:: ‘Dilma Rousseff’
Com manipulação descarada, mídia arma o golpe

Manchetes manipuladas e combinadas. O golpe em marcha…
O esforço dos meios de comunicação para encontrar — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou um novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada.
Tenta-se, agora, aproximar a delação premiada do executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, da campanha presidencial de Dilma em 2010. Todos os jornais destacaram que parte da propina paga para o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque eram “doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores”.
O que se esconde é um aspecto essencial. Mendonça Neto esclareceu no depoimento que não havia informado ao PT do motivo das doações.
É verdade que o executivo admitiu ter mantido em 2008 uma reunião com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, na sede do diretório estadual do PT em São Paulo, quando disse que “gostaria de fazer contribuições” ao partido. Mas Mendonça Neto também disse no depoimento que “não mencionou a Vaccari que as doações seriam feitas a pedido de Renato Duque” e que seriam fruto de propina.
Vaccari então orientou o executivo como doar de forma legal.
Ou seja, o PT aceitou a doação na forma da lei. Está lá, entre aspas, na página 8 do depoimento de Mendonça Neto.
Este é o ponto espantoso. A divulgação seletiva de informações, de modo a atingir adversários e proteger aliados é uma tradição de nossos jornais e revistas. Mas raras vezes se fez isso de forma tão descarada, sem o cuidado sequer de manter as aparências. Vamos combinar que quem é capaz de vazar informações prestadas de caráter confidencial, como consta do documento, deveria, pelo menos, cumprir o dever de prestar um relato fiel daquilo que se disse a Justiça. Afinal, o que se quer é elevar o padrão ético de nossas práticas políticas e econômicas, correto? Ou não?
Outro aspecto é que os jornais preferiram confundir seus leitores ao repercutir a acusação de Aécio Neves que a doação legal ao PT em 2010 poderia tornar “ilegítima” o governo de Dilma Rousseff. No depoimento à Justiça do Paraná, Mendonça disse que as empresas Setec Tecnologia, PEM Engenharia e a SOG Óleo e Gás doaram legalmente R$ 4 milhões ao PT. Não existe nenhuma prova de que esse dinheiro tenha sido usado pela campanha de Dilma porque a legislação eleitoral da época não exigia a identificação da origem dos recursos transferidos entre partido e campanha, a chamada “doação oculta”. Isso só passou a ser obrigatório em 2014.
Com essa obrigatoriedade, sabe-se hoje que seis construtoras ligadas à Lava-Jato e com obras nos governos tucanos de Minas (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão) doaram R$ 34,17 milhões à campanha de Aécio Neves.
Ou Aécio Neves está acima da lei, ou então tem que ser acionado na Justiça pela presidente Dilma e pelo PT. (Ou, quem cala consente)

Aécio pode não saber perder, mas não tem o direito de perder a cabeça
“Na verdade, Roberto, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras e patrocinada por esse grupo político que aí está”.
Aécio Neves, no Programa Conexão Roberto D´Ávila, Globo News, 30/11/2014.
Dilma pede união ao PT e alerta contra golpistas
A presidente Dilma Rousseff pediu à militância do PT maturidade para aceitar a mudança na equipe econômica do governo, segundo ela imprescindível para se manter a governabilidade. O apelo foi feito na noite de sexta-feira (28) durante reunião do Diretório Nacional do partido em Fortaleza. Petistas das alas mais à esquerda e movimentos sociais criticaram a escolha do economista Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda alegando que Dilma, eleita por forças progressistas, optou por uma linha conservadora na economia.
“Nós temos que tomar as medidas necessárias, sem rupturas, sem choques, de maneira gradual e eficiente como vem sendo feito. Temos que estar unidos. Eu preciso do protagonismo de todos vocês e neste protagonismo destaco o PT. O PT tem maturidade e hoje, depois de todo esse período sabe que precisamos ter legitimidade e governabilidade”, disse a presidente.
Segundo Dilma, a missão do PT é compreender que a conjuntura, a situação do País e as condições da economia do país mudam. “Nós nos adaptamos às novas demandas e damos respostas a cada uma delas. Acho que esta é a grande missão do PT”, disse, ao demonstrar que, embora dentro da meta, a inflação em 6,5% tem incomodado. Dilma desafiou o partido a renovar suas perspectivas diante das demandas econômicas.
A presidente garantiu, porém, que a condução ortodoxa da economia não vai afetar a essência do programa do partido: “Uma coisa deve ficar clara e ninguém deve se enganar sobre isso. Fui eleita por forças progressistas, não para qualquer processo equivocado, mas para continuar mudando o Brasil”, garantiu.
Golpismo na oposição
A presidente fez, ainda, um alerta sobre movimentos que considera “golpistas” na oposição. “Esses golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar.”
