Ações do governo estadual, através da Secretaria da Agricultura, em parceira com os agentes financeiros e o governo federal avançaram ao longo dos últimos anos no sentido de viabilizar a renegociação das dívidas dos agropecuaristas. No entanto, isso não tem sido suficiente para alavancar o desenvolvimento agropecuário da forma desejada pela Seagri e pelos produtores, porque eles não estão tendo acesso a créditos para custeio e novos investimentos.

Para buscar soluções para esta questão, a Seagri, em parceria com o Banco do Brasil, vai promover encontros nos municípios de Camacan e Gandu, com a participação dos sindicatos ligados à Federação da Agricultura da Bahia (Faeb), da Associação de Produtores de Cacau (APC), Fetag, Fetraf, Ceplac, Instituto Pensar Cacau (IPC), câmaras setoriais do cacau estadual e nacional, e chefes locais dos escritórios da Adab, EBDA, CDA e Bahia Pesca. De acordo com o secretário Eduardo Salles, o objetivo é traçar um diagnóstico da região, identificar as dificuldades e destravar o crédito.

A decisão de realizar este projeto piloto foi tomada durante reunião entre o secretário Salles, superintendente estadual do Banco do Brasil, João Batista Trindade Filho, e suas equipes. As datas das reuniões ainda serão agendadas, e ficou definido que os demais agentes financeiros, como Banco do Nordeste do Brasil e Desenbahia, serão convidados para participar.

 

Destacando a importância de créditos para novos investimentos e custeio, Eduardo Salles disse que “estamos começando esse processo com a cacauicultura, mas devemos expandir para as demais cadeias prioritárias (leite, fruticultura, ovinocaprinocultura, oleaginosas, aquicultura e pesca, apicultura e mandioca, entre outras”.

 

De acordo com o superintendente do BB, João Batista, a intenção é que o agente financeiro tenha participação crescente na agropecuária, contribuindo para a estruturação das cadeias produtivas. “A produção agrícola é geradora de emprego e renda. Existe sustentabilidade onde tem agricultura bem estabelecida. Os desafios são grandes, mas existem possibilidades de ampliar o crédito e a assistência técnica”, declarou o superintendente.