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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Massacre de Eldorado dos Carajás’

MST doa sete toneladas de alimentos ao programa Bahia Sem Fome

 

Em memória do Massacre de Eldorado dos Carajás, o MST da Bahia realizou hoje (17/4) um ato político no auditório Jorge Calmon da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A sessão foi presidida pela deputada estadual Fátima Nunes (PT), ao lado de autoridades, a exemplo do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) e a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia (Seades), Fabya Reis.

Valmir Assunção

“Neste ano, o abril vermelho combate a fome e a escravidão e denuncia os conflitos que acontecem pela violência do latifúndio. Trazemos para o debate público a importância da democratização da terra para a produção de alimentos saudáveis. Provamos isso a cada ocupação que se transforma em assentamento produtivo. É da nossa produção que trouxemos sete toneladas de alimentos para doar ao Programa Bahia Sem Fome, do governo estadual”, anunciou Eliane Oliveira, dirigente nacional do MST.

Cerca de 700 militantes Sem Terra estão acampados na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e, pela manhã, seguiram em marcha até a Assembleia Legislativa (ALBA) para realização do ato em denúncia à violência no campo e à CPI que foi protocolada no legislativo do estado. Mais cedo, um café da manhã foi oferecido pelos Sem Terra na entrada da ALBA.

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“A Farsa: ensaio sobre a verdade”. A história não contada do Massacre de Eldorado dos Carajás

Com registros de apresentações e andanças do grupo, entrevistas com sobreviventes do massacre, ações em acampamentos do movimento de luta pela terra, entrevistas com jovens assentados e muitas memórias, a Companhia Estudo de Cena apresenta uma “A Farsa: ensaio sobre a verdade”, que conta a versão de quem foi diretamente atingido pelo Massacre de Eldorado dos Carajás, uma web-série que relata outras facetas da história do Brasil, muitas vezes ignoradas pelos livros de história. Uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o tema, sobre os conflitos sociais sempre latentes e sobre este grande massacre que entrou para a história mundial.

massa 1Conhecida por sua intensa pesquisa e militância, a Companhia Estudo de Cena pretende levar a público através de uma web-série a história de quem esteve presente e até hoje sofre com as consequências do que ficou conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás. Através de uma grande imersão no tema e de uma série de apresentações realizadas em momentos especiais e locais emblemáticos, a Companhia registrou fatos e memórias importantes para apresentar a ótica de quem está diretamente relacionado a este que é um dos marcos históricos do Brasil e do mundo, no que diz respeito a luta por terra.

A web-série A farsa: ensaio sobre a verdade é a continuidade da pesquisa da Estudo de Cena que une experimento de linguagem com o tema da memória e violência social no Brasil. A Companhia se debruçou sobre toda a história do Massacre de Eldorado dos Carajás, foi de encontro aos sobreviventes, realizou uma jornada de apresentações em lugares marcantes e agora apresenta à população todo o resultado dessas vivências, que tem como maior objetivo demonstrar outras facetas da história do Brasil e a visão de quem esteve e foi afetado diretamente pelo Massacre. Visões estas, que muitas vezes passam desapercebidas ou até ignoradas pelos livros de história.

massa 2A série é composta de 21 episódios de aproximadamente 05’ cada, que serão lançados em ações públicas, acompanhados de apresentações teatrais do grupo. Simultaneamente, os episódios serão disponibilizados na internet via canal do Youtube, para que a população possa acompanhar e conhecer um pouco mais desta história. O lançamento dos episódios serão realizados em 09 cidades diferentes do estado de São Paulo e o público terá acesso a muitas histórias, memórias e fatos intrigantes.

A Estudo de Cena desenvolve ações de audiovisual desde 2005 e a partir de 2010 iniciou a pesquisa com a linguagem teatral. No ano de 2012 o grupo montou o espetáculo de rua A farsa da justiça (adaptação do texto de Sérgio de Carvalho – Cia do Latão), que narra o julgamento fictício de um sobrevivente real do massacre de Eldorado dos Carajás, Inácio Nascimento, que se fingiu de morto para salvar a própria vida.

