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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘François Jeantet’

Produção do cacau na Bahia encanta chocolateiros internacionais

Marvilleuse! (Maravilhoso!) Esse foi o adjetivo usado pelo pesquisador da Cirad, Philippe Bastide, e pelo criador e organizador do Salon du Chocolat de Paris, François Jeantet, para classificar o cacau produzido na Bahia, depois de dois dias de visitas à Ceplac e a fazendas da região. O sistema de produção e pós-colheita diferenciados, a qualidade das amêndoas, e a sustentabilidade social e ambiental foram enfatizados pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, que na terça-feira, acompanhou a comitiva composta por 34 chocolatiers da França, Espanha, Portugal, Bélgica, Itália, Dinamarca, Japão, Costa do Marfim e São Thomé e Príncipe à Fazenda Santa Cruz, no distrito de Taboquinhas, no município de Itacaré, onde eles conheceram in loco todo o processo produtivo do cacau, com ênfase no beneficiamento.

“Este é um momento importante para Bahia, pois estamos trazendo os mais famosos chocolateiros do mundo, que são formadores de opinião, para conhecer uma fazenda modelo, que produz com tecnologia de ponta”, disse Eduardo Salles, destacando que o objetivo do governo é fazer com que o cacau deixe de ser vendido apenas como commoditie, e passar a vender a amêndoa com valor agregado. Além disso o objetivo da vinda dos produtores de cacau é demonstrar que a Bahia pode ser um fornecedor confiável de cacau, e atrair para o Estado indústrias de chocolate gourmet. “Temos grande mercado consumidor de chocolate, com potencial para crescer”, destacou Salles.

“Já visitei a Bahia, e fiquei encantado com a paixão com que o cacau é produzido. Agora retorno com meus amigos, para que eles conheçam também”, disse François Jeantet, criador da marca Salon du Chocolat, afirmando ainda que “sinto o renascimento do cacau, muito ligado ao meio ambiente”.

Jeantet destacou que “a Bahia reúne todas as condições para produzir chocolates finos, e a vinda de chocolateiros internacionais para investir em fábricas aqui é questão de tempo”. Segundo ele, “temos que andar passo a passo”.

De acordo com Philippe Bastide, que trabalha em conjunto com a Ceplac, “a Bahia é modelo extraordinário de como se produzir cacau”. Ele considera muito importante o fato do Estado, através dos órgãos dos governos federal e estadual, ter encontrado soluções técnicas e genéticas para superar a vassoura-de-bruxa. “O Brasil está se tornando o País mais interessante para produzir cacau”, analisou.

Chocolateira de Paris, Anne Benoit, declarou que “é importante conhecer o processo de produção do cacau brasileiro. A gente percebe os cuidados com que é feita a plantação, colheita e secagem. Além disso, existe a preocupação com a conservação da natureza. Tudo isso é fundamental para a produção de chocolates finos”.

Também de Paris, Chloe Dutra-Roussel, percebeu que “a Bahia possui grandes propriedades rurais onde se produz grande variedade de cacau, o que não é comum em outros países produtores. Superada a crise gerada pela vassoura-de-bruxa, os cacauicultores estão trilhado novos caminhos”.

 

Organizadores do Salon du Chocolat definem detalhes do evento com o governo baiano

O Salon du Chocolat, evento mundial que será realizado em julho deste ano em Salvador, foi discutido nesta terça-feira (3) pelo governador Jaques Wagner e o comissário-geral dos salões, o francês François Jeantet, em reunião na Governadoria. O Salon du Chocolat vai reunir no Centro de Convenções representantes mundiais de todos os segmentos relacionados ao cacau, ao chocolate e seus derivados.

“Pensamos que o Brasil é o futuro do chocolate, com belos frutos e plantas. Os asiáticos e os chineses, principalmente, devem ser os consumidores dessa produção. A Bahia é extraordinária. É um lugar maravilhoso, onde há a produção da matéria-prima e do chocolate. E vi belas plantações e frutos de grande qualidade”, afirmou Jeantet.

Ele, a empresária Sylvie Douce, organizadora do Salon du Chocolat, e o coordenador do evento no Brasil, Diego Badaró, visitaram fazendas de cacau, o Centro de Convenções e o Palácio Rio Branco, onde serão realizados encontros paralelos, como o Fórum do Cacau e do Chocolate, que vai durar dois dias, reunindo produtores de todo o mundo.

“O salão é um encontro de pessoas e paixões. O chocolate é um produto mágico e promove esse encontro maravilhoso de sensações culturais e sensoriais. Esse evento vai ser um divisor de águas, abrindo oportunidade de negócios para quem trabalha com diversos produtos ligados ao cacau, como chocolateiros artesanais, produtores de café, vinho, charuto”, explicou Badaró.

Segundo o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, o Salon du Chocolat é o maior evento do segmento no mundo, realizado em diversos países e que vem pela primeira vez para o Brasil. “É um momento histórico e marcante. Vamos entrar nesse circuito mundial e a expectativa é que tenhamos esse evento a cada dois anos. A Bahia foi escolhida para sediar o salão porque, juntamente com o Pará, é o estado onde está concentrada a produção nacional de cacau”.

Salles afirmou que o Estado está investindo no sul baiano, região onde se encontram cidades como Ilhéus e Itabuna e que já foi responsável pelo Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia a partir da produção do cacau. Ele disse que a economia regional foi prejudicada pela vassoura-de-bruxa, que acabou com a lavoura cacaueira.

“Esses produtores puderam renegociar suas dívidas. Para o pagamento, eles terão oito anos de carência, em vez de quatro, e 12 anos para pagar, e não oito. Outro ponto importante é a disponibilização, por meio da biofábrica, de clones de plantas resistentes à vassoura-de-bruxa”, destacou o secretário.

Ele declarou também que o governo está trabalhando para a verticalização da indústria do chocolate em toda a região, com pequenas, médias e grandes fábricas. “Através da Seagri, estamos proporcionando ainda a diversificação, para que os produtores possam investir em várias culturas. Hoje, nessa região, somos os maiores produtores de graviola do mundo. Temos banana e estamos atraindo indústrias de suco e de processadores de frutos”.

De acordo com o secretário das Relações Internacionais, Fernando Schmidt, o salão será realizado em um ano em que se comemora também o centenário de Jorge Amado, que divulgou em sua obra a história do cacau no estado. “Isso significa um olhar de reconhecimento e um estímulo para que sejam superados obstáculos para que a cultura do cacau volte a viver uma situação de esplendor, não somente na produção, como também na industrialização”.





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