:: 1/fev/2025 . 19:25
Sisu: Conjunto Penal de Itabuna aprova mais 58 reeducandos na Universidade Federal do Sul da Bahia
O Conjunto Penal de Itabuna aprovou 58 candidatos para a Universidade Federal do Sul da Bahia, por meio da nota do ENEM. Esse resultado reafirma a vocação ressocializadora da unidade prisional, que tem como carro-chefe a Educação em seus três níveis – fundamental, médio e superior. As matrículas já estão sendo realizadas pela equipe pedagógica da empresa Socializa, que administra o presídio em regime de cogestão com o Governo do Estado.
De acordo com o Gerente Técnico da Socializa, Rodrigo Azevedo, esse resultado é a confirmação de que o sistema de cogestão é o mais eficiente para garantir a reintegração social produtiva dos indivíduos privados de liberdade. “E a Bahia, ao investir nesse modelo, vem obtendo excelentes resultados. Somente nossas unidades já levaram centenas de reeducandos a serem matriculados no Ensino Superior, e dezenas seguem cursando”, afirma.
Ele observa que “esse resultado está alinhado com a missão da empresa como gestora de pessoas privadas de liberdade. “Fazemos questão de orientar nossa atuação pelo que definimos como nossa missão empresarial, que é ‘Resgatar a dignidade da pessoa privada de liberdade e proporcionar sua reintegração à sociedade’”.
Rádio Clube, o comentarista, o repórter e a reencarnação de Garrincha
Daniel Thame
Início de 1987. Recém chegado a Itabuna e já trabalhando no jornal A Região, contratado após uma frase típica da Manuel Leal ao saber de onde eu vinha (“se é de São Paulo começa amanhã”, sem me pedir pra rabiscar um papel de embrulhar pão; como se vê sou de um tempo em que se embrulhava pão com papel).
Dito isto, e posto que em Osasco (SP) eu trabalhava como jornalista e radialista, bati às portas da Rádio Clube (depois Nacional) onde me apresentei e, ao contrário de Manuel Leal, fui recebido com desconfiança por Son Gomes, filho do lendário Daniel Gomes, dono da emissora:
-Quem garante que você não vai usar o nome da rádio, dar uns golpes no comércio e se mandar?
Hoje parece grosseria, mas na época era quase praxe. O sujeito vinha atraído pela fama de cidade rica por conta do cacau, conseguia emprego nas rádios e dava golpe mesmo.
Respondi com todo jeito possível:
-Son eu não vim pra aventurar, vim pra fincar raízes aqui (como de fato finquei, grapiúna que me tornei)
Consegui o emprego na briosa equipe de esportes, que mesmo enfrentando a concorrência da estrelada Rádio Jornal, vinha dando conta do recado e conquistando audiência. Se em Osasco eu era repórter de campo, em Itabuna fui contratado como comentarista.
Apesar do sotaque do interior paulista, carregado de erres que mantenho até hoje, ainda que falando um autêntico baianês, acabei escalado para os cobrir os jogos do Itabuna, que então tinha um time capaz de encarar Bahia e Vitória.
E chegamos aos finalmente, os motivos dessa croniqueta.
Num dos primeiros jogos em que trabalhei, Itabuna x Leônico, se não me engano, com dez minutos de jogo o repórter tasca a pergunta:
-Daniel, o técnico não deveria ter escalado o Adailton na ponta direita?
Castração: Mitos e Verdades
Dra. Hannah Thame
Ao adquirir um animal de estimação é comum surgirem dúvidas por parte de seus tutores. Entre os principais questionamentos está o dilema da castração. Bem, castração é a uma das respostas que dou para várias perguntas que me fazem sobre cães e gatos.
– O que fazer para que o meu cão/gato não tenha crias indiscriminadamente?
– Como posso diminuir o risco do meu bichano contrair doenças?
– O que fazer para meu cão/gato deixar de ser territorialista?
– Como deixa-los mais tranquilos dentro de casa?
A castração não é a única resposta, mas é uma solução bastante eficaz. O procedimento consiste na remoção dos testículos, em machos, e do útero e ovários, em fêmeas. Pode ser realizado em animais ainda filhotes, a partir de quatro meses de idade, sem que haja interferência em seu desenvolvimento. Para definir qual o melhor momento é necessário que seja feito um acompanhamento por um profissional capacitado, sendo imprescindível a avaliação do Médico Veterinário.
Com relação aos mitos, será que a castração engorda? De fato, após a castração ocorrem alterações hormonais que levam a mudanças no organismo. Pode ocorrer uma diminuição do gasto de energia e uma menor capacidade de controle da saciedade. Caso o animal tenha um estilo de vida sedentário (falta de caminhadas e brincadeiras) e haja predisposição genética para ganho de peso, facilmente podem se tornar obesos. Sendo assim, são necessários cuidados especiais com a alimentação para que efeitos indesejáveis não se sobreponham aos ganhos à saúde.