O fato que ficou mundialmente conhecido como O Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorreu em 1996 na estrada PA-150, no sul do estado do Pará. No dia 17 de abril daquele ano um grupo de trabalhadores sem terra interditou a estrada em um ato pela defesa da reforma agrária. A polícia militar agiu com extrema violência, matando oficialmente 19 trabalhadores e deixando 71 feridos. Entre os feridos estava Inácio Nascimento, que se fingiu de morto, foi jogado no caminhão dos corpos e se revelou vivo apenas quando chegou no Hospital de Eldorado dos Carajás. Posteriormente 02 feridos faleceram, totalizando 21 mortos. O dia 17 de abril se tornou então a data mundial da luta pela terra e por este motivo, a série será lançada exatamente no dia de aniversário de 21 anos do massacre.

massa 3No ano de 2006, que marcou 10 anos do massacre, integrantes do setor de cultura do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra criaram, sob a coordenação de Augusto Boal, o teatro procissão, onde quatro peças foram apresentadas. A quarta e última peça era A farsa da justiça burguesa. O teatro procissão ocorreu durante a Marcha Nacional pela Reforma Agrária em Brasília. A apresentação da “farsa,” realizada por bonecos gigantes e coro, ocorreu em meio a forte repressão policial, que tentou dispersar as pessoas com uso da Cavalaria, helicópteros e a Tropa de Choque. Depois da marcha a peça não foi mais encenada.

Seis anos depois, em 2012, a Estudo de Cena retomou o projeto da peça e criou a adaptação para atores e atrizes. O espetáculo teve grande repercussão e foi encenado em diversas cidades e estados brasileiros (AC, PA, SP, RJ). Em abril de 2014 o grupo participou do Acampamento Pedagógico da Juventude do MST, montado no exato local do massacre, na curva do “S” da PA-150. Nesse período foram realizadas 05 apresentações da peça: no assentamento 17 de abril, no centro de Marabá, na cidade de Curionópolis e duas apresentações na curva do S da PA-150. As apresentações na estrada tiveram a participação de um coro de 100 jovens assentados e contou com a presença de sobreviventes do massacre, entre eles Inácio Nascimento, que é representado na peça.

A viagem para o sul do Pará foi documentada por uma equipe de cinema. Nesse processo a Estudo de Cena gerou um material muito importante sobre a história da peça, sobre a peça e acima de tudo sobre a história do Brasil, que agora será disponibilizado na internet.

A web-série é composta por relatos e registros de apresentações, entrevistas com sobreviventes do massacre, ações do acampamento, como a marcha de 300 pessoas pela floresta até o cemitério onde estão enterrados os trabalhadores assassinados, entrevistas com jovens assentados que falam da importância de desenterrar a história, gravação da peça para câmera tendo como cenário o monumento de 19 castanheiras erguido no local do massacre, encontro dos integrantes da Estudo de Cena com Inácio Nascimento em sua casa, na beira da estrada PA-150.

massa 4Na volta da viagem o grupo continuou a apresentar o espetáculo e documentar. Em junho de 2016 a Estudo de Cena foi convidada por Julian Boal (filho de Augusto Boal) para apresentar a peça A farsa da justiça no Encontro Internacional de Teatro Político, que ocorreu no Festival da Utopia em Maricá/RJ. No encontro também foi apresentada uma versão da peça realizada por jovens que vivem em assentamentos no sul do Pará. A montagem dos jovens incorpora trechos da encenação da Estudo de Cena. Esse encontro das duas versões da peça foi documentado e foram realizadas entrevistas com os participantes da montagem do MST. Foi constatado que a montagem da Estudo de Cena e sua apresentação em Eldorado dos Carajás reativou o projeto da peça, sendo o texto montado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em mais 03 assentamentos do Brasil e apresentado no Encontro Internacional da Via Campesina em abril de 2016. A peça ficou mundialmente conhecida como referência da relação entre arte e sociedade.

