:: ‘ruas’
Em 2017, a rua é o nosso lugar
Cedro Silva
2016: ano em que a classe trabalhadora foi para as ruas dizer “não ao golpe e nenhum direito a menos”. O ano em que a direita golpista rasgou a constituição cidadã e atropelou a democracia. Mas, o que é importante dizer é o seguinte: o ano acabou, mas não encerra as lutas.
Um ano que jamais esqueceremos. Um ano que nós, representantes da classe trabalhadora em todo o país, iremos cobrar a fatura com todas as correções. Não aceitaremos os retrocessos impostos, somos a classe trabalhadora que construiu cada capitulo da história deste país; seja em prol das lutas da causa operária, do movimento negro (contra racismo e segregação racial), no movimento estudantil, o movimento de trabalhadores do campo, movimento feminista, movimentos ambientalistas, da luta contra a homofobia, separatistas… entre outros. Mesmo com tantas lutas no “currículo”, sangue, suor e lágrimas empreendidos para eleger um projeto da classe trabalhadora e alcançar o mínimo de direitos e políticas sociais, o ano de 2016, infelizmente, consolidou-se como o ano do Golpe!
Em 2016, construímos uma identidade para a luta e defesa dos interesses da classe trabalhadora em meio aos golpes que sofremos. Seguimos sem retroceder, ocupamos as ruas e cada espaço na mente e coração das pessoas que não tinham conhecimento do abismo que o país caminharia. Reagimos! E por termos reagido, agora, temos a convicção de que este governo ilegítimo, golpista e usurpador está com dias contados. É apenas uma questão de tempo.
O que nos fortalece é a certeza de que o nosso principal instrumento de defesa sempre foi às ruas e sempre fez a diferença. Vozes nas ruas… Fomos centenas, milhares: Nas ruas! Com o único objetivo: defender a democracia e lutar pela manutenção e ampliação dos nossos direitos.
Estamos convictos de que esta luta vai continuar ao longo de 2017, concentraremos todos os esforços para ajudar o país a voltar para os trilhos do desenvolvimento sem Temer e sua quadrilha de ministros e políticos corruptos. Sem STF, MP e PF, seletivos.
Confesso que ser portador da classe trabalhadora neste momento não é uma tarefa fácil! Tempos difíceis para comemorar e desejar um natal “em paz”. A nossa sorte é que estamos acostumados a sorrir em meio às guerras. Portanto, finalizamos um 2016 projetando um ano de 2017 repleto de lutas e vitórias! Vitórias para o Brasil, derrota para o golpismo.
Que venha 2017, porque já nos apresentamos para lutar!
Cedro Silva é presidente da CUT Bahia
Às ruas!
Emiliano José, na Caros Amigos
Democracia para esses democratas não é o regime da liberdade de reunião para o povo: o que eles querem é uma democracia de povo emudecido, amordaçado nos seus anseios e sufocado nas suas reivindicações.
A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do antissindicalismo, antirreforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos que eles servem ou representam.
A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras.
É a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais.
Lula convoca movimentos sociais para ir às ruas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula intensificou os encontros com os movimentos sociais mais próximos do PT para tratar da onda de protestos. A mensagem passada surpreendeu os jovens de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União da Juventude Socialista (UJS), o Levante Popular da Juventude e o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). Em vez de pedir conciliação para acalmar a crise no governo Dilma Rousseff, Lula disse que o momento é de “ir para a rua”.
Na última terça-feira, o ex-presidente convidou cerca de quinze lideranças para um encontro na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O Movimento Passe Livre (MPL) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto não foram convidados.
“O (ex-)presidente queria entender essa onda de protestos e avaliou muito positivamente o que está acontecendo nas ruas”, disse ao Globo o integrante da UJS, que conta majoritariamente com militantes do PCdoB, André Pereira Toranski.
Segundo um outro líder, ele “colocou que é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças. Enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda. Ele agiu muito mais como um líder de massa do que como governo. Não usou essas palavras, mas disse algo com “se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas”. (do site Brasil247)
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