:: ‘Seagri’
Plano Safra da Bahia 2014/2015 destina R$ 1,2 bi em crédito para agricultura familiar
Faltam tres dias para vacinar rebanho contra a aftosa
Bahia avança na produção de mel
A Bahia tem muito para comemorar no Dia Nacional do Apicultor, celebrado nesta quinta-feira, (22/5). Estudos realizados pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda) indicam que o Estado é o 3º maior produtor de mel da região Nordeste, com uma produção anual de mais 600 mil toneladas. Este número é resultado do trabalho de oito mil agricultores familiares que vivem da criação e manejo das abelhas no estado. A perspectiva da Ebda é formar 11 mil famílias rurais na atividade apícola até 2015.
No município de Santa Bárbara, a 147 quilômetros de Salvador, 40 famílias da Comunidade de Boa Vista têm na apicultura sua principal atividade. Juntas, elas mantêm 350 colmeias, com uma produção de 2.450 litros de mel, a cada três meses. “Após a produção do mel, realizamos um processo de desorperculação, centrifugação e decantação do produto. E depois de 72 horas embalamos e comercializamos nas feiras dos municípios vizinhos”, explica Givaldo Araújo dos Santos, morador da Comunidade de Boa Vista.
O apicultor, Juracir Fisnando, conta que há cinco anos desenvolve a atividade apícola para complementar a renda da família. “Já cheguei a colher 300 litros de mel em dois meses”, comemora o apicultor de Santana Barbara que conheceu a apicultura por meio da sua esposa. “A partir daí me interessei na criação de abelhas, que é uma terapia”, diz Juracir, que comercializa o mel no comércio local e em sua residência.
Capacitação – Para estimular o agricultor a criar abelhas, a Ebda presta assistência técnica e promove capacitação. As ações incluem cursos, seminários, dias de campo e elaboração de projetos. Com os conteúdos teóricos e práticos, os cursos abordam temas como: história da apicultura, tipos de colmeias, utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), comercialização dos produtos (pólen, própolis, geleia real, agrotóxicos, veneno e cera), com ênfase para a visão empreendedora da atividade no campo.
Mangues baianos ganham 500 mil caranguejos
Os mangues baianos ganharam, nesta segunda-feira (19), novos moradores. A Bahia Pesca, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), distribuiu em Santo Amaro da Purificação, 500 mil megalopas (filhotes) de caranguejos. A ação faz parte do projeto Puçá – Programa Integrado de Manejo e Gerenciamento do Caranguejo-Uçá, realizado pela Bahia Pesca.
Os animais foram criados nos laboratórios da Bahia Pesca na Fazenda Oruabo, onde passaram cerca de duas semanas em tanques com temperatura e salinidade da água monitorada. A boa adaptação permitiu que os crustáceos evoluíssem para a fase atual, chamada de megalopas, quando estão prontos para serem colocados na natureza.
“A distribuição das megalopas será acompanhada por um trabalho de educação ambiental com as comunidades que vivem no entorno dos mangues, onde deixaremos os animais. A ação é uma vitória para a comunidade, que no futuro poderá colher os frutos de um mangue cheio de vida, e para o meio-ambiente, já que os mangues são verdadeiras incubadoras de diversas espécies importantíssimas para o meio ambiente”, explica o presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto.
Passo-a-passo
O processo de produção dos caranguejos em cativeiro começa com a captura de fêmeas ovadas (“grávidas”) da espécie. Estes indivíduos são colhidos preferencialmente no mesmo habitat em que as megalopas serão distribuídas no futuro. Os animais são alimentados com peixe e camarão até a eclosão dos ovos. É neste momento que “nasce”, em forma de larva, a iguaria tão apreciada por baianos e turistas. As larvas então são colocadas em tanques onde se alimentam de microalgas e microcrustáceos e vão se desenvolvendo até atingirem o estado de megalopas.
Bahia será sede do ENFISA em 2015
O Encontro Nacional de Fiscalização e Seminário sobre Agrotóxico (Enfisa) irá acontecer em Salvador no próximo ano. A cidade sede foi escolhida por unanimidade pela plenária, após pleito realizado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria de Agricultura, durante a participação do ENFISA 360°, que aconteceu entre os dias 05 e 09, no Dayrell Hotel em Belo Horizonte, Minas Gerais.
