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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Silmara Oliveira’

Habemus, Silmara Oliveira! Uma educadora e estudiosa da literatura sulbaiana

Posse de Silmara, em 19 de abril de 2017, na Presidência da ALITA, em Itajuípe

Posse de Silmara, em 19 de abril de 2017, na Presidência da ALITA, em Itajuípe

Efson Lima

 

efson limaNo dia 12 de junho nascia Silmara Oliveira. Ano? Não é bom anunciar idade de dama. Nasceu itajuipense, mas suas contribuições ultrapassam os limites daquela cidade de lago, alcança todo o sul da Bahia e possui reflexos no Estado. Há pessoas que nascem com brilho, a criatividade é esteio  e  aquilo que o mundo das organizações chama de “iniciativa” é latente em algumas figuras. No ano passado, 2020, perguntei a Celina Santos para saber quem estava na presidência da Academia de Letras de Itabuna ( ALITA) e se poderia construir o Festival Literário Sul-Bahia (FLISBA), na sequência, eu recebia uma ligação da professora Silmara Oliveira. Desde então, a professora Silmara  sempre presente nas reuniões, sugerindo e fazendo proposições. O espírito colaborativo foi norteador dessas ações. O Flisba jamais foi o mesmo.  Ela sempre compondo, juntando e somando. Características raras em uma sociedade cada vez mais incendiária.

silmara (2) Há pessoas que nascem e cumprem com suas missões, desígnios… Outras recebem desafios. São testadas e experimentadas na luta.  Sabemos que nem sempre por mérito aos homens são reservados espaços distintos, cujas circunstâncias sociais conhecemos muito bem. Já as mulheres, “elas que corram, elas que sonhem e lutem para ocupar algum lugar na sociedade”. Não quero aqui legitimar essa prática, pois, dela quero distância. Entretanto, não podemos deixar de situar a construção do fenômeno Silmara Oliveira, visto que, certamente, ela teve que superar esses obstáculos para ser esse farol. Assim, temos a ensaísta, professora, escritora, poeta e gestora cultural, cujo espírito empreendedor a fez liderar um cineclube em Itajuípe, aproximadamente, por 10 anos; prospectou e implementou o Memorial Adonias Filho na cidade. Não obstante, atualmente, exerce a função de Diretora Cultural no Município de Itajuípe e a presidência da Academia de Letras de Itabuna pela terceira vez consecutiva.  Fico aqui para não falar da vida doméstica, assim evito confusão com Ulisses, Júlia e seu companheiro Marcos Luedy, nosso poeta – ambientalista.

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Itajuípe: Diretoria de Cultura promove Live no Dia Internacional da Mulher

A Diretoria de Cultura de Itajuípe realiza, no próximo dia 08 de maço, uma live em celebração ao Dia Internacional Da Mulher. A mediadora da live será Silmara Oliveira, Diretora de cultura de Itajuípe e terá como convidada a Reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia, Profª Drª Joana Angélica Guimarães da Luz. Com o tema Espaço de Ascensão Feminina, a live tem por objetivo dialogar sobre o papel da mulher no mundo contemporâneo, considerando os diversos espaços de luta e resistência que as mulheres tem ocupado em nossa sociedade nos últimos anos. Neste diálogo que será apresentado ao público itajuipense e de toda a região, destaca-se a participação de Joana Angélica Guimarães da Luz, nascida em Itajuípe e primeira mulher negra eleita reitora de uma universidade federal em nosso país.

live itajuipe
Geóloga pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestre em Geoquímica e Meio Ambiente (UFBA), Profª Drª Joana Angélica é também Reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Doutora em Engenharia Ambiental pela Cornell University (EUA), Doutora em Recursos Ambientais e Florestais pela Cornell University-EUA e atual Vice-presidente da Associação Brasileira de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior-Andifes.
Silmara Oliveira possui formação em Letras pela UESC, professora de Língua Portuguesa, Mestra em Cultura e Turismo pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É a atual Presidente da Academia de Letras de Itabuna, na qual se destaca pelo estudo da obra do escritor Adonias Filho. Silmara foi, também a idealizadora do Memorial Adonias Filho, em Itajuípe, e se destaca no ativismo cultural e como formadora de cineclubismo em Itajuípe.
A Live será transmitida pelo Facebook da Prefeitura Municipal de Itajuípe, às 19 hoas, do dia 08 de março.

Silmara Oliveira lança livro sobre Adonias Filho em Itajuípe

ado“Uma interpretação cultural para o Turismo a partir da obra de Adonias Filho” é o nome do livro que será r lançado no próximo dia 18, às 19h, na Fundação Lourdes Lucas, em Itajuípe. A obra é da mestra em Cultura e Turismo, professora Silmara Santos Oliveira, numa homenagem à passagem do centenário de nascimento do escritor, ocorrido recentemente. “Esse trabalho é o resultado da minha pesquisa de mestrado, numa análise da obra do autor sob o ponto de visto do patrimônio cultural. Adonias, guarda na sua literatura, importantes marcas da identidade local, com significativa impressão dos momentos fundantes desta sociedade a qual chamamos grapiúna”.

Segundo Maria de Lourdes Netto Simões, professora doutora da Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc, “a autora desenvolveu uma reflexão sobre cultura, patrimônio e pertencimento. A interpretação do patrimônio, além da reflexão teórica, subsidia e oferece caminhos para ações e políticas públicas, visando à valorização do bem patrimonial e do desenvolvimento local”.

