:: ‘#foraTemer’
Otto Alencar defende saída imediata de Temer
O Senador baiano Otto Alencar (PSD), disse, nesta quarta-feira, 24, que aceita a realização de qualquer tipo de eleição, a direta ou a indireta, para a Presidência da República, mas que não admite mais Michel Temer no poder. O senador destacou que, com apenas um ano de mandato, Temer permitiu que graves problemas de ordem moral ocorressem no Palácio do Planalto e no seu entorno.
É o quarto assessor íntimo do presidente que deixa a função por denúncia de corrupção — disse Otto, referindo-se ao ex-deputado do PMDB Sandro Mabel, que se demitiu na noite de ontem.
Outro fato que merece repúdio, na opinião do senador, foi a devolução de uma mala de dinheiro de propina pelo deputado Rocha Loures à Polícia Federal, onde faltavam R$ 35 mil de um total que deveria ser de R$ 500 mil.
— Se o Congresso Nacional — Senado e Câmara Federal — fizer algum ato para conspirar para abafar esse caso, estará sepultando definitivamente a classe política no Brasil. Aí, irão todos: os bons, os culpados, os que não são culpados — afirmou.
Itabuna tem protestos contra a Reforma da Previdência
A Frente Brasil Popular, com o apoio da CUT e da CTB, promoveu hoje pela manhã em Itabuna um ato contra a Reforma da Previdência, que ameaça os direitos da classe trabalhadora.
O ato, realizado na Praça Adami, reuniu dirigentes dos sindicatos dos bancários, comerciários, construção civil, professores, servidores públicos e saúde e saneamento, além de movimentos sociais e estudantes da rede pública de ensino, que também fizeram uma caminhada na avenida do Cinquentenário, com faixas e cartazes em defesa dos trabalhadores e do ensino universalizado e de qualidade.
Pela manhã, cerca de dois mil e duzentos operários da Trifil, a maior empresa de Itabuna, paralisaram as atividades por uma hora. Os bancos só abrirão ao meio dia, em função da paralisação de uma hora dos bancários. Cartazes e gritos de Fora Temer também marcaram as manifestações, que ocorrem em todo o País.
Ainda hoje, a partir das 15 horas, a APLB/Sindicato promove uma passeata na avenida do Cinquentenário, seguida da ato público na Praça Adami.
CUT Bahia participa do dia nacional contra a reforma da Previdência
(Por Thais Tosta)- Aposentadoria apenas aos 65 anos, extinção do direito a férias, décimo terceiro e descanso remunerado, além do direito ao valor integral do benefício apenas com contribuição acima de 49 anos. São propostas que estão em curso na Câmara dos Deputados e consagram a PEC 287, como a maior e mais letal arma contra os direitos trabalhistas dos últimos anos.
O texto da PEC 287, encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo Temer em dezembro do ano passado é considerado por lideranças sindicais como um “desmonte” de todo o sistema previdenciário no país e propõe acabar com diretos adquiridos de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.
É diante deste cenário que movimentos populares e entidades sindicais de todo o Brasil realizarão de forma simultânea, em todos os estados, na próxima quarta-feira, dia 15 de março, protestos e ações de conscientização para alertar a sociedade sobre o que significa a reforma da Previdência para os trabalhadores brasileiros.
Apesar de ser um tema polêmico e ter ganhado destaque nos noticiários, mesas de debates de centrais sindicais, universidades, escolas e praças nos últimos meses, de acordo com lideranças sindicais, ainda é muito tímido o entendimento sobre a devastação e retrocesso que permeiam a vida das pessoas caso a reforma passe na Câmara e Senado. “Não quero precisar trabalhar 49 anos para ter a dignidade do meu beneficio integral. Isso é indigno, um absurdo. Precisamos barrar essa reforma infeliz”, declarou a estudante Fernanda Fernandes.
Dilma se emociona com recepção calorosa em BH e faz críticas a Temer
(Agencia Brasil) -A presidenta afastada Dilma Rousseff participou na noite ontem (20) da abertura do 5º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais em Belo Horizonte. Ao chegar ao evento, ela foi recebida por milhares de manifestantes contrários ao processo de impeachment. Após abraçar diversos deles, ela fez uso da palavra e não conteve as lágrimas. “Iremos resistir. Eu agradeço a vocês a imensa energia dessa recepção”, disse.
Dilma disse em encontro de blogueiros que o governo do presidente interino Michel Temer não teria legitimidade para fazer as mudanças que propõeLeo Rodrigues/Agência Brasil
O 5º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais começou hoje e vai até o próximo domingo (22). Na abertura, Dilma Rousseff criticou o fim do Ministério da Cultura (MinC) e a possibilidade de redução do Sistema Único de Saúde (SUS). Também acusou o governo interino de planejar cortes no Bolsa Família, acrescentando que o programa é elogiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e permitiu tirar o Brasil do mapa da fome.
Segundo a presidenta afastada, o governo não teria legitimidade para fazer as mudanças que propõe. “Não só as pessoas não foram submetidas às urnas, como o programa que eles estão tentando implantar também não foi. E isso é o mais grave”, disse. Dilma Rousseff considerou que o processo deimpeachment não se justifica e o classificou de golpe. “Não cometi crime algum, não tenho contas no exterior”. Na última quarta-feira, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber notificou a presidente afastada para explicar o uso da palavra golpe.
Dilma comparou a política externa do seu governo com a do presidente interino Michel Temer. “Uma vez Chico Buarque sintetizou que a política externa deles é a que fala fino com os países ricos e falava grosso com a Bolívia. Na época, a oposição queria até que invadíssemos a Bolívia. Mas a nossa política externa, que criou laços na América Latina e na África, foi a que tornou o Brasil respeitado internacionalmente”, disse.
Por fim, Dilma disse que não vai ficar presa no Palácio da Alvorada e pretende aceitar convites para participar de atos, além de seguir tentando impedir o impeachment no Senado e em todas as instâncias possíveis do Poder Judiciário. “No meu governo e no governo do presidente Lula sempre asseguramos que as pessoas pudessem se expressar mesmo quando eram contra nós, porque damos imenso valor à democracia. Eu temo que um governo ilegítimo, ao tentar implantar certas medidas, só tenha o recurso da repressão para fazê-las viáveis”, disse.
Durante o discurso, os presentes interromperam a presidenta diversas vezes para gritar palavras de ordem, criticando o presidente interino Michel Temer e a Rede Globo. A emissora de televisão foi acusada de contribuir com o processo que classificam de golpe. Os veículos de comunicação do grupo Globo foram vetados pela organização de receber credenciais para cobrir evento.
O encontro seria feito com patrocínio da Caixa Econômica Federal. Ontem (20), porém, o presidente interino Michel Temer suspendeu o repasse dos recursos. “Se eles acharam que esse corte iria nos impedir de debater a mídia alternativa, eles não nos conhecem”, disse na abertura do evento Renata Mielli, diretora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, uma das entidades organizadoras.
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