:: 18/jan/2025 . 12:13
A TV Cabrália, o ´comunista´ e os santos bairros
Daniel Thame
Itabuna, anos 80. A IURD ainda estava engatinhando no negócio de televisão e a TV Cabrália, no Sul da Bahia, foi uma das primeiras aquisições.
Como numa espécie de ´laboratório`, diretores da emissora, geralmente pastores, começaram a conviver com um veículo que, a partir da compra da Rede Record, impulsionou a expansão da Igreja, hoje uma das maiores do Brasil e que se espalhou pelo mundo.
Mas, pulando os bolodórios, os diretores/pastores eram gente boa, bem intencionados, mas já influenciados por uma ojeriza a tudo o que fosse de esquerda, essa coisa de comunista que não acredita em Deus e faz churrasquinho de crianças.
Imagina então ter na direção do jornalismo alguém que mesmo não sendo comunista e acreditando em Deus, era filiado ao PT, defensor do MST e dos indígenas e para completar diretor do Sindicato dos Jornalistas, com imunidade que impedia a demissão.
Não pode demitir, vigia, porque (só pra dourar o texto), o diabo mora nos detalhes.
Em sendo assim, toda manhã eu tinha que passar a pauta do dia para o pastor e também o script dos telejornais.
Um dia, por falta de assunto, uma das matérias era sobre a precariedade no bairro São Lourenço (matéria de bairro é, sempre foi, é e sempre será a salvação dos dias em que nada de interessante acontece).
Quando pega o roteiro, o diretor, cujo nome não me lembro e não vem ao caso, perpetra:
-Nome de santo não pode! Coloca só bairro Lourenço.
Disfarço o espanto e explico:
-Mas pastor, não é o nome do santo, é o nome do bairro.
Ele deve ter pensado: ´esse moloque pensa quer me enrolar?` e foi taxativo:
Fotógrafo baiano lança livro-documentário com o cotidiano do povo em situação de rua nas cidades de Juazeiro, Petrolina e São Paulo

Heitor Rodrigues com o padre Júlio Lancelotti
Com previsão de lançamento para março, o livro-documentário [às] Margens do Olhar, do fotógrafo documentarista baiano Heitor Rodrigues, 30 anos, envolve a reconstrução das representações imagéticas de pessoas em situação de rua, através da fotografia, tendo em vista que esses sujeitos estão mergulhados no mar da invisibilidade social.
O seu novo livro contará com imagens da realidade das pessoas em situação de rua dos municípios de Juazeiro (Bahia), Petrolina (Pernambuco) e São Paulo (capital). O prefácio da obra é de autoria do agente social, o padre Júlio Lancelotti, pároco episcopal da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo.
Segundo o fotógrafo, a obra conduz a um ganho da percepção enquanto um Ser com direitos sociais. “Esse modo de adentrar nesse mundo repleto de vulnerabilidade, a partir da fotografia, contribui para emergir um olhar mais sensível e reflexivo com essas pessoas”, comenta.
“Afinal é imprescindível discutir sobre uma parcela da população que sempre foi marginalizada, provocando novas percepções em torno da sua existência”, afirma Heitor Rodrigues.
Ainda segundo Rodrigues, o trabalho teve concepção e captação de imagens há mais de dois anos e foi bastante impactante. Além de captar o cotidiano das pessoas em situação de rua, em Juazeiro e Petrolina, o livro também traz o cenário do povo de rua da maior metrópole da América Latina.
Fake News e Política: o que a ‘Crise do PIX’ revela sobre comunicação e guerra de narrativas
Andreyver Lima
O anúncio de mudanças no PIX, que inicialmente seriam voltadas à fiscalização de transferências, gerou uma onda de críticas e desinformação que culminou em uma revogação por parte do governo. O episódio escancarou uma falha na comunicação e destacou os desafios enfrentados pela gestão Lula para controlar a narrativa em tempos de redes sociais e polarização política.
