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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘I am not Murakami’

I am not Murakami

livia passos_murakami

Oscar D’Ambrosio

O trabalho da artista visual Livia Passos intitulado “Meu mundo e nada mais” (53 x 32 cm), realizado a partir da reutilização de isopor, CDs e tampas de medicações, possibilita uma reflexão sobre a obra do artista japonês Takashi Murakami (1962), com atuação destacada principalmente na pintura e nas mídias digitais.

Ele realiza pontes entre as artes tradicional e contemporânea japonesas e a pop norte-americana. As flores com sorriso, muito presentes em suas obras, por exemplo, aludem aos estilos mangá (histórias em quadrinhos) e anime (desenho animado) japoneses. Essas referências levaram o artista a cunhar, para a sua obra, o termo “superflat”.

A denominação descreve manifestações visuais que tem como principal característica um resultado plano, próprio das artes gráficas, animações, da pop art e da arte japonesa em geral. Livia Passos, porém, em seu trabalho, se própria dos círculos e das carinhas de Murakami, representando-as com tampas de medicação.

Surge então uma manifestação visual que, por ter volume, é o contrário do superflat. Se o criador oriental alerta para a cultura consumista japonesa, levando as suas resoluções visuais para o animé, a pintura, a escultura, o desenho industrial e a moda, Livia Passos traz uma interpretação renovada com o uso de sobras do mundo industrial.

As tampas, que provém de remédios usados para combater a dor, sorriem. Se Murakami se apropria da cultura contemporânea japonesa e da influência ocidental sobre ela; a artista brasileira, como dizem os versos da música de Guilherme Arantes que intitula o seu trabalho, “Daria tudo por meu mundo/E nada mais”, faz o “superflat” ganhar o espaço tridimensional.

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Oscar D’Ambrosio é Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte.





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