A partir desse material se concretizou a ideia de montar a série audiovisual que articula três histórias: o Massacre de Eldorado dos Carajás, a criação e trajetória da peça A farsa da justiça burguesa e a circulação e encenação da versão criada pela Estudo de Cena. A relação dessas três narrativas cria uma reflexão sobre arte e sociedade, arte e história brasileira. E é de extrema importância aos interessados em entender o outro lado da história sobre o Massacre.

Em abril de 2017 se completam 21 anos dessa tragédia brasileira que deixou 21 mortos. Os 21 episódios da série A farsa: ensaio sobre a verdade vão ser lançados a partir de 17 de abril de 2017. O lançamento dos episódios acontecerá em espaços públicos, como assentamentos, universidades, praças e parques de nove cidades do estado. Cada projeção vai ser acompanhada pela apresentação da peça A farsa da justiça da Estudo de Cena. Após o lançamento público os episódios vão ser lançados no canal do Youtube: A farsa: ensaio sobre a verdade. Assine o Canal e participe dessa viagem no tempo e na história junto com a Companhia Estudo de Cena. Mais do que nunca vivemos tempos em que se faz necessário entender e conhecer a história do Brasil. Separe uns minutinhos para refletir sobre a luta por terra e olhar o tema sobre uma nova ótica.

MST realiza ocupações e relembra Massacre de Eldorado dos Carajás

carajásNa data que marca os 21 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realiza diversas ocupações de terras e também de órgãos públicos ligados à reforma agrária, como o Incra. De acordo com o MST, mais de 120 mil famílias esperam para serem assentadas. “A política de Reforma Agrária, que já vinha sofrendo com os ajustes do período anterior, teve um sufocamento definitivo após o golpe”, diz Marina dos Santos, da Direção Nacional do MST.

Estão ocorrendo mobilizações na Bahia, São Paulo,  Santa Catarina, Pará, Pernambuco, Piauí,  Alagoas, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Ceará,  Paraná e Distrito Federal. Os atos criticam o texto da Medida Provisória 759, editada pelo presidente Michel Temer e que altera o regime fundiário e a reforma agrária.

“É urgente a retomada imediata das vistorias de terras com fins de aquisição para criação de assentamentos”, diz Marina, que também fala sobre a retomada de terras públicas que foram indevidamente apropriadas e deveriam ser destinadas à Reforma Agrária, cobrando também a adjudicação das terras que estão em processo de execução por dívidas.

Em 1996, 21 trabalhadores foram assassinados pela Polícia Militar quando se dirigiam numa marcha em Belém (PA).Depois, o 17 de abril seria declarado como Dia Nacional de Lutas por Reforma Agrária.

Assembleia Legislativa debate reforma agrária e faz “ato contra o golpe”

ato al 3A Assembleia Legislativa da Bahia realiza nesta quinta-feira (14), às 9 horas, no plenário da Casa, uma sessão especial pela Reforma Agrária que lembra o assassinato de 19 trabalhadores rurais pela Polícia Militar no sudeste do Pará, em 1996.  O episódio conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás completa 20 anos no próximo domingo (17), Dia Internacional de Luta pela Terra e Justiça no Campo.

De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, deputado estadual Marcelino Galo (PT), a atividade, que contará coma presença do dirigente da Frente Nacional de Lutas, Zé Rainha, e de movimentos sociais, homenageará o Projeto Integrado de Pesquisa “A Geografia dos Assentamentos na Área Rural” (GeografAR), da UFBA, e terá também “um ato em defesa da democracia e contra o golpe branco em curso no Brasil”.

