:: ‘indios pataxós’
Formados médicos, índios pataxó vão à colação vestidos a caráter

Os índios pataxó Amaynara Silva Souza e Vazigton Guedes Oliveira receberam seus diplomas de médico a caráter. Os rostos pintados, cocar com penas grandes e adereços coloridos são usados em dias de festa para eles.
Os dois jovens de 27 anos levaram a tradição da etnia para a colação de grau.
Eles se formaram na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e agora querem usar o que aprenderam para melhorar a qualidade de vida indígena. (do Catraca Livre)
Pataxós são despejados de área em Santa Cruz Cabrália
Cerca de 30 famílias Pataxó da Aldeia Aratikun, no Sul da Bahia, foram despejadas de suas moradias e colocadas às margens da BR-367 na manhã desta quinta-feira, 13. Desde 2015, uma ação de integração de posse tramitava na Justiça Federal. No início dessa semana, os Pataxó foram notificados do despejo e a Fundação Nacional do Índio (Funai) não recorreu da decisão.
Os Pataxó foram surpreendidos por homens das polícias Federal, Civil e Militar logo cedo. Acompanhados por um oficial de justiça, os policiais executaram a reintegração de posse contra a aldeia, cuja terra de 220 hectares está em processo de aquisição pela Funai. A ação da polícia, de acordo com os Pataxó, foi truculenta e arbitrária, sem oferecer tempo para a retirada de pertences – um caminhão removeu o que pôde ser salvo.
“Não resistimos, mas a polícia parecia que ia entrar numa guerra. Estamos aqui na beira da estrada, mulheres, crianças e idosos”, diz o cacique José Ailton Pataxó. Um trator foi utilizado para destruir moradias, a escola, roças, casas de reza e tudo o mais erguido pelos Pataxó na terra tradicional. Conforme o cacique, a autora do pedido de reintegração chama-se Eva Mendes, mora em Curitiba e esteve no local durante a ação policial.
Índios pataxós de Santa Cruz Cabrália são convidados para ir à Alemanha

Não foram só as belas paisagens baianas que chamaram a atenção da Seleção da Alemanha que ficou hospedada em Santa Cruz Cabrália durante a Copa do Mundo. Os alemães também ficaram encantados com a cultura indígena e, por isso, convidaram os índios para irem à Europa. “Fomos avisados que os alemães têm interesse em levar quatro lideranças ao governo da Alemanha para que eles possam entender e acompanhar melhor a situação do nosso território, da saúde e da educação e, junto com o governo brasileiro, proporcionar benefícios para a nossa comunidade. Já pediram nossos documentos. Essa parceria está sendo muito importante”, contou o coordenador do Movimento Indígena da Bahia, Zeca Pataxó.
O contato intenso com a comunidade do povoado de Santo André, em Santa Cruz Cabrália, sensibilizou os alemães que deixaram diversos legados para os moradores. O cacique Piki Pataxó, uma das lideranças indígenas da região, falou sobre as contribuições deixadas pelos estrangeiros. “Ganhamos dois presentes: a divulgação de Santa Cruz Cabrália, que hoje está conhecida no mundo inteiro, e o veículo para prestar apoio à saúde da nossa aldeia”, disse o cacique que ficou conhecido por liderar a “dança dos guerreiros” apresentada à seleção alemã e reproduzida pelos atletas após a conquista do tetracampeonato.
Alemães/pataxós. Teve até Torá no Maracanã

