:: 8/fev/2025 . 12:13
Gol do São Paulo
Daniel Thame
O ano era 1985. O São Paulo, treinado por Cilinho, decidia o Campeonato Paulista com a Portuguesa, no estádio do Morumbi.
Sãopaulino até a medula, fazia reportagem de campo para a Equipe Furacão de Esportes, comandada por Antonio Julio Baltazar, um gigante na história da comunicação da Grande São Paulo, que já partiu para a Eternidade, na Radio Difusora Oeste, emissora modesta, mas briosa, de Osasco.
O São Paulo tinha um timaço, com Falcão, Silas, Muller, Careca, Sidney e Cia, mas a Lusa endurecia o jogo.
E eu não sabia se reportava os lances ou se torcia. O São Paulo fez 1×0 no primeiro tempo com Careca e levava um sufoco até a metade do segundo tempo, quando Sidney fez 2×0.
A comemoração dos jogadores aconteceu ao lado do gramado, justamente onde eu estava. Foi quando minhas dúvidas acabaram.
Larguei o microfone no chão e fui comemorar com os jogadores. Quando o narrador pediu a descrição do lance, silêncio total.
De cara, cortaram a linha e passei o resto do jogo apenas assistindo, até invadir o gramado para comemorar, desta vez o título.
Como eram tempos românticos, levei apenas uma suspensão de três dias. Sem direito a filar a primorosa refeição no restaurante que Baltazar mantinha na avenida dos Autonomistas.
E, pior dos castigos, não me escalaram mais para os jogos do São Paulo.
Como tratar e identificar a depressão nos pets
Hannah Thame
Uma das principais causas da depressão em animais é a falta do dono. Por conta do cotidiano corrido, trabalho, faculdade e outros compromissos, muitas vezes o pet é deixado sozinho em casa por bastante tempo.
A chegada de outro animal também pode ser a causa da doenças . Assim como o nascimento de uma criança. Isso porque toda a atenção que era para o único cachorro, a partir de então vai ser dividida.
Outro fatores, como mudança de hábitos na rotina, alteração dos horários de passeios e de alimentação, mudança de casa ou ambiente que o animal já estava acostumado e até perda de algum ente querido também podem levá-los ao quadro depressivo.
Durante, e também pós-quarentena, é importante que os donos ensinem e introduza os novos hábitos com muita calma e paciência, além de ficarem atentos com os sinais. Isso porque o home office, e posteriormente o trabalho fora de casa, mudam completamente a rotina dos pets, que podem vir a apresentar sinais de depressão.
Sintomas
Algumas mudanças de comportamento do animal podem apontar a doença, como lamber e morder as patas de forma excessiva. O aparecimento de dermatites, perda de peso, apatia, isolamento e distanciamento dos donos e outros animais, falta de apetite e ânimo para brincar e passear também são alguns sinais de que ele pode estar com a doença.
Tratamento
Caso seja diagnosticada a depressão em animais por um veterinário, é preciso mantê-lo ativo com brincadeiras, passeios ao ar livre, enriquecimento ambiental e adestramento.
Além de atenção, você precisa procurar um veterinário para confirmar a necessidade de prescrição de remédios e, também, a visita de um terapeuta de cães para dar as orientações necessárias.
No caso dos felinos, é bom deixá-los em locais onde possam escalar ou se esconder. Pois, quando estão depressivos podem apresentar um comportamento agressivo e miados altos e frequentes.
A Dra. Hannah Thame é Médica Veterinária e autora do livro “Guia Prático para Donos Responsáveis-Cuidados Especiais para a Saúde do seu Pet”, disponível no Amazon.
Viajar te deixa sem palavras e depois te transforma em um contador de histórias
Gilza Pacheco
Poucas coisas na vida são melhores que viajar. É maravilhoso poder conhecer novos locais, outras culturas e fugir da rotina, às vezes não encontramos palavras para expressar tudo!
Compartilhar experiências, conhecer novas culturas, inspirar ideias. Estas são apenas algumas das maravilhas que recebemos ao realizar uma viagem.
Chegando de uma viagem fantástica, percebi de como são simples os ingredientes de que precisamos para sermos felizes. Não vamos ficar aqui para sempre, sabemos disso… Por essa razão, levei dias verdadeiramente como turista, tudo fiz para que a minha viagem fosse realmente agradável, e foi… Passei por locais bonitos, experimentei as novidades e carreguei o essencial. Sei que aqui estou de passagem. E quero que essa passagem seja a mais agradável possível, a mais feliz…Pois cedo ou tarde irei embora, mas depois de viver suficientemente tudo que tenho direito para ser feliz e fazer as pessoas, com meu exemplo, também felizes!
