:: 28/abr/2013 . 18:15
Menor brincou de Nero antes de incendiar e matar dentista
O adolescente de 17 anos que confessou ter assassinado a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza durante um assalto na última quinta-feira (25), em São Bernardo do Campo, torturou a vítima antes de atear fogo e matá-la, segundo a polícia. A revelação foi feita pela delegada Elisabete Sato, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), que interrogou os suspeitos.
— O [menor de idade] que assumiu ter ateado fogo na dentista, com uma tremenda crueldade, revelou que jogou álcool nela e depois ficou brincando de acender o isqueiro perto de seu corpo encharcado para torturá-la. Ele aproximava e depois afastava a chama. E então passava o isqueiro para o outro, que repetia o processo.
Os suspeitos continuaram com a tortura até que outro integrante do grupo, responsável por sacar dinheiro com os cartões da vítima, telefonou e disse que só havia R$ 30 na conta de Cinthya.
— Aí então eles resolveram “isqueirar” a moça. Ele [menor de idade] disse que o avental começou a pegar fogo e que ele ficou lá olhando. Ele cita isso como se estivesse citando um capítulo de uma novela. (do R7)
Itabuna estréia na Segundona com derrota para o Jequié
O Itabuna estreou com derrota no Campeonato Baiano da 2ª. Divisão. Mesmo jogando em casa e com o apoio da torcida, p time perdeu por 1×0 para o Jequié.
O gol do time visitante foi marcado por Paulão, ainda no primeiro tempo, mas o Itabuna não conseguiu reagir.
Na quarta, dia 1º. , o Itabuna faz o Clássico do Cacau, com o Colo-Colo, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus.
Bahia celebra avanços na Educação
A ampliação do ensino em tempo integral no estado em 2013 é considerada pelo secretário da Educação, Osvaldo Barreto, como um dos principais destaques a ser lembrado no Dia da Educação, comemorado no próximo domingo (28). Neste ano, o número de estudantes da rede estadual beneficiados passou de 4.390 para 80 mil, distribuídos em 81 unidades escolares, sendo 42 na capital e 39 no interior. Em 2012, eram apenas nove escolas em Salvador e duas no interior.
“Temos que destacar o crescimento da educação integral, um marco para a rede. E a nossa intenção é continuar crescendo o número de unidades que ofertam a modalidade”, afirma Barreto, ressaltando o ganho para o aluno – “quando o estudante passa o dia todo na escola, a relação dele com a unidade se amplia-se e o aprendizado é fortalecido”.
A política de Educação Integral na Bahia inclui aulas de português e matemática, além de atividades educativas complementares de ciência, artes, esportes e cultura. Os estudantes contam com alimentação escolar nos três turnos, incluindo o almoço.
O secretário também ressalta os ganhos na Educação Profissional na Bahia, que tem mais 60 mil estudantes matriculados em cursos técnicos de nível médio – em 2006, eram quatro mil. A oferta contempla 119 municípios em todos os 27 territórios de identidade. São 75 cursos técnicos de nível médio oferecidos em alinhamento com as demandas geradas pelo desenvolvimento socioeconômico e ambiental da Bahia.
O Governo do Estado também continua firme no caminho da alfabetização com o Todos pela Alfabetização (Topa). Mais de 1,1 milhão de pessoas já foram alfabetizados pelo maior programa de alfabetização para jovens acima de 15 anos, adultos e idosos do país. Ele busca garantir o direito à leitura e escrita inclusive aos povos indígenas, quilombolas, população carcerária, ciganos e pessoas com deficiência. A meta para 2013 é alfabetizar mais 250 mil.
O Dia da Educação foi instituído devido à Cúpula Mundial de Educação, realizada há 13 anos, em Dakar, capital do Senegal. O encontro, que reuniu representantes de 180 países, divulgou um documento, assinado no dia 28, no qual todos os representantes se comprometeram em investir esforços para que todos tenham acesso à educação até o ano de 2015. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) é uma parceira dos países nesta tarefa.
Manifestação pede redução da maioridade penal
(da Agência Brasil) Parentes e amigos de pessoas que foram mortas em crimes cometidos por adolescentes fizeram no sabado um protesto na Avenida Paulista para pedir a redução da maioridade penal. Os manifestantes saíram em caminhada, até a Praça Charles Miller, no Estádio do Pacaembu. De acordo com a Polícia Militar, 4 mil pessoas participaram do ato.
A atividade foi organizada pelo movimento Por um Belém Melhor, que reúne moradores do bairro da zona leste onde o estudante Victor Hugo Deppman, 19 anos, foi morto durante um assalto em frente à casa dele. O caso trouxe à tona o debate de revisão da maioridade penal, porque o assaltante era um adolescente de 17 anos que, dias depois, completou 18. Como era menor de idade, ele cumprirá medida socioeducativa.
“Se o menor cometeu um crime, independente da idade, precisa responder pelo crime que cometeu. Precisamos mudar alguns pontos da legislação, como a maioridade penal, e, principalmente , cumprir as leis que já existem”, diz o empresário Luiz Carlos Modugno, 43 anos, presidente do movimento. Ele defende que seja feito um plebiscito para que a população opine sobre a questão.
Para Demerval Riello, 44 anos, padrinho de Victor Hugo, o envolvimento da família nesse movimento é uma forma de impedir que a morte do sobrinho seja em vão. “Essa é nossa bandeira hoje. É o que a gente está se apegando para que a morte dele tenha um significado. É preciso acabar com a impunidade e que a pessoa, independente da idade, seja julgada pelo crime que cometeu”, disse.
Além dos parentes e amigos de Victor Hugo, participaram da manifestação parentes de outros casos que tiveram a participação de adolescentes, como o do casal de aposentados Ophélia e Orlando Botaro. “Eles foram mortos dentro de casa, dias após a morte do Victor. O rapaz matou eles antes mesmo de roubar. Ele já foi atirando”, disse a empresária Regina Botaro, nora do casal. Ela também defende a redução da maioridade penal. “Estamos empenhados para essa mudança”.
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