O evento busca discutir temas relacionados aos agrotóxicos, sob diferentes enfoques: o registro de produtos, revendas e prestadoras de serviços (aplicação de defensivos químicos); fiscalização do uso e comércio; harmonização da Legislação Federal; análise de resíduos de agrotóxicos: metodologias, parcerias, estratégias e resultados; Convênios entre o MAPA e Estados e contrabando de agrotóxicos.
Durante o Enfisa de Belo Horizonte, o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Armando Sá, ministrou uma palestra sobre a emergência fitossanitária decretada devido ao ataque da lagarta Helicoverpa armigera no Oeste da Bahia. Ele explicou que a defesa sanitária vegetal desempenha relevante papel na ampliação do agronegócio e pode e deve ser tratada, atualmente, como uma questão de segurança nacional pela importância em relação à economia do Brasil.
Para o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, conseguir trazer eventos agropecuários para a Bahia é sempre um orgulho, além de ser uma oportunidade de negócios para o estado e para o país. “Debater a defesa sanitária agropecuária, seja de forma segmentada ou integrada, é fundamental por ser um instrumento importante de proteção à saúde animal, à saúde vegetal, à saúde da população e proteção dos recursos naturais”, informou Torres.
O Enfisa é promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e reúne representantes das Superintendências Federais (SFA’s) e órgãos Estaduais de Defesa Agropecuária, bem como o INPEV, ANDEF, AENDA e CREA. A Adab esteve representada também pelo coordenador de Registro e Fiscalização de Agrotóxicos, Raimundo Ribeiro, a coordenadora do Projeto Fitossanitário dos Citros, Suely Brito, e pelo gerente técnico de Irecê, André Torres.
Novo Superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri é empossado
Seagri convoca criadores a entrar em campo contra a Aftosa
Começa a primeira etapa de vacinação contra aftosa na Bahia
A primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa de 2014 começou ontem (1º) e vai até o dia 31 de maio em toda a Bahia. A meta da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura, é aumentar cada vez mais a cobertura vacinal, imunizando os 11.103.780 milhões de bovídeos que formam o rebanho baiano, retomando os altos índices vacinais acima de 96%.
A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste e nesta etapa todos os bovinos e bubalinos devem ser vacinados, independente da faixa etária. “Nesta campanha estaremos disponibilizando para as revendas e distribuidoras de vacinas contra aftosa o lançamento, diretamente no sistema informatizado da Adab, do volume de venda e aquisição de vacinas pelos produtores”, explica o diretor geral, Paulo Emílio Torres, sobre o novo procedimento que trará a informação em tempo real da aquisição da vacina por parte do produtor e o controle de estoque. Torres ainda prospecta que esta informação dos revendedores diretamente no sistema informatizado servirá para que, em um futuro próximo, o produtor possa declarar a vacinação em casa, sem ter que se deslocar a um escritório da Adab.
Nos últimos onze anos, todas as campanhas foram encerradas com índice vacinal superior a 90%, com a média de 96%, sendo que no ano de 2011 a marca foi de 98,01%. “A Bahia foi um dos estados pioneiros na implantação do programa contra a Febre Aftosa em 1968 e tem apresentado, nos últimos anos, estabilidade sanitária referenciada nacionalmente. Sempre em conformidade com as determinações do Mapa, a Seagri, através da Adab, vem mantendo e garantindo a Certificação Internacional, conferindo à Bahia o status de Livre de Febre Aftosa com Vacinação em maio de 2001”, informa o Secretário de Agricultura, Jairo Carneiro.
A Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), que tem apoiado as ações de defesa, busca em cada etapa o comprometimento consciente dos produtores para garantir a sanidade do patrimônio pecuário do Estado. “Acreditamos que o criador já tem a consciência da importância de atender as exigências e os chamados da Defesa Sanitária. Mas ainda sim trabalhamos intensamente em todo o território baiano para contribuir positivamente e colocar a Bahia em posição de destaque no cenário agropecuário nacional”, avalia o presidente da Faeb, João Martins.
“Vacine e declare todo o rebanho. Não perca os prazos e datas limites, evitando assim as multas e penalidades”, acrescenta o Coordenador do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa na Bahia, Antônio Lemos Maia Neto, ao reforçar que a febre aftosa é uma doença altamente contagiosa entre os bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos e animais silvestres.