Silmara Santos Oliveira, tendo a escrita adoniana como narrativa de fundação das terras do cacau, através de investigações conceituais, buscou discutir as bases da tradição sobre a quais se fundamentam as nações, elevadas à categoria de comunidades imaginadas. E remetendo aos contornos desta região, sob a perspectiva das narrativas, analisa a alteridade e diferença na formação da “civilização do cacau”, segundo denominação do próprio autor, para então dimensionar como bem cultural e vetor turístico, a sua diversidade; além disso, à luz da memória, a pesquisadora procurou valorizar o patrimônio adoniano com vistas a preservá-lo para que possa ser vivenciado pela comunidade local e regional.

Flica celebra centenário de Adonias Filho

adonias Flica 2A dualidade e complementaridade entre amor e ódio, vida e morte. A obra do autor baiano Adonias Filho, nascido na cidade de Ilhéus, em 27 de novembro de 1915, foi tema da segunda mesa da Festa Literária Internacional  de Cachoeira (Flica), nesta sexta-feira (16). Com mediação do escritor João Aguiar Neto, o jornalista e também escritor Carlos Ribeiro e a professora de literatura Silmara Oliveira relembraram a trajetória pessoal e literária do crítico, ensaísta, romancista e jornalista baiano Adonias Filho.

“Era uma figura de grande importância da história da literatura do Brasil. Homem público, mas, sobretudo, um grande ficcionista. O centenário é muito importante para lembrarmos isso. Vivemos essa lacuna, de pouca memória de Adonias”, reflete Carlos Ribeiro. “A condição humana e a universalidade permeiam a obra de Adonias. Tratar do amor, do ódio, da traição. Ser universal é se reconhecer naquela literatura em qualquer parte do mundo. Quem lê o texto de Adonias Filho não volta o mesmo”, destaca Silmara Oliveira, que também é coordenadora do memorial em homenagem ao escritor, que fica na cidade de Itajuípe. Com familiares do escritor na plateia, ele foi relembrado como um autor preocupado com relações humanas e com viés trágico da vida.

adonias flica 1Entre leituras de textos do autor baiano que completaria 100 anos em novembro de 2015, os debatedores divagaram a respeito de outras linguagens para a obra de Adonias Filho, como por exemplo, o cinema. Esse foi um dos questionamentos de Carlos Ribeiro, que destacou a dificuldade em transformar a obra do autor baiano em uma linguagem cinematográfica, ao contrário do que ocorreu com o escritor Jorge Amado, que tem diversas obras traduzidas para o cinema. Silmara discordou desse ponto de vista e destacou a semelhança entre a obra de Adonias com o teatro e a tragédia grega.

Regionalismo e Universalidade
Silmara Oliveira destacou o regionalismo de Adonias Filho, tendo como foco o indivíduo. “Adonias é regionalista, é do sul da Bahia, tem o diferencial territorial. A maior preocupação não era o regionalismo. Ele está na terceira fase do modernismo, mas ele parte para algo singular, da personalidade do indivíduo. O aspecto regional está inserido no indivíduo, não no aspecto físico”, conta.

“Ele tem o microcosmo, o sul da Bahia, mas ele é um universo de paixões, de sentimentos, de relações profundas. Se observamos a construção da linguagem, o tratamento que ele dá para a linguagem não é o coloquial, e isso é muito surpreendente, pois a fase da obra de Adonias é aquela fase anterior a de Jorge Amado, quando os centros urbanos não estavam prontos. Adonias vai tratar do desbravamento, por onde os colonizadores chegaram, no sul da Bahia. Os falares típicos, pitorescos. Mas Adonias dá um passo além porque ali é um recurso que se usa para esse ser humano”, completou Carlos Ribeiro.

Segundo destacou Silmara Oliveira, Adonias Filho tinha cuidado especial sobre o que escrever e como escrever de forma precisa, sincopada, objetiva e expressa de forma intensa e rápida, o que difere de muitos autores da época. “Ele não se preocupa com o detalhamento da história. Ele diz o que aconteceu e pronto. É sua preocupação desenvolver esse detalhamento”, conta Silmara.

Leitor da tragédia grega, toda escrita de Adonias Filho era pesquisada, nada era gratuito na obra dele, como definiu a pesquisadora. “Há muito que estudar sobre a obra dele. Adonias era um crítico literário dele mesmo”,  destaca Silmara. Ela ainda disse que o escritor é muito delicado para falar do sexo e do amor e também possui a marca regional do cacau, dos objetos da vida e do índio.

Contemporâneo de Jorge Amado, que o recebeu na Academia Brasileira de Letras em 1965, Adonias Filho apoiou a ditadura militar de 1964 e, segundo Silmara Oliveira, esse é um dos motivos para a obra do autor baiano não ser tão conhecida e valorizada como a de Jorge.

“A falta de espaços para ele também é política. Há retaliações. É um problema na vida do escritor. Ele era tímido, retraído. Jorge soube aproveitar a condição política de esquerda. Adonias, além da retração, tinha a retaliação. É preciso que a gente faça o reconhecimento da pessoa que ele foi. Homem simples, avô espetacular, metódico. Ele não era a pessoa que se divulgou”, defende Silmara. (do G1)





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