:: ‘Conservação Produtiva’
Ufesba tem ligação “íntima” com a Conservação Produtiva
O professor Asher Kiperstok, decano do Centro de Formação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Sul da Bahia, definiu a relação entre instituição e a proposta da Conservação Produtiva como “íntima”. A filosofia de produzir dentro de um ecosistema, sem agredi-lo nem substitui-lo, é a mesma que inspira a Ufesba nesse momento de sua implantação. A avaliação foi após a reunião entre a Ufesba e o Conselho Nacional dos Produtores de Cacau (CNPC), com participação da Ceplac, IFBA, Sindicato Rural e Prefeitura de Itabuna.
O consenso é que a proposta tem densidade suficiente para se tornar realidade a partir da integração instititucional, o que já começou a ser discutido. Kiperstock endossa a Conservação Produtiva e diz que o modelo proposto deve ser o adotado pela Ufesba para o ensino nos cursos de engenharias agronômica e florestal. “O conceito da forma de produção proposta na Conservação Produtiva é perfeito. Esse conceito deverá ser incorporado pela universidade na forma como ela vai ensinar a produção e como ela ensinará a preservação”.
O professor Naomar Almeida afirma que a leitura do livro Conservação Produtiva: Cacau por mais 250 anos, de autoria do pesquisador da Ceplac Dan Lobão, e do coordenador do CNPC, Wallace Setenta, foi “dever de casa” de toda a equipe de implantação da UFSB. “Nosso time está craque em Conservação Produtiva. Mas a apresentação que vimos na reunião nos trouxe ainda mais esclarecimentos, mostrou a proposta por um ângulo ainda mais amplo”.
Ufesba e CNPC discutem conservação produtiva
Uma reunião entre a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), e o Conselho Nacional dos Produtores de Cacau (CNPC), com participação da Ceplac, IFBA, Sindicato Rural e prefeitura de Itabuna, entre outras instituições, vai discutir a proposta da Conservação Produtiva como alternativa de desenvolvimento regional. O encontro será na próxima segunda-feira (16), na sede do Sindidicato Rural de Itabuna, às 14 horas.
De acordo com o coordenador do CNPC, Wallace Setenta, a sugestão da reunião foi do próprio reitor Naomar Almeida, da UFSB, que pretende aprofundar o conhecimento a respeito da Conservação Produtiva na perspectiva de inseri-la no currículo da universidade como objeto de pesquisas. Pensamento semelhante tem a direção do Instituto Federal da Bahia, campus de Ilhéus, que pretende criar um curso a respeito do tema em nível de ensino médio (tecnológico).
A Conservação Produtiva é uma proposta de ação que prevê, como o nome sugere, a conservação de recursos naturais abrigados nas plantações de cacau sob árvores nativas da mata atlântica, ao mesmo tempo que permite o aumento da produtividade, ao estabelecer parâmetros mínimos para incidência de luz sobre as plantas.
FOLHA DE SÃO PAULO DESTACA CONSERVAÇÃO PRODUTIVA DE CACAU
A Folha de São Paulo publicou matéria com grande destaque na capa, em que retrata o projeto de retomada da autossuficiência do Brasil na produção de cacau em, no máximo, mais três safras. Esse foi o tema do Dia Internacional do Cacau, realizado na Ceplac esse ano, em que a Superintendência Regional entregou ao Ministério da Agricultura um projeto que detalha o caminho para esse objetivo.
O superintendente Juvenal Maynart vem destacando, desde que finalizou o Projeto Rio+20, que a autossuficiência é o próximo objetivo a ser alcançado pela lavoura nacional, com suporte da Ceplac: “É importante para o país não apenas pelos aspectos econômicos, mas também pela diminuição de introdução de novas doenças”, repete, em suas entrevistas.
Veja um trecho da matéria da Folha:
A vassoura-de-bruxa devastou plantações e colocou o Brasil na posição de importador de cacau. Agora, passados 23 anos do surgimento da praga, o país persegue o objetivo de atingir a autossuficiência a partir de 2017.
Uma das principais ações para cumprimento da meta acontece em Barro Preto, município localizado ao sul da Bahia (a 447 km de Salvador), numa parceria entre o governo federal e a fabricante mundial de alimentos Mars.
Por meio de pesquisas em desenvolvimento, eles pretendem elevar em 361,5% dos atuais 195 quilos, em média, para 900 quilos- a produtividade de cacau por hectare na região, famosa pela tradição de Ilhéus.
A crescente demanda de cacau pela indústria do chocolate é o principal fator para a reação, mas também estão em jogo a recuperação da economia e a manutenção da atividade dos cerca de 60 produtores de cacau brasileiros.
Somente na última safra (2011/2012), a procura por cacau exigiu a importação de pelo menos 80,4 mil toneladas da fruta. A produção nacional alcançou 245,4 mil toneladas, sendo a maior contribuição a da Bahia -63,6%.
Leia a matéria completa em
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/65319-brasil-quer-fim-do-cacau-importado-em-5-anos.shtml
PROJETO DA CEPLAC DE CONSERVAÇÃO PRODUTIVA DO CACAU SERÁ APRESENTADO NA RIO+20
Sustentabilidade. A palavra que deve ser uma das mais pronunciadas durante a Conferência Mundial das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) remete à preocupação da sociedade com as próximas gerações. E um dos modelos que pode servir de exemplo para o mundo está sendo implantado em uma região que já pratica a sustentabilidade há mais de dois séculos. Trata-se do Projeto Barro Preto, trabalho junto a agricultores que utilizam o sistema cacau-cabruca e desenvolvido de forma experimental desde agosto de 2010 pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) da Bahia.
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