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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Assentamento Assucena/Recordação’

Cacau é fonte de renda e preserva o meio ambiente em assentamentos da Bahia

 

Cacau, fonte de renda na agricultura familiar (foto Valter Pontes)

Cacau, fonte de renda na agricultura familiar (foto Valter Pontes)

A casca madura varia do amarelo-ouro aos tons avermelhados. A polpa em forma de cacho envolve as amêndoas e tem um sabor adocicado e levemente ácido. Assim é o cacau, fruto que é a principal matéria-prima de uma das iguarias mais amadas do mundo – o chocolate. Além disso, é fonte de renda da agricultura familiar e, na maioria dos assentamentos baianos, conserva o meio ambiente.
Em 26 de março (sábado) é a data comemorativa deste fruto, que é cultivado em 98 áreas de reforma agrária na Bahia, espalhadas pelos territórios de identidade do Litoral Sul e Baixo Sul e que totalizam 57 mil hectares de terras. Este quantitativo corresponde a 13,5% de todos os assentamentos do Estado.

Assentamento Terra Vista

Assentamento Terra Vista

Neles, vivem 3,9 mil famílias que cultivam 17 mil hectares de lavouras cacaueiras. Em grande maioria, a produção é por meio da “cabruca”, que é um sistema agroflorestal em que as árvores nativas são usadas para sombrear os cacaueiros. Assim, as plantações quase sempre estão entranhadas pelas florestas.

O agrônomo do Incra/BA, Edmundo Barbosa, confirma que a cacauicultura predominante na Bahia é a de cultivo em sistemas agroflorestais, o que requer o uso intenso da mão de obra, algo que a agricultura familiar dispõe. “Esses assentados cacauicultores exercem práticas produtivas capazes de conciliar a produção de alimentos com a conservação ambiental. E são responsáveis pela prestação de serviços ambientais valiosos para a sociedade”, acrescenta Barbosa.

Em 2021, Barbosa publicou uma Dissertação de Mestrado sob o tema “Assentamentos Agroflorestais do Sul da Bahia na Agenda 2030”, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus (BA). O servidor pontua ainda que a produtividade dos assentamentos se encontra na média do último Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Beneficiamento

Assentamento Terra Vista

Assentamento Terra Vista

Os produtores de cacau em áreas de reforma agrária que se reúnem em cooperativas e associações têm colhido frutos positivos. A adoção da produção orgânica também é um ponto que se sobressai entre os agricultores familiares e assentados da região.

Um bom exemplo é a Associação do Projeto Agrícola Dois Rachões, que reúne 108 assentados, de oito áreas de reforma agrária, situadas nos municípios de Ibirapitanga, Maraú, Santa Luzia e Ubaitaba.

Essas famílias são garantidas como produtoras de orgânicos pelo Sistema Participativo de Garantia (SPG) e certificadas pela Rede de Agroecologia Povos da Mata. “A nossa produção chega a 25 toneladas de cacau por ano”, conta o agricultor associado, Luciano Silva.

O assentamento Dois Irmãos, em Ibirapitanga, que faz parte da cooperativa, inaugurou em 2018 a primeira fábrica de chocolate orgânico e nibs (fragmentos de cacau fermentado e triturado), em área de reforma agrária. Os produtos também foram batizados de Dois Riachões.

Bahia Cacau

bahia cacauUm selo importante no mercado de chocolates da agricultura familiar é o Bahia Cacau. Pertence à Cooperativa da Agricultura Familiar da Bahia (Coopfesba) que tem uma agroindústria desde 2010 e, atualmente, está em fase de certificação para orgânicos. A cooperativa é composta por agricultores familiares e 22 assentados das áreas de reforma agrária Etevaldo Barreto, Vila Isabel e Loreta Valadares – situadas no município de Ibicaraí.

O mix de produtos produzidos sob a marca Bahia Cacau engloba bombons com recheios de jaca, umbu, goiaba, cupuaçu e abacaxi, além de barras de chocolate com concentrações de cacau variadas. Segundo o presidente da Coopfesba, Osaná Crisostomo do Nascimento, que é assentado no Etevaldo Barreto, a agroindústria surgiu da necessidade de fortalecer a produção cacaueira e da cadeia do cacau para assentados e pequenos agricultores.

As três áreas de reforma agrária da Coopfesba foram contempladas pelo Incra. “Tanto o Crédito Instalação como a assistência técnica foram importantes para o desenvolvimento da cooperativa. Boa parte desses recursos foi aplicada na melhoria das lavouras cacaueiras”, frisa Nascimento. :: LEIA MAIS »

ATER Agroecologia: assentamento do MST em Pau Brasil é contemplado com um kit de Irrigação

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O Assentamento Assucena/Recordação do MST em Pau Brasil foi contemplado com um Kit de Irrigação. A ação é fruto da parceria entre Instituto EcoBahia, COOAP, CAR e Secretaria de Desenvolvimento Regional-SDR, do Governo da Bahia, e irá contemplar toda a comunidade.mst pau brasil (1)O assentamento foi criado  em 1999 e está obtendo o acesso a  políticas públicas que irão melhorar a renda e as condições de vida das famílias. Além do kit de irrigação a comunidade também receberá do Governo do Estado a Assistência Técnica e Extensão Rural pelos próximos 36 meses para trabalhar o cacau no manejo agroecológico.

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”As  ações de ATER se iniciaram no ano passado e já foi realizado  o diagnóstico rural participativo, que definiu as ações que permitirão a produção de cacau com alto valor agregado”, afirma Nego Elder, articulador do Instituto Ecobahia.

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“Agradecemos  ao Governo do Estado, as ações que estão sendo realizadas aqui são muito importantes pra nós, para o povo e vamos avançar para melhorar ainda mais as condições de produtividade e a vida da nossa comunidade”,   declarou Derval líder do Assentamento  Assucena/Recordação.





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