reforma

(Por Thais Tosta)- Aposentadoria apenas aos 65 anos, extinção do direito a férias, décimo terceiro e descanso remunerado, além do direito ao valor integral do benefício apenas com contribuição acima de 49 anos. São propostas que estão em curso na Câmara dos Deputados e consagram a PEC 287, como a maior e mais letal arma contra os direitos trabalhistas dos últimos anos.
O texto da PEC 287, encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo Temer em dezembro do ano passado é considerado por lideranças sindicais como um “desmonte” de todo o sistema previdenciário no país e propõe acabar com diretos adquiridos de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.

É diante deste cenário que movimentos populares e entidades sindicais de todo o Brasil realizarão de forma simultânea, em todos os estados, na próxima quarta-feira, dia 15 de março, protestos e ações de conscientização para alertar a sociedade sobre o que significa a reforma da Previdência para os trabalhadores brasileiros.

Apesar de ser um tema polêmico e ter ganhado destaque nos noticiários, mesas de debates de centrais sindicais, universidades, escolas e praças nos últimos meses, de acordo com lideranças sindicais, ainda é muito tímido o entendimento sobre a devastação e retrocesso que permeiam a vida das pessoas caso a reforma passe na Câmara e Senado. “Não quero precisar trabalhar 49 anos para ter a dignidade do meu beneficio integral. Isso é indigno, um absurdo. Precisamos barrar essa reforma infeliz”, declarou a estudante Fernanda Fernandes.


Mobilizações

Em Salvador, a CUT-Bahia, em parceria com demais centrais sindicais, Frente Popular e Povo sem Medo, se unem para dizer: Somos Todos Contra a reforma da Previdência. “Estamos em mobilização permanente desde o dia em que a proposta da reforma da Previdência foi anunciada. O nosso papel é informar, conscientizar e promover a mobilização necessária nos sindicatos e em todos os espaços públicos sobre a necessidade de concentração de esforços para inibir esse efeito maléfico que ronda a vida das pessoas caso a reforma seja aprovada”, Cedro Silva, presidente da CUT Bahia.

Ainda de acordo com o presidente  da CUT Bahia, a disseminação das informações e mobilização constante nas ruas constituem-se como armas do movimento sindical para ampliar o movimento e barrar a nefasta reforma em curso. “A sociedade precisa entender a gravidade do processo em andamento e integra-se a essa importante causa. No dia 15 de março; vamos declarar nas ruas da capital e interior baiano que somos todos contra a reforma da Previdência”, enfatizou.
Confira ações em Salvador no dia nacional contra a reforma da Previdência:

15/03/20171

Manhã:

A partir das 7hs- Paralisação de 2 horas nas portas das empresas.

Atividade programada – Ações com entrega de informativos e esclarecimento sobre a reforma da Previdência.

Iguatemi- Paralisação dos profissionais de educação em frente ao Shopping da Bahia.

Tarde:

15 horas – Caminhada das centrais sindicais, Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Local: Campo Grande