Desde o início, a proposta enfrentou resistência popular. O PIX, adotado por milhões de brasileiros como uma ferramenta indispensável para transações do dia a dia, tornou-se parte da cultura nacional. Mesmo aqueles que antes resistiam à tecnologia acabaram se rendendo à sua praticidade.
Quando o governo anunciou uma possível fiscalização, rapidamente surgiram especulações de que o PIX seria taxado. Apesar dos esforços em desmentir a ideia, a mensagem já havia sido absorvida de maneira negativa pelo público. O ministro da Comunicação recém nomeado, Sidônio Palmeira, que assumiu com a missão de reorganizar a comunicação do governo, viu-se diante de uma crise logo no primeiro dia no cargo.
O diálogo é ponte que atravessa o abismo entre as nossas perspectivas
Gilza Pacheco
Há momentos na vida das pessoas que a sensação que caracteriza é a que se denomina de perda da alma.
Muitos atribuem a falta do outro em suas vidas como uma causa para o triste sentimento, se é que podemos denominar isso de sentimento.
O fato é que, de modo muito claro, elegemos os relacionamentos como termômetros e deflagradores de nossa felicidade e completude, desprezando pelas nossas deficiências de ir ao mundo em busca de novas conquistas.
“A noite caíra sombria. Lá fora passadas de tristeza se aproximavam. Era o vulto de uma jovem, com toda certeza, pensou o sábio consigo mesmo. Mas o que a traria aqui a esta hora? Indagou-se…
Com o seu consentimento a jovem entrou, sentou-se e foi indagada: precisa de algo?
_Velho amigo, estou muito infeliz!
A pessoa que mais amei e ainda amo não está mais comigo. Não pelas mãos da morte, mas pela vontade de viver uma vida longe da minha, embora afirme que me ama também.
_Entendo, filha, a sua dor. E prosseguiu:
Com o seu amor nada mais poderá fazer a não ser senti-lo, como sentirá também a falta e a saudade…”
O diálogo é uma das estratégias literárias mais úteis. Ele reforça a presença dos personagens e contribui para o dinamismo da narrativa. :: LEIA MAIS »
Augusto Castro diz que construção da ponte da BA-633 ligando Ferradas à Vila de Itamaracá tem projeto na SEINFRA
O prefeito Augusto Castro reiterou hoje, dia 17, que a ponte da BA-633 sobre o Rio Cachoeira, ligando Ferradas à Vila de Itamaracá, tem projeto elaborado pela Prefeitura de Itabuna, através da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (SIURB), tramitando na Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (SEINFRA). “Nesta semana, estive por três vezes com o governador Jerônimo Rodrigues que me garantiu que vai construir a ponte”, disse.
Augusto foi entrevistado pelo Programa 6.4.0, apresentado pelo radialista Orlando Cardoso, na Rádio Difusora Sul da Bahia, tendo reafirmado a disposição das autoridades estaduais em resolver o problema do acesso à Vila de Itamaracá, àquela região pecuária de corte e leite entre Itabuna e Jussari, inclusive porque a BA-633, é estrada da malha viária e de competência do Governo do Estado.
“O governador ligou para o superintendente de Infraestrutura de Transportes (SIT), Saulo Pontes, para saber o autal andamento da tramitação do projeto da ponte”, afirmou o prefeito. Ele lembrou que a passagem existente entre as duas margens do Cachoeira, em Ferradas, é molhada estando sujeita às consequências das cheias do rio que, por ser temporário, acontece pelo menos duas vezes por ano. “Atualmente, a travessia está suspensa depois das chuvas intensas dos últimos dias”, frisou.
O prefeito itabunense também falou dos projetos estruturantes em andamento que preveem a duplicação do trecho da BR-415, entre o Nova Itabuna e Ferradas, e da rodovia BR-101, nas imediações do Posto da Polícia Rodoviária Federal até a pedreira na zona sul da cidade. E também da duplicação do Fátima ao Cidadelle, na margem direita, e da Câmara Municipal ao condomínio Real Ville, na margem esquerda do Rio Cachoeira, de acesso à BA-649, nova pista de acesso ao litoral.
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