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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘The Intercept’

Sem verbas, reitora da UFSB afirma que “não há condições para continuar”

Joana Angélica Guimarães

Joana Angélica Guimarães

Por Juliana Sayuri | para o The Intercept

Faz 29 graus em Itabuna, no sul da Bahia. Joana Angélica Guimarães da Luz, 61 anos, se dirige diariamente ao km 39 da BR 415, a Rodovia Ilhéus – Vitória da Conquista. Ali, num prédio antigo alugado na Vila de Ferradas, bairro pobre na periferia de Itabuna, fica a reitoria da Universidade Federal do Sul da Bahia, a federal que mais perdeu dinheiro com os cortes do Ministério da Educação.

Segundo a Andifes, a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior, o orçamento da UFSB em 2019 caiu para menos da metade: o valor inicial de R$ 31,5 milhões foi para R$ 14,5 milhões. O primeiro efeito do corte é sentido pelo corpo: apesar do inverno quente, em que a temperatura chega a 27 graus, a ordem é deixar o ar-condicionado desligado em todas as unidades. Nos últimos dias, me disse a reitora, eles tiveram “sorte”: choveu e ao calor deu uma trégua.

Luz é a primeira mulher negra eleita reitora de uma universidade federal. Empossada há pouco mais de um ano, ela teme não conseguir sequer concluir a construção dos campi da universidade, inaugurada em 2014. São três: Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Todos em obras. Todas, paradas.

Luz nasceu nos arredores de Itabuna. Filha de trabalhadores rurais, ela migrou do nordeste ao sul do país para estudar: primeiro, fez graduação em geologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, seguida pelo mestrado na Universidade Federal da Bahia e pelo doutorado na Cornell University, em Nova York. A partir de 2012, participou ativamente da construção do projeto político-pedagógico da UFSB, declaradamente pautado por ideias de intelectuais como Anísio Teixeira, Milton Santos e o temido Paulo Freire. Segundo Luz, a UFSB foi idealizada como uma universidade de inclusão: a jovem federal abriga 4,5 mil alunos de graduação e pós-graduação – cerca de 80% deles de famílias de baixa renda.

O iminente virou imediato. “Universidades estão dizendo que vão parar as atividades, e a nossa está incluída. Não é tom de ameaça, não é retaliação. É realidade: não há condições concretas para continuidade”, relata a reitora. A administração está precisando escolher quais contas e contratos pode honrar e quais inevitavelmente vai pagar com atraso. “Estamos chegando ao ponto de paralisar tudo.”

Em entrevista ao Intercept, Luz fala sobre essas escolhas e a expectativa de liberação de recursos extras em setembro. Se não entrar mais dinheiro no caixa, a situação será “o caos”.

 

 

 

Intercept – Hoje, 15 de agosto, como está a UFSB?

Joana Angélica Guimarães da Luz – Hoje temos uma despesa de R$ 1,2 milhão por mês, mas recebemos R$ 860 mil. Estamos literalmente precisando escolher quais contas a gente paga e quais a gente atrasa, quais contratos a gente honra e quais não. O campus fica em uma cidade muito quente, mas definimos desligar o ar-condicionado para economizar energia elétrica. Os projetos de pesquisa estão em stand-by. Também temos diversas obras paradas, pois não temos recursos para pagar a empreiteira. A ordem direta é agora é suspender as obras, pois não há como arcar com os custos – mas ainda estamos discutindo com o MEC. Até lá, estamos nesse jogo de atrasar aqui, reduzir ali e ir levando para fechar o mês.

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Lula concede entrevista a Bob Fernandes para a TVE Bahia

fidel lulaNa última quarta-feira (14), na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente Lula concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Bob Fernandes, a primeira para uma televisão pública desde que passou a cumprir pena, em abril de 2018. A TVE Bahia exibe a entrevista nesta sexta-feira (16), no YouTube, Facebook e Twitter, às 18h, e na TV às  22h.

Na entrevista, o ex-presidente afirmou não saber como as informações reveladas pelo site The Intercept nas últimas semanas chegam aos ministros do Supremo Tribunal Federal e que, após tomar conhecimento das mensagens entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallangnol, “a suprema corte pode fazer uma correção” no processo que o condenou.

Para Lula, os últimos acontecimentos no Brasil têm relação com a atuação do governo estadunidense. “Tudo que está acontecendo tem o dedo dos Estados Unidos, que manda mais no Sergio Moro do que a mulher dele”, afirmou.

Já em relação ao Procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, considera que “desde o dia que ele deu uma coletiva dizendo que não tinha provas contra mim, mas apenas convicções, o Conselho Nacional do Ministério Público tinha que ter tirado esse moleque”. E afirmou que não pretende solicitar progressão da pena para sair da condição atual em Curitiba. “Estou aqui até para provar que eles são bandidos e eu não”, disse.

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´Snowden, Herói ou Traidor?´ e o tamanho de Glenn Greenwald

Glenn Greenwald, do The Intercept e responsável pela divulgação de conversas nada republicanas na Operação Lava Jato, dos personagens centrais das revelações de Edward Snowden, um analista da CIA e da NSA, as duais principais centrais de inteligência e espionagem dos Estados Unidos.

Snwden da torna-se inimigo número um dos EUA ao divulgar a jornalistas uma série de documentos sigilosos que comprovam atos de espionagem praticados pelo governo norte-americano contra cidadãos comuns e lideranças internacionais.

O filme ´Snowden: Herói ou Traidor?`, disponível da Netflix, dá uma dimensão do tamanho de Greenwald no jornalismo mundial.

Dr. Moro vende o sofá?

nota abi





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