que os tenha, confesso que não os tenho de forma conclusiva, se colocando mais no campo das dúvidas e questionamentos do que dos diagnósticos.

Vejo porém a necessidade urgente deste debate, até porque ele está aí nos desafiando e nos pedindo respostas, cabe aos que se propõem a coragem de enfrenta-lo, e reunir as condições para construção urgente de uma articulação e implantação de um plano de desenvolvimento regional pautado na inovação e na criatividade, capaz de fato de responder as necessidades da população e transformar essa realidade, sem abrir mão do que temos já conquistado.

A síndrome de Gabriela é fato, sem desmerecer Caymmi, não podemos portanto aceitar o fatalismo proposto em sua bela canção.

 

Gerson Marques  é Diretor Presidente da Chocosul – Associação dos Produtores de Chocolates do Sul da Bahia.

 

 

 

Rui no Vesúvio

Em Ilheus, governador da Bahia visita o bar celebrizado no romance Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado.

Reforma Trabalhista

Debora Spagnol

debora 2Nossa CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) nasceu no ventre da ditadura brasileira e em meio a uma guerra mundial e fixa os três pilares fundamentais da relação trabalhista: tempo, salário e dispensa. Alguns estudiosos relacionam sua origem à “Carta de Lavoro” da Itália fascista da década de 20 (talvez para justificar a necessidade de sua reforma), à encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII e ao Primeiro Congresso Brasileiro de Direitos Sociais realizado em São Paulo, em 1941. A CLT consolidou, numa única lei, toda a legislação social do trabalho criada entre 1930 e 1943.

Contendo normas consideradas avançadas para a época, nossa CLT visava basicamente criar um sistema de regulação do trabalho da força operária que surgia com a industrialização. Assim, a reunião das leis visava basicamente à “busca da paz social, evitar a existência de uma sociedade conflitiva e a valorização do trabalho”. (1) Se por um lado a legislação inovou em termos teóricos, ao prever uma maior intervenção estatal nas relações sociais e econômicas, por outro lado a prática restou prejudicada em razão da falta de vontade politica para sua implementação.

Em dezembro de 2016, sob a justificativa de diminuir o desemprego e combater a crise econômica no país, o Presidente Michel Temer apresentou um projeto de lei chamado de “Reforma Trabalhista”: aprovado e sancionado, converteu-se na Lei nr. 13.467/2017, entrará em vigor em 13 de novembro de 2017 e traz profundas modificações à CLT.

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