“O evento, que reunirá assentados da reforma agrária, sem terra, sem teto, povos do campo, comunidades quilombolas, movimentos sociais da pesca e da cidade, reforça nossa luta pela terra, por reforma agrária e justiça no campo. Temos o entendimento de que é preciso avançar com a reforma agrária que, infelizmente, segue parada no Brasil contribuindo, assim, para que as desigualdades e a violência persistam em nossa sociedade.

Com a tentativa de golpe empreendida pela direita, esse quadro pode piorar significativamente no país”, alerta Galo, que criticou a prisão do cacique Babau, em Olivença, no sul da Bahia, o assassinato de dois sem terra e o atentado contra nove pessoas, feridas a bala, por policiais militares do Paraná também na última quinta-feira (7).

“Há uma tentativa evidente de criminalizar os movimentos sociais, de encurralar e amedrontar lideranças sociais que fazem uma luta justa e legítima por direitos que historicamente foram negados a maioria da nossa população pelo Estado brasileiro e pela elite preguiçosa. É preciso, portanto, compreender o momento histórico que estamos vivendo e empreender a luta democrática contra o golpe, por justiça e mais avanços nas conquistas sociais”, endossou Marcelino Galo, que foi superintendente do INCRA entre 2003 e 2005.

 

 

Governo Federal entrega fazenda a sem terras em Eldorado dos Carajás

eldorado 1Nesta sexta-feira, dia 17 de abril, completa 19 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, onde 21 trabalhadores sem terras foram assassinados durante protesto pela reforma agrária, em 1996. O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), um dos membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, estiveram no estado para acompanhar a entrega da fazenda Peruano, a 12km de onde ocorreu o massacre, às 300 famílias de acampados do local. “São, em parte, mães e pais dos mortos do massacre, além de pessoas que possuem sequelas do ataque da Polícia Militar. Essas famílias, agora, farão parte do assentamento Lorival Costa Santana, em homenagem a um dos mortos no atentado”. A fazenda Peruano foi ocupada no dia 17 de abril de 2004, no oitavo aniversário do massacre em Carajás. A área pertencia à União e ao estado do Pará, foi grilada e não cumpria a sua função social.

 

eldorado 2Conforme informa o deputado, depois de 19 anos dos crimes, ainda há envolvidos que não foram punidos. “O coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira, que comandaram o massacre, foram presos depois de 16 anos, em maio de 2012. Os 155 policiais militares executores diretos foram absolvidos. O então governador do Pará, Almir Gabriel [que morreu em fevereiro de 2013] e o secretário de Segurança, Paulo Sette Câmara, não foram indiciados”. Segundo Valmir, essa impunidade estende-se para outros estados. “O latifúndio conta com esta condição para seguir matando camponeses e povos tradicionais. A entrega da área para assentamento é uma resposta necessária. Por isso, um grande ato ecumênico e político foram realizados nesta sexta. É preciso deixar claro que a resolução dos conflitos no campo está intimamente ligada com a promoção da reforma agrária e a violência diretamente ligada à reconcentração de terras”, salienta.

 

Aumento na concentração de terras

De acordo com os dados do Incra, houve um aumento da concentração da terra no Brasil, entre 2010 e 2014, com cerca de 6 milhões de hectares passando para as mãos dos grandes proprietários – quase três vezes o estado de Sergipe. O Atlas da Terra Brasil 2015, feito pelo CNPq/USP, aponta que 175,9 milhões de hectares são improdutivos. E que já podem ser destinados à reforma agrária. Valmir ainda informa que o ministro Ananias declarou “que há um plano de metas para a reforma agrária sendo construído e que o MST reivindica o assentamento de, no mínimo, 50 mil famílias por ano, entre 2016 e 2018”. O deputado cobra um PAC pela reforma agrária com ações transversais, de infraestrutura e com a presença do poder público. “É preciso também chamar a atenção do Judiciário, pois 193 áreas se encontram com processos que impedem a aquisição pelo Incra. São mais de 986 mil hectares que dependem da Justiça para a reforma agrária”.





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