:: ‘vodka’
Bota uma vodka pra gelar que estamos chegando
Daniel Thame
Quatro jogos, quatro vitórias, duas delas difíceis, contra o Equador e a Colômbia, e duas em que a obrigação era vencer sem sustos e foi cumprida, contra Bolívia e Equador.
Do humilhante e preocupante sexto lugar para a liderança da chave sulamericana das Eliminatórias para a Copa do Mundo 2016 na Rússia.
Esse é o saldo da Seleção Brasileira sob o comando de Tite, o treinador preferido de 11 entre 10 torcedores há pelo menos quatro, mas que foi esnobado pela CBF em favor de Felipão e Dunga, até que o risco real de ficar fora do Copa 2016 soasse o alerta vermelho e o então treinador Corinthians finalmente fosse escolhido para o cargo.
Foi preciso levar aquele inesquecível 7×1 da Alemanha com Felipão e ser eliminado na primeira fase da Copa América Centenário pelo Peru com Dunga para que chegasse a vez de Tite.
E Tite mostrou que é daqueles que prometem e entrega.
Jogadores talentosos que rendiam muito em seus clubes e não rendiam nada na Seleção, como Daniel Alves, Miranda, Marquinhos, Phillipe Coutinho, Filipe Luis, Willian, Fernandinho, Renato Augusto e Casemiro, passaram a jogar o que se espera deles.
Neymar, o gênio da turma, começou a entender que seu imenso talento deve ser usado em nome do time e não do próprio ego.
E descobriu-se uma jóia, esse menino Gabriel Jesus, que aos 19 anos, faz gols com a classe e a frieza de um veterano. Já contratado pelo inglês Manchester City, Gabriel tem tudo para se tornar um dos grandes do futebol mundial, pelas mãos de Pep Guardiola.
Tite resgatou a autoestima de uma Seleção que havia perdido o respeito de seleções meia boca como Venezuela, Bolívia, Honduras e cia ilimitada. E, enfim, restabeleceu a lua de mel entre a Seleção Brasileira e a torcida, que após andam num processo de `discutir a relação`, caminhando para um processo irremediável de divórcio litigioso.
No futebol, como nos casamentos, lua de mel é um negócio meio subjetivo, que pode ou não ser passageiro.
Mas Tite com suas quatro vitórias em quatro jogos e a classificação mais do que encaminhada para o Mundial, conseguiu o que há seis meses parecia impossível: fazer o brasileiro vibrar com sua Seleção e acreditar que é possível, sim, pegar o avião para a Rússia em 2018 como protagonista e não como coadjuvante.
Em novembro, tem a Argentina, desesperada em 5º lugar na tabela e cada mês mais ´Messidependente´ no Mineirão, e o Peru, praticamente sem chances, em Lima. Quatro ou seis pontos a vista.
Tovarichs, podem preparar a vodka que estamos chegando…
É gol: O Bahia parece que entrou nos eixos e começa a ver a Série A cada vez mais perto. Pena que o Vitória desandou e começa a ver a Série B cada vez mais perto.
Difícil cravar se teremos BA-VI na Série A em 2017.
É pênalti: Real Madrid renova contrato com Bale com multa rescisória de R$ 1,7 bilhão (você não leu errado, isso mesmo: um bilhão e setecentos milhões de reais!).
O mundo da bola enlouqueceu. Só o mundo da bola, cara pálida?
PS- Bob Dylan vencedor do Prêmio Nobel de Literatura é música para os nossos ouvidos.
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