:: ‘arte’
Fusão visual
Oscar D’Ambrosio
Um dos importantes requisitos de um fotógrafo para desenvolver um trabalho sobre uma pessoa ou uma etnia é o envolvimento. Dessa empatia, surge um trabalho que, além de questões técnicas bem resolvidas, apresenta alma. É justamente o que ocorre com os elos entre o fotógrafo Sérgio Guerra e os Hereros.
Seminômades que vivem espalhados entre Angola, Namíbia e Botsuana, os Hereros entraram na trajetória do fotógrafo em 1999, quando ele integrou um programa de comunicação institucional do Governo de Angola. Começou aí uma relação que o levou a um progressivo conhecimento da etnia e, é claro, de si mesmo.
Visualmente, o que impressiona é a cor. Os fotografados se fundem com a terra, em uma esfera que está além do jornalístico e do documental. A grande questão visual que se impõe é o estabelecimento de uma poética marcada pela confiança. São almas que se deixam conhecer e fotografar.
Os Hereros são desvendados pelo fotógrafo, que produziu livros, documentários e exposições sobre o tema, dando visibilidade a uma África esquecida. Nesse contexto, a arte de Sergio Guerra, em diversas manifestações, eterniza uma cultura. Suas imagens fundem almas, corpos e terra em uma caminhada diferenciada, numa relação que se estabelece para sempre.
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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.
Maria Inês Pereira, a arte que dá sentido à vida
Daniel Thame
A artista plástica Maria Inês Pereira, formada em Artes visuais pela Faculdade Anhanguera em Cascavel/ Paraná e Pós-graduada em Educação Especial, é também professora de pintura, desenho (grafite, lápis de cor, giz pastel, nanquim, carvão), aquarela, mosaicos, e outras técnicas há 30 anos.
O desenho sempre fez parte da sua vida, desde a infância, gostava de observar tudo, e quando se apaixonava por uma imagem, logo queria retratá-la no grafite e em lápis de cor.
“Quando cresci apaixonei-me pelas tintas, pelas inúmeras técnicas que eu poderia usar para criar o que quisesse. Somente a educação das sensibilidades faz com que nos tornemos criativos, artistas e humanos”, afirma.
Maria Inês diz que concorda plenamente com Roger Scruton, um filósofo inglês quando falava sobre a beleza:
“Olhamos para a arte em busca da prova que a vida neste mundo tem sentido e que o sofrimento não é tão em vão quanto frequentemente parece ser, mas parte necessária de um todo maior e redentor.
Tragédias nos mostram o trunfo da dignidade sobre a destruição e da compaixão sobre o desespero.
De um modo misterioso a arte dota o sofrimento com um acabamento formal que restaura nosso equilíbrio moral.”
De acordo com Maria Inês, o que move um artista a querer retratar sua vida são seus valores, suas crenças, e de alguma forma ele terá afinidade com alguma imagem que chamará sua atenção.
“La Pietà, a grandiosa escultura de Michelangelo Buonarroti, esculpida aos seus 23 anos de idade em um bloco de mármore de Carrara, sempre foi a minha escolhida. Não existe imagem igual que retrate tanta resignação materna diante da face mortal e doce de seu filho amado, Jesus Cristo. Ela sabia que Ele morreria por todos os pecadores, por nós”, ressalta.
Exposições:
Centro Cultural Gilberto Mayer – Diversas vezes.
Museu de Artes de Toledo – Diversas vezes.
Concurso de Artistas da América Latina em Maipú – Argentina.
Itaipu Binacional, ao Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipú.
Exposição PANORAMA DAS ARTES VISUAIS DA BACIA DO PARANÁ 1, 2 e 3.
Exposição no museu ecomuseu de Itaipú – Foz do Iguaçu.
1°, 2° e 3º Encontro dos Atelies de Cascavel, no MAC.
Lari Namaste e a arte como liberdade e conexão
Daniel Thame
Com 32 anos e 19 de carreira, Lari Namaste (nome artístico) guia sua arte pela verdade: pinturas figurativas de mulheres que representam algum aspecto seu, de algum momento em especial, cujas conexões são alcançadas por todas as partes pelos expectadores. Com mais de 200 obras vendidas, seu atelier produz arte que vibra emoções, além de ensinar artistas aspirantes na busca pelo potencial artístico único.
Nascida em Cascavel/PR-Brasil, Lari morou em cidades e países diferentes (EUA e Itália), sempre em busca de diversidade e conhecimento. Ela ministra diversos cursos online e presenciais na área de desenho e pintura, com foco na criatividade. Em busca de novas criações, autoconhecimento, cores, técnicas… por meio da arte criou uma conexão consigo mesma e com os outros, acredita que Arte muda o mundo e é universal. “A arte me (des)conecta”, diz.