De avião saí dia 10 de dezembro de São Paulo com destino a Martinica. No Porto FORT-DE-FRANCE, embarquei a bordo do MSC Poesia. Batizado em 2008 por Sofia Loren, chegando dia 11 ao aeroporto da cidade POINTE-À-PITRE, Le Raizet que conecta a outras Ilhas Caribenhas.
Fernandas do Brasil – de Central a Eunice Paiva
Se a Academia reconhecer, ótimo. Se não, tá tudo bem. Esse patrimônio é nosso!

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres Crédito: Divulgação/ Hick Duarte / Hering
Rogério Silva
Queria ter mais tempo pra escrever porque isso nos ajuda a conversar conosco. E a bofetada veio revendo Fernanda, a mãe, quase 30 anos depois.
Nesse misto de Oscar com Copa do Mundo que o Brasil vive, fui visitar uma velha amiga que vi envelhecer na televisão e no cinema. Convivi mais com Fernanda Montenegro do que com a minha avó. E por isso posso gozar de intimidade ao falar dela.
Central do Brasil é daquelas coisas necessárias para se experimentar na vida e reassistir de tempos em tempos tomando doses de realidade do nosso povo. Se hoje podemos desfrutar de áudios e emojis nas mensagens instantâneas que nos emburreceram na escrita, como era no passado de apenas 3 décadas quando tínhamos apenas papel, caneta e Correios?
Papel, caneta, Correios e a ignorância de não saber juntar as letras certinho na escrita a um parente distante, ao marido preso, ao filho que foi estudar longe, ao desumano que te enganou.
Fernanda, a mãe, estava lá em sua banca, na Central do Brasil, para ser o instrumento de conexão entre habitantes de um mundo nosso tão cruel e desigual chamado Brasil.
Tudo bem. É verdade que nem sempre a carta chegava ao seu destino. Mofava na gaveta do quartinho da velha senhora. Ela não era apenas a escrevedora das mensagens, mas também a justiceira que se negava a ser cúmplice das trapaças de larápios ou de vítimas que cairiam, inevitavelmente, nas mãos de seus algozes. Na maioria das vezes, companheiros violentos e agressores. Ainda tinha um viés de cambalacho, pois o engavetamento proposital das correspondências soava como “apenas metade do serviço prestado”.
Dora e Josué são um retrato do Brasil que assiste ao trem passar, numa Central em que deveríamos ser protagonistas, não coadjuvantes
1952- a maior vitória do futebol tricolor
Walmir Rosário
Um livro para ficar na história dos torcedores do Fluminense carioca, ou das Laranjeiras, como queiram, estará à disposição dos tricolores de todo o Brasil, contando a história da 2ª Copa Rio, conquistada pelo Fluminense, em 1952, data do seu cinquentenário. E a obra do escritor Tasso Castro – 1952, A maior conquista do futebol tricolor – será lançada nesta segunda-feira (10 de fevereiro), às 18h30min, no Shopping Jequitibá, em Itabuna.
De pronto, vale avisar aos tricolores mais moços, que a Copa Rio foi o primeiro Campeonato Mundial de Clubes, realizado pela então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), a CBF da época, com licença da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Os jogos eram realizados no Rio de Janeiro e São Paulo, por equipes da Europa e da América Latina, duas delas brasileiras.
E o texto cirúrgico e preciso é o resultado de pesquisa realizada por Tasso Castro, que conta em detalhes o futebol da época, ressaltando o grande feito do Fluminense, desde a participação do Campeonato Carioca de 1951, considerado um timinho pela mídia. Além de faturar o Carioca de 51, os dirigentes ainda convenceram a CBD e a Fifa a realizarem a Copa Rio um ano antes, já que seria realizada de dois em dois anos, portanto, em 1953.
No livro, o Autor também mostra que o Fluminense foi o primeiro time brasileiro a vingar a nossa derrota de 1950 para a Seleção do Uruguai, que ficou conhecida como o “Maracanazo”. Isto porque o Fluminense jogou contra o Peñarol e aplicou um “chocolate” de 3X0, e nem tomou conhecimento dos carrascos Ghiggia, Schiaffino, dentre outros. Obdúlio Varela não jogou por estar contundido.
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