A castração deixa o animal apático? Voltamos então à questão da obesidade. Caso o animal venha a adquirir muito peso, poderá cansar-se facilmente e não terá a mesma disposição. Logo, vale reforçar a questão dos cuidados com alimentação de um animal castrado.
A castração é um ato de crueldade? Não! É uma cirurgia simples e com pós-operatório tranquilo, especialmente em animais jovens e sem histórico de doenças.
Sob os grilhões da Nova Ku Klux Klan
Dimas Roque
As imagens de brasileiros algemados e amarrados pelos tornozelos com correntes me trouxeram lembranças de filmes estadunidenses que retratam negros sendo torturados e mortos após inúmeras surras dadas por brancos invasores de terras no Mississippi. Você deve se recordar de cordas com corpos negros pendurados pelos pescoços, enquanto homens e mulheres seguram Bíblias em suas mãos.
Não muito distante, Ota Benga foi sequestrado na República Democrática do Congo e exibido em um zoológico do Bronx, em Nova York, no ano de 1904. Somente 114 anos depois os administradores emitiram um pedido de desculpas pelo que fizeram a aquele jovem negro.
Essa cultura de tortura, massacre de povos e invasão de terras está bem documentada e registrada pelo cinema, quase sempre se vangloriando dos assassinatos de índios e negros, retratados como os culpados por tentarem impedir “o progresso Americano”.
Com a eleição de Donald Trump à presidência da república dos Estados Unidos, os brancos racistas, sejam eles bilionários como Elon Musk ou aqueles que manifestam seus desejos mais primitivos, estão mostrando seu verdadeiro rosto, perseguindo e caçando pessoas nas ruas, no trabalho e em igrejas, como animais, para entregá-las às autoridades policiais. Essa é a nova Ku Klux Klan, agora com a chancela de Donald Trump e seu exército particular de brancos racistas e nazistas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser informado de que brasileiros estavam algemados e acorrentados, emitiu um comunicado afirmando que seu povo não pode ser tratado dessa forma por estrangeiros em solo brasileiro. Foi um verdadeiro gol de placa.
Política nacionalista: as deportações de Trump e a estratégia de domínio
Andreyver Lima
Existe um ditado que diz: “Nada de novo sob o sol”, e ele se aplica perfeitamente às recentes deportações de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. A primeira leva de deportados no atual mandato do presidente Donald Trump reacendeu debates sobre a política migratória americana e os objetivos por trás dessas medidas.
Vale lembrar que as deportações não são novidade. Essa prática ocorreu durante os governos de Barack Obama, Joe Biden e no primeiro mandato de Trump. Mais uma vez, agora em seu segundo mandato, as deportações continuam em curso, reforçando uma política migratória rigorosa que já se tornou parte do DNA político americano.
O que muda, no entanto, é a percepção da opinião pública e da imprensa. Isso ocorre porque a política migratória foi uma das principais bandeiras levantadas por Trump em sua campanha, sendo um dos pilares de sua vitória. Dessa forma, os holofotes midiáticos estão voltados para cada movimentação de seu governo nesse campo, gerando reações tanto de apoio quanto de críticas.
A formação de craques na Itabuna do passado
Walmir Rosário
Mas qual eram os segredos para Itabuna formar tantos craques? De cara posso garantir que para um atleta atuar no Campo da Desportiva Itabunense era preciso passar por um verdadeiro vestibular, nos “babas” disputados em campinhos dos bairros ou escolinhas de futebol. Aprovado, a partir daí poderia tentar uma vaga nos times amadores.
Tínhamos, por exemplo, a Academia de Futebol Grapiúna, dirigida pelo cirurgião-dentista Demóstenes Carvalho, e os times de Adonias da Mangabinha, de Tim do bairro da Conceição, dentre outros. E os que mais se destacavam eram convidados a jogar nas diversas equipes aspirantes até chegar ao time de cima das agremiações amadoras.
E os campinhos de bairro não eram raridades, como hoje! Bastava um terreno baldio mais ou menos plano, sem muitas pedras, e duas traves. Era assim na Borboleta (hoje rodoviária); banca do peixe, Escola de Celina Braga Bacelar, Maravalha, (centro); São Judas Tadeu; campo do Tênis, torre da Rádio Difusora, Malícia, Brasilgás, Vila Zara, Eucaliptos (bairro da Conceição); Cortume (Banco Raso) para se submeterem aos olheiros e indicarem futuros craques.
O América da Vila Zara, comandado por Adonias, em 1963, era um dos times de camisa que forneceu jogadores para várias equipes. Em 1972, o mesmo América mantinha praticamente a mesma formação, mesclado com jogadores mais novos. João Garrincha, Dema, Betinho Contador, Zé Nito, Luiz Fotógrafo, e tantos outros.
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