:: ‘Anderson Silva’
Anderson Silva, gladiador sem dignidade, mancha o filme de sua vida
Blog do Menon
Afagar a cabeça que se espancou. Um abraço após o mata-leão. Aperto de mão que sucede à chave-de-braço. Um beijo no rosto que foi chutado. E palavras de consolo após tantos urros e bravatas. Reconhecer que o outro é rival e não inimigo é essência do esporte. É dignidade muito mais difícil de se ter em esportes de combate, em confrontos individuais sem a presença de uma rede.
E, se a dignidade é parceira do esporte, a segunda chance completa o trio. Um ménage a trois emocionante, que, no cinema, leva às lágrimas. O meu filme preferido é Momentos decisivos, com Gene Hackman. O técnico de basquete que teve a fama e foi afastado por bater em um aluno. Consegue emprego em uma cidade pequena e treina o time local com a ajuda de um bêbado, que foi grande jogador. O bêbado é pai do astro do time, que, envergonhaddo, sempre pensa em deixar a equipe. Lógico que tudo se acerta, e Hackman anda consegue namorar a Barbara Hershey.
O filme de Anderson Silva estava completo, pronto para ser finalizado. Com dignidade e segunda chance. O grande campeão se torna o ídolo de um país essencialmente futebolístico. Exagero? É filme, amigo. Um dia, se esquece da dignidade. Comporta-se não como um lutador mas sim como um clown. Abaixa a guarda, gira e gira e coloca a cara à disposição. Erra no recuo e recebe um murro inesquecível. Nocaute.
O campeão treina muito e volta. Prepara a retomada do título. E se surpreende com a defesa do rival. Seu pontapé encontra pela frente uma muralha. E seu osso é quebrado em duas partes. A televisão traz o drama para a casa do fã. Ayrton Senna não morreu em Monza. Ele morreu na sala de almoço dos brasileiros. O osso de Spider, quebrado em dois, atrasou o sono de muitos milhões de brasileiros.
Mas campeão é digno e busca a segunda segunda chance. Como Rocky Balboa, sobe escadarias sem fim? Como Eder Jofre, sobe de peso e volta a ser campeão? Como Muhammad Ali, que se recusou a matar e morrer no Vietnã, cumpre a pena e volta a lutar, já sem flutuar como uma borboleta, mas ainda picando como uma abelha? Como Ana Fidelia Quirot, medalhista olímpica com 30% do corpo queimado em um incêndio?
Não. Anderson Silva recorre ao doping. Sem dignidade. Sem direito a nova chance.
Spiderman, um dos gladiadores do terceiro milênio, como disse genialmente Galvão Bueno, deveria se lembrar de uma frase do filme O GLadiador, com Russel Crowe. “O que fazemos agora, ecoa na eternidade”.
Pobre Aranha.
UFC: Anderson Silva brinca. E depois apanha…
Um round para brincar e outro para apanhar e ser nocauteado. Esse é o resumo da luta entre o brasileiro Anderson Silva e o norte-americano Chris Weidman na decisão da categoria peso médio do Ultimate Fighting Championship (UFC), na madrugada deste domingo (7).
Chris se tornou o primeiro lutador a tirar o cinturão dos pesos médios de Anderson Silva.O brasileiro brincou durante o primeiro round, provocou o americano, mas levou uma surra no segundo roiund e sofreu um nocaute humilhante.
O Neymar do octógono vai ter que rever seus conceitos, como o Neymar dos gramados acabou de fazer, ao dar a volta por cima e conquistar a Copa das Confederações.
Veja o nocaute:
UFC: ANDERSON DETONA SONNEN E É O MAIOR DE TODOS
Dois assaltos. Esse foi o limite para Anderson Silva calar a boca, e uma boa parte do corpo, do norte-americano Chael Sonnen. Ele defendeu o cinturão dos médios em Las Vegas pela décima vez no UFC 148 e não deu chances para Sonnen.
Depois de ser dominado no chão durante todo o primeiro assalto, Anderson reagiu e, pela primeira vez diante de Sonnen, lutou como o campeão. Esquivou-se de um soco giratório, viu o norte-americano cair no chão e, após acertar uma joelhada, encaixou uma sequência de golpes que forçou o nocaute técnico no segundo round.
Ao final da luta, Anderson fez as pazes com Sonnen: “Não tenho nada contra o Chael. Ele desrespeitou meu país, mas isso é só uma luta. Acima de tudo, isso é esporte”, declarou Anderson em inglês.
VEJA O MASSACRE DE ANDERSON SILVA:
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