FHC, outra vez, prega o golpe contra Dilma
(do Brasil 247) – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a flertar com o golpismo ao falar em “sentimento de quase ilegitimidade”, que, segundo ele, ronda a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
“Vê-se neste momento a dificuldade que tem a presidente da República, recém eleita, quando devia ter toda força possível, mas tenho a impressão de que há um sentimento de ilegitimidade. Ganhou, é legal. Mas sem uma parte mais dinâmica do país e por outro lado com um sistema de apoios que não se expressa realmente no Congresso atual nem no futuro porque a forma de eleição não foi baseada propriamente num fator político ideológico”, afirmou FHC, durante uma palestra na Academia Brasileira de Letras.
Ele também apontou problemas de governabilidade e criticou o espírito da coalizão em torno de Dilma. “Neste momento o executivo não encontra o apoio necessário do Congresso porque as alianças foram feitas a partir de outros objetivos, outros critérios, então fica difícil avançar”, afirmou.
Em outra sinalização perigosa, FHC afirmou que o sistema político pode vir a ser afetado por decisões judiciais. “Estamos assistindo neste momento processos complicados de corrupção, a justiça atuando, e isso afeta os partidos e os governos. Não é de estranhar-se que no Brasil a solução para esse imbróglio político não venha a partir do sistema político mas sim de decisões judiciais. Dada a situação política e o constrangimento que há para mudar essa situação, de repente pode ser que haja uma judicialização de decisões que venha afetar o próprio sistema político”, afirmou.
O senador Aécio Neves ainda não desencarnou do candidato Aécio Neves

Aécio não soube perder, mas vai ter que aprender
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) de ter enganado os brasileiros na eleição e de cometer crime de responsabilidade no manejo do Orçamento da União. O parlamentar, que esteve ausente do Congresso nos últimos dias, discursou na sessão que pode analisar o projeto que autoriza o governo a abandonar a meta de economia para abatimento da dívida, o chamado superavit primário.
“Todo esse açodamento tem o objetivo de anistiar a senhora presidente do crime de responsabilidade que ela cometeu”, afirmou o tucano no plenário.
NOTA DO BLOG: Aécio Neves nas poucas vezes que foi ao Senado no ultimo mês não tem feito outra coisa que não seja desancar a presidente Dilma. Oposição sistemática e mais nada.
Passou da hora do senador assimilar a derrota para Dilma na eleição presidencial, quando –é sempre bom lembrar- perdeu em Minas sua terra natal e no Rio de Janeiro sua terra adotiva, e criar uma agenda propositiva para o país.
E se preparar para 2018, porque golpe, por mais que a mídia pistoleira e uma boa parte da tucanada preguem e incentivem, no pasarán.
Campeão foi Cruzeiro porque se fosse real seria roubado na Petrobras
(do Blog Sensacionalista)- A presidente Dilma Rousseff disse hoje que vai transformar o Real em Cruzeiro para ver se o Brasil volta a dar certo. Economistas disseram que o Cruzeiro só foi campeão porque se chama cruzeiro. “Se fosse real certamente seria roubado na Petrobras”, disse um analista.
Nas ruas de Minas, torcedores provocaram os rivais do Atlético Mineiro: “A raposa estuprou o galo”, dizem eles, lembrando o episódio recente de focas que estupraram pinguins.
Cruzeirense, Aécio Neves ficou feliz: “Pelo menos ganhei alguma coisa esse ano”, disse ele.
Nunca se roubou tão pouco
POR RICARDO SEMLER
Não sendo petista, e sim tucano, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país
Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.
Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.
Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos “cochons des dix pour cent”, os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.
Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão –cem vezes mais do que o caso Petrobras– pelos empresários?
Virou moda fugir disso tudo para Miami, mas é justamente a turma de Miami que compra lá com dinheiro sonegado daqui. Que fingimento é esse?
Vejo as pessoas vociferarem contra os nordestinos que garantiram a vitória da presidente Dilma Rousseff. Garantir renda para quem sempre foi preterido no desenvolvimento deveria ser motivo de princípio e de orgulho para um bom brasileiro. Tanto faz o partido.
Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país.
É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a Polícia Federal teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.
Votei pelo fim de um longo ciclo do PT, porque Dilma e o partido dela enfiaram os pés pelas mãos em termos de postura, aceite do sistema corrupto e políticas econômicas.
Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.
A coisa não para na Petrobras. Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.
O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.
É lógico que a defesa desses executivos presos vão entrar novamente com habeas corpus, vários deles serão soltos, mas o susto e o passo à frente está dado. Daqui não se volta atrás como país.
A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento.
Boa parte sempre foi gasta com os partidos que se alugam por dinheiro vivo, e votos que são comprados no Congresso há décadas. E são os grandes partidos que os brasileiros reconduzem desde sempre.