Lari Namaste utiliza tinta acrílica e tinta a óleo, é apaixonada por desenho e quadros figurativos. Além de ter participado de exposições em Portugal e Londres/UK, Lari Namaste já teve Exposição Individual no MAC (Museu de Arte de Cascavel/PR). Coleciona Vernissages e fãs do seu trabalho artístico, cujo reconhecimento é crescente.
“Acredito que arte deve ser uma atividade mais livre de julgamentos e que criação é inerente ao ser humano e, portanto, necessária – em qualquer etapa da vida”, afirma a artista. “Além disso, criatividade é um atributo cada vez mais exigido em qualquer profissão. Uma pessoa criativa evita e soluciona problemas de forma mais natural e intuitiva. Criatividade pode ser desenvolvida e a pintura têm um papel bem importante nesse processo”, diz.
“Arte para mim significa liberdade e conexão. Liberdade por permitir uma expressão e conexão por ser uma criação pessoal, algo que vem de mim, seja feliz ou dramático, não importa: o que importa é não ter medo de pintar um quadro e assumir suas criações, como filhos feitos para ganhar o mundo”, ressalta Lari.
Exposições Nacionais e Internacionais:
“4º Panorama das Artes Visuais de Cascavel” – Exposição Coletiva – Cascavel/PR – 2020
“Mês da Mulher” – Exposição na Sede da OAB Cascavel/PR – 2020
“Galleria Giardino” – Murais a céu aberto – Giardino – Wust & Casarotto – Cascavel/PR – 2019
“Design Fair 2019” – Centro de Convenções e Eventos – Cascavel/PR – Brasil – 2019
“Lari no Café / Floricultura Catarinense” – Cascavel/PR – Brasil – 2018
“Portraits” – The Brick Lane Gallery – Londres/UK – Inglaterra – 2018
“Arte no Manja” – Shopping 4 Estações – Cascavel/PR – Brasil – 2018
“Climb Art” – ForVibe – Cascavel/PR – Brasil – 2017
“Panorama das Artes” – MAC (Museu de Arte Contemporânea) – Cascavel/PR – Brasil – 2017
“Lari no Manja” – Shopping 4 Estações – Cascavel/PR – Brasil – 2016
“Lari Namaste & Watusi Carulli” – Cantina das Artes – Cascavel/PR – Brasil – 2016
“Âncoras Tattoo Fest” – Centro de Convenções – Cascavel – Paraná – Brasil – 2016
“#ExisteArteemCascavel” – MAC (Museu de Arte Contemporânea) – Cascavel/PR – Brasil – 2015
“#aCidadeCresceu” – Bastian & Lora – Cascavel/PR – Brasil – 2015
Ilustração do Livro “Jabota & Jabuti” – de Juarez Poletto – Editora UTFPR – 2015
“Lari no Café” – Pier 7 Café – Toledo/PR – Brasil – 2015
“Tanto Mar” – Anjos Art Gallery – Galeria Casa de Portugal – São Paulo/SP – Brasil – 2014
“Diálogos” – Galeria de Design Dimensão – Lisboa – Portugal – 2014
Ilustração do Livro “Os Caminhos da Vida” – de Alonso Tomaz – Superpress- 2014
“Grandes Nomes” – Iscool Toledo/PR – Brasil – 2014
“Centro Cultural Gilberto Mayer – Cascavel/PR – Brasil – 2013
“Artes Visuais” – Jaydim do Édenn – Cascavel/PR – Brasil – 2013
SESC – Cascavel/PR – Brasil – 2000
Site: larinamaste.com.br
Redes Sociais:
Instagram: @larinamasteart
YouTube: LARI Namaste
e-mail: contato@larinamaste.com.be
Galeria Virtual (Aquisição de Obras): https://www.shop.larinamaste.com.br/
Portais do ser
Itabuna: arte na Beira Rio vira cartão postal
Colorir, decorar e alegrar. Este foi o objetivo de uma dupla de jovens talentosos itabunenses, ao colocar uma belíssima arte num muro instalado em um ponto estratégico da avenida Beira Rio (entorno das Avenidas Fernando Cordier e Aziz Maron), entregue aos itabunenses recentemente totalmente requalificada, com novos recursos de acessibilidade, de esporte e de lazer.
A arte dos jovens Ysa Galvão e Henrique Ferreira foi produzida em comemoração aos 110 anos de emancipação política e administrativa de Itabuna e traz belas imagens que lembram a lavoura do cacau, a cultura itabunense através do Teatro Candinha Doria, o Rio Cachoeira e a Passarela da Ilha do Jegue. O trabalho foi dividido: Henrique foi o responsável pelo “lettering” – termo utilizado para denominar a arte de pintar letras estilosas, em vez de escrevê-las. Já Ysa Galvão pintou as belas imagens.
A obra de revitalização da calçada da Beira-Rio, além de garantir mais mobilidade urbana e qualidade de vida à população, se tornou um cartão postal do município, numa área iluminada, com espaço para crianças, jovens, adultos e idosos. A arte no muro acrescenta beleza e identidade ao local, valorizando o talento dos artistas de itabuna.