Além de campeões, com toda a justiça, da Copa do Mundo FIFA 2014, os alemães também foram campeões de simpatia.
Com seu Centro de Treinamento em Santa Cruz Cabrália, no Sul da Bahia, jogadores e comissão técnica da seleção alemã interagiram com a comunidade se envolveram no clima de alegria típico dos baianos.
Na comemoração do título, um tributo aos pataxós: os jogadores dançaram o Torá, um ritual indígena, em torno da taça.
Um momento mágico na #copadascopas
Seleção da Alemanha recebe carinho dos pataxós em Cabrália
Recebida com festas por torcedores baianos, a Seleção da Alemanha retribuiu o carinho dos moradores de Santa Cruz de Cabrália, local escolhido pela equipe como centro de treinamento para a Copa do Mundo de 2014. Os jogadores dançaram junto com os índios no próprio campo de treinamento da seleção alemã. Entre os mais animados na coreografia estavam o meia Bastian Schweinsteiger e os atacantes Thomas Muller e Miroslav Klose.
Os integrantes da aldeia também levaram uma faixa com uma frase escrita em alemão para os atletas. O ex-atacante Bierhoff aproveitou e posou para fotos com os índios Pataxó que acompanhavam a atividade. Em sua camisa, estava estampado um agradecimento pela recepção: “Feliz por estar aqui”, dizia. Além dos índios, cerca de 200 pessoas acompanharam o treino e vibraram com cada gol da seleção alemã.
A Alemanha estreia no Mundial no dia 16 de junho, contra Portugal, na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Indio pataxó é baleado em fazenda invadida em Porto Seguro
Homens armados invadiram uma fazenda ocupada por índios pataxós e disparam vários tiros, no fim da madrugada desta sexta-feira (25).
O atentado, registrado em uma área nas proximidades da estação da Ceplac, no município de Santa Cruz Cabrália, deixou um indígena ferido. Professor na comunidade, José Marcos Rodrigues da Silva, 30 anos, foi atingido na clavícula e está internado no Hospital Luis Eduardo Magalhães, em Porto Seguro.
O presidente da Associação da Aldeia Aroeira, Caruan Pataxós, declarou ao RADAR 64 que eram em torno de cinco bandidos que estavam em uma caminhonete vermelha, marca Mitsubishi. Após perguntarem pelo cacique, os pistoleiros teriam disparo em torno de oito tiros, informou Caruan.
Policiais federais estiveram no local esta manhã e recolhendo diversos projéteis que podem ser de pistola calibre 9 milímetros.
Segundo Caruan Pataxó, a área de quase 2.300 hectares, pertencente ao fazendeiro Lino Rosa, foi ocupada por aproximadamente 200 índios há 10 dias.
O líder pataxó informou ainda que, recentemente, o Ministério da Justiça tornou a área território de ampliação indígena. Mas, mesmo antes da assinatura do decreto pela presidente Dilma os pataxós resolveram ocupar o local.
UM BARRIL DE PÓLVORA NO SUL DA BAHIA
De um lado, os fazendeiros acusam os índios pataxós de aproveitarem o período de carnaval para promoverem uma série de ocupações de fazendas em Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan, numa área que há décadas é alvo de disputa judicial.
Do outro lado, os índios alegam que os fazendeiros estão contratando pistoleiros e que vão reagir a qualquer tentativa de intimidação.
O saldo dessa disputa é de cerca de 40 fazendas invadidas, um índio que teria morrido por falta de atendimento médico (funcionários de uma fazenda impediram a passagem de um carro para prestar socorro) e ameaças nem tão veladas de parte a parte.
Pelo histórico de violência nessa disputa, com mortos em ambos os lados ao longo dos anos, o Governo do Estado, em parceria com o Ministério da Justiça, vai intervir para evitar um confronto de conseqüências imprevisíveis. A hora é do governador Jaques Wagner mostrar a sua conhecida vocação para o diálogo.
Pede-se encarecidamente aos radicais -e eles existem dos dois lados- baixem as armas. No sentido figurado e no sentido literal.
UM CARNAVAL PRA LÁ DE TENSO…
Nos últimos três dias, índios pataxós invadiram 15 fazendas em Itaju do Colonia, no Sul da Bahia. Este ano, já são 23 fazendas invadidas,
Existem denuncias de espancamento de vaqueiros e a situação é tensa na região. A área invadida é fruto de uma disputa judicial que se arrasta há várias décadas.
A Polícia Federal foi acionada, mas nada pode fazer, em função do recesso judiciário durante o carnaval.
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