Cada um de nós tem um dedão na lama. Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?
Deixemos de cinismo. O antídoto contra esse veneno sistêmico é homeopático. Deixemos instalar o processo de cura, que é do país, e não de um partido.
O lodo desse veneno pode ser diluído, sim, com muita determinação e serenidade, e sem arroubos de vergonha ou repugnância cínicas. Não sejamos o volume morto, não permitamos que o barro triunfe novamente. Ninguém precisa ser alertado, cada de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar.
RICARDO SEMLER, 55, empresário, é sócio da Semco Partners. Foi professor visitante da Harvard Law School e professor de MBA no MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA)
Efeito bumerangue
* Marco Wense
O derrotado Aécio Neves, por enquanto pilotando em céu de brigadeiro, vive o seu momento de estilingue, mirando e atirando na vidraça do Palácio do Planalto.
O emplumado tucano, ainda boquiaberto com a reeleição da presidente Dilma Rousseff, prometeu, em seu primeiro discurso pós-eleição, um oposicionismo implacável, “nunca antes visto” na história política do país.
Não quer saber de conversa nem com a tucanada que comunga com a opinião de que é preciso desarmar o palanque, como defende o reeleito governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
“É fundamental que, depois destas eleições, se tenha uma postura de unir o Brasil”, foi o que Marina Silva disse em 26 de outubro, dia da eleição do segundo turno.
Não sei se a ex-ministra de Lula continua com a mesma posição ou torce para que Aécio fique mais intransigente, o que faz lembrar a Marina Silva petista e opositora radical do então governo FHC.
Deixando Marina de lado, volto ao efeito bumerangue. É só uma questão de pouco tempo para que Aécio Neves deixe de jogar pedra no telhado do vizinho.
O governador eleito de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, vai ter que reconstruir um Estado destroçado por 12 anos de governos tucanos, sendo que oito deles com Aécio no comando.
É nessa reconstrução que vai aparecer um Aécio Neves irresponsável, desorganizado e mau gestor da coisa pública. Não à toa que o candidato do PT foi eleito no primeiro turno.
Se Pimentel, que é muito próximo da presidente Dilma, resolver fazer uma oposição ao modo Aécio, coitado do senador tucano. O “quem conhece Aécio, não vota nele” vai ficar eternizado.
Vejamos alguns pontos: 1) Minas é o segundo Estado mais endividado do país. A dívida pública está estimada em 102 bilhões de reais. 2) Não se cumpria o mínimo constitucional exigido para a Educação e Saúde. 3) Faltam 1 milhão de vagas para o ensino médio. 4) A dívida na Educação é de R$ 8 bilhões e o desvio na Saúde é de R$ 5 bilhões. 5) E, por último, o golpe mortal com a extinção do Fundo de Previdência.
Ainda tem o mensalão tucano-mineiro, até hoje sem julgamento. O efeito bumerangue costuma ser demolidor, principalmente com quem tem telhado de vidro.
The Piauí Herald: muro separará Brasil ocidental do Nordeste
POTSDAM – Votação realizada em urnas natalinas no Shopping Cidade Jardim mostrou que 96% dos paulistanos são a favor da construção de um muro que colocará o Brasil que produz e paga impostos de um lado, e a ameaça assistencialista bolivariana de outro. “Vamos separar o Brasil ocidental do Nordeste”, anunciou João Doria Jr. “Do lado de cá das trincheiras, estaremos guarnecidos pelo superávit de masculinidade do blogueiro Rogério Constantinopla e pela verve verborrágica de Lobão, além de podermos contar com os lançamentos da Globo Filmes para alegrar nossos finais de semana nos cinemas. Em caso de balbúrdia ou rolezinhos, sempre teremos à mão o arsenal da família Bolsonaro”, esclareceu. “Do lado de lá, restam a barbárie, o Brasil 247, o cinema pernambucano e a água encanada”, completou.
Após encomendar 144 toneladas de mármore para revestir o lado ocidental do muro, Doria Jr. liderou uma legião de cidadãos de bens, que produzem e pagam impostos, concitando-os a arregaçar as mangas e colocar a mão na massa. “Também fizemos um crowdfunding para contratar ajudantes de pedreiro nordestinos radicados no Largo 13 de Maio”, explicou.
Estarrecida com a iniciativa, Dilma Rousseff exigiu a imedita paralisação das obras. Em seguida, abriu uma licitação para a construção do muro. “Caberá ao Consórcio formado pela Odebrecht, Camargo Corrêa e Friboi a concretização do projeto”, discursou. “Orçado em 189 bilhões, o muro deverá ficar pronto em 2514, quando ainda estaremos no poder”, concluiu.