Governo baiano apóia implantação de primeira indústria de carne de fumeiro
Tendo como prioridade a descentralização do desenvolvimento para o interior da Bahia e fortalecimento da agroindústria, deverá ser implantada em Maragogipe uma agroindústria destinada à produção de carne de fumeiro, em bases técnicas, segundo exigências da legislação federal e estadual, beneficiando mais de 30 agricultores familiares da região, em regime de cooperativa.
Com este investimento, que deverá envolver a parceria entre a Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), a Associação dos Produtores de Carne de Fumeiro de Maragogipe, a prefeitura do município, o Estaleiro do Paraguassu (EEP), o Sebrae e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão responsável pela elaboração do projeto, segundo o diretor de inspeção da Adab, Adriano Bouzas, cerca de 200 postos de trabalho diretos e aproximadamente 600 indiretos serão gerados. “A implantação dessa indústria vai fortalecer e estruturar a produção de iguarias peculiares da região, como é o caso da carne de fumeiro e da lingüiça defumada. Com a otimização da produção, a carne de fumeiro, referência em todo o Brasil, poderá ser até exportada”, enfatizou o secretário estadual da Agricultura, Jairo Carneiro.
Em reunião realizada esta semana na Seagri, com a participação dos segmentos envolvidos no projeto, ficou acordado que a decisão de implantação das etapas deverá ser firmada no prazo de 60 dias.
O projeto contará com o assessoramento do Sebrae na orientação da gestão, na construção de um plano de negócios e na capacitação dos produtores. Está prevista, também, a instalação de pontos de vendas dos defumados na frente da unidade de beneficiamento, que será contemplada pela localização estratégica, de grande movimento, visibilidade e fluxo de veículos. “Existe a possibilidade de certificação geográfica, por conta da tradição centenária desta iguaria tradicional de Maragogipe, o que valorizará ainda mais e diferenciará o produto de qualquer outro existente no mercado”, ressaltou o analista-técnico de Agronegócio do Sebrae na Bahia, Edirlan Miranda.
A Seagri, segundo o secretário Jairo Carneiro, além do projeto técnico elaborado pela Adab, prestará a assistência técnica e participação também nos custos de implantação, juntamente com os demais parceiros, seguindo a orientação do governo baiano em defesa dos pequenos agricultores e criadores.
Perspectiva de aumento da próxima safra alimenta esperança de cafeicultores baianos
“Produto tipicamente brasileiro, o País detém a maior produção mundial de café, contando com a participação expressiva da agricultura familiar, juntamente com o agronegócio, a grande empresa do setor”. Essa foi a afirmação do secretário da Agricultura, Jairo Carneiro, na abertura da 15ª edição do Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé), realizada nesta segunda-feira (24), em Salvador.
O Estado possui aproximadamente 22 mil produtores, dos quais 92,6% são pequenos agricultores, com menos de 10 hectares, e 6,8% com menos de 100 hectares. Os demais 0,6% são grandes produtores, com mais de 100 hectares, responsáveis por 46% da produção, com produtividade de 33 sacas/hectare, enquanto os pequenos produzem em média 13 sacas por hectare. O secretário da Agricultura ponderou que, “tivemos perdas consideráveis em função da seca que atingiu as diversas culturas, notadamente os grãos, mas estamos experimentando a recuperação da lavoura cafeeira e dos preços do grão”, disse.
De acordo com o presidente da Assocafé, João Lopes, após três anos de declínio, os preços começaram a subir e devem continuar nesta tendência por algum tempo. Ele destaca que, para a safra 2013/2014 está sendo esperada uma produção próxima de 2 milhões de sacas de café. “Essa é uma produção um pouco abaixo do normal, já que há dois anos a safra atingiu 2,5 milhões de sacas, mas diante da seca e do preço baixo grão, os números são animadores”, afirmou Lopes.
Para o governador do Estado, Jacques Wagner, organizar os pequenos produtores é o mais importante. “É imprescindível cuidarmos tanto do agronegócio como do pequeno produtor, porque o pequeno pode ser o grande empresário de amanhã, organizando-se em cooperativa. Um exemplo muito bem sucedido é o caso da cooperativa de café de Guaxupé, Minas Gerais, que possui 12 milhões de cooperados e acabou se transformando numa grande empresa”, ressaltou o governador. Ele também chamou a atenção para a importância do investimento em armazenagem, para que os produtores fiquem menos vulneráveis às oscilações dos preços.