Una: escadaria une arte e sustentabilidade
Foi inaugurada em Una, no Sul da Bahia, a Escadadaria ABC de Freitas, construída a partir de um projeto que utiliza Bio Construção, une soluções em urbanismo com harmonia e beleza para a comunidade. A bioconstrução inclui materiais reciclados, com beneficios ao meio-ambiente.
Após descerrar a placa de inauguração, o prefeito Tiago de Dejair assinou a Ordem de Serviço para a construção da próxima escadaria no bairro. O prefeito reiterou a importância da obra para a comunidade, visando oferecer maior qualidade de vida para os moradores.
Projeto leva música e arte para alunos das creches de Itacaré
Cerca de 180 estudantes da Creche Municipal do Bairro Santo Antônio, em Itacaré, participaram durante esse semestre do projeto integrado de arte, música e literatura, que busca motivar as crianças através dos sons, desenvolver a oralidade através das canções, explorar a musicalidade, o ritmo, o movimento e possibilitar a integração das crianças para tornar o ambiente escolar ainda mais atrativo. O projeto também está sendo desenvolvido com os estudantes do bairro da Passagem.
O projeto está sendo realizado pela Prefeitura de Itacaré, através da Secretaria Municipal de Educação, e culminância dos trabalhos na Creche do Bairro Santo Antônio foi na última sexta-feira, nos dois turnos, com direito a apresentação dos alunos. Esta semana será a vez do encerramento do projeto na Creche da Passagem. No palco a alegria e a empolgação das crianças, que entoaram músicas sobre os valores sociais. Na plateia o orgulho dos educadores, diretores da creche e dos idealizadores e realizadores do projeto.
Ao Mestre com carinho
Alunos de escola pública de Itapevi, na Grande São Paulo, realizam oficina de artes com releitura da exposição “O Olhar de Waldomiro 57 anos de pintura”, em cartaz SFT, em Brasilia.
Waldomiro de Deus, nascido em Itagibá, no Sul da Bahia e Cidadão do Mundo, é um dos maiores pintores primitivistas do Brasil, com uma obra sempre atual, exposta em galerias do país e do exterior.
Artista faz registro do patrimônio arquitetônico de Ilhéus usando o reciclagem de papel
Joferson Ferreira de Oliveira, morador de Olivença, em Ilhéus é um artista talentoso. Há mais de 20 anos, Jó, como é mais conhecido, trabalha com arte em papel e tem como principais obras as recriações dos monumentos históricos de Ilhéus. Uma contribuição que ele dá através da sua arte para preservar a memória da cidade. O artista relata que desde criança se sentiu atraído pela arte e que sempre quis trabalhar como materiais reaproveitados.Foi então que surgiu a possibilidade de trabalhar com papel.
As esculturas ganharam popularidade devido o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Casa de Jorge Amando, onde frequentemente Jó expõe e comercializa seu trabalho. Os objetos mais populares são a Catedral de São Sebastião, Vesúvio eBataclan. Segundo o artista a ideia de reproduzir os pontos turísticos surgiu quando percebeu que os turistas chegavam à cidade e não encontravam nada de característico para levar como lembrança.
Hoje além manufaturar as esculturas, Jó realiza oficinas em casas de recuperação da cidade, integradas ao Centro de Referência à Assistência Social – CRAS. Ele explica quea arte também pode ser utilizada como ferramenta de educação e, o fato de poder ajudar outras pessoas, por meio da arte sua arte, ele define como “algo maravilhoso”.
Estudante vai perder virgindade anal ´em nome da arte´
Clayton Pettet, aluno do segundo ano da Central Saint Martins Art School, em Londres, planeja algo bastante ousado. O jovem gay de 19 anos vai perder a virgindade anal em uma instalação artística em uma galeria de Londres, para um público de 50 a 100 pessoas. O evento já está confirmado e acontecerá no dia 25 de janeiro de 2014. A performance, que recebeu o nome de “Art School Stole My Virginity” (“Escola de Arte Roubou Minha Virgindade”, em tradução livre), contará com a presença de um amigo, que será o ativo da relação e fará sexo com penetração, e questionará o público sobre o que eles acharam da apresentação.
“Eu segurei minha virgindade por 19 anos e não vou perdê-la assim, de qualquer forma. Basicamente, é como se estivesse perdendo o estigma em torno da virgindade”, afirmou Pettet. O ato é planejado há três anos. “A chave dessa performance de arte é que será uma apresentação única e essa é a performance de uma vida”, afirma. Apesar da exposição na mídia, o garoto ainda não contou para os seus pais o que pretende fazer, mas diz esperar críticas positivas por conta da exposição de sua própria sexualidade.
E agora a pergunta/piada pronta: quer dizer então que o nome disso agora é arte?