:: ‘Frente Nacional de Prefeitos’

O governador da Bahia, Rui Costa, participa nesta quinta-feira (28), em São Paulo, da 3ª edição do GRI PPPs e Concessões Brasil. O evento, que é sediado do Hotel InterContinental São Paulo e tem como parceiros o Banco Mundial e a Frente Nacional de Prefeitos, reúne os principais líderes do setor público e privado (União, Estados e Municípios), responsáveis pela definição da agenda de políticas e futuros projetos de infraestrutura nas cidades brasileiras.

Ao longo de todo o dia, autoridades públicas, investidores, concessionários e especialistas discutirão os principais temas no âmbito municipal, como os arranjos institucionais possíveis para a viabilização das PPPs, os elementos e características fundamentais para a criação e o financiamento de bons projetos e a modelagem ideal para minimizar riscos e maximizar as garantias. O GRI é um clube global que reúne os principais players dos setores imobiliários de infraestrutura. Fundado em 1998, tem presença em mais de 20 países estratégicos. No Brasil, atua desde 2010.

A Bahia vem implantando um extenso programa de investimentos por meio da modalidade de Parceria Público Privada, que tem se mostrado uma opção acertada para expandir os investimentos em infraestrutura. Exemplos de PPP na Bahia ocorreram na construção da Arena Fonte Nova; o Emissário Submarino; Hospital do Subúrbio – primeira unidade hospitalar do Brasil realizada por meio de uma PPP; a Rede de Serviços de Diagnóstico por Imagem, na área de saúde; Instituto Couto Maia; Linha 2 do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas; Veículo Leve de Transporte (VLT) do Subúrbio; Sistema Viário da BA-052 e a implantação da Ponte sobre o Rio São Francisco, entre Xique-Xique e Barra, totalizando 600 quilômetros.

Nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff assinou uma nova Medida Provisória, em que renovou o programa Mais Médicos, garantindo a permanência de 7 mil profissionais no programa neste ano.

Na cerimônia, ela voltou a atacar o golpe parlamentar de que é vítima. “O processo que está em curso no Brasil tem nome e seu nome é golpe”, disse ela. “Trata-se de uma eleição indireta, coberta pelo manto do impeachment, daqueles que não tiveram votos nas urnas”.

“A acusação é ridícula. O que nós fizemos foi apenas garantir a continuidade de programas sociais e de outras políticas de governo, como o Plano Safra”, afirmou a presidente. “Me acusam de ampliar os gastos sociais, o que é obrigação de um presidente”.

Segundo ela, o impeachment fere os direitos não apenas dos 54 milhões de brasileiros que votaram por sua reeleição, como de todos os 115 milhões de brasileiros que saíram às ruas para votar.

Dilma afirmou que não luta apenas para preservar seu mandato, mas também para garantir conquistas sociais, como o Mais Médicos.

“Hoje, atendemos 63 milhões de pessoas, muitas das quais jamais haviam tido atendimento médico”, afirmou.

A renovação do programa atende a pedido da Frente Nacional de Prefeitos, que temia um desmanche do programa em caso de mudança de governo.

Dilma afirmou que o Mais Médicos foi uma das respostas de seu governo às manifestações de junho de 2013. Naquele momento, com 1,8 médico por mil habitantes, o Brasil tinha uma média bem inferior à de países vizinhos, como Argentina e Uruguai, onde o número se aproxima de 3 médicos por mil habitantes.

Ela afirmou ainda que sabia das reações corporativas que haveria no início, mas disse que o esforço foi recompensado. “Hoje, há aprovação de 95% da população à atuação dos médicos que atuam no programa”.