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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

setembro 2010
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:: 2/set/2010 . 16:03

Os monstros sentem as garras da justiça


Em março de 2007, o Sul da Bahia ficou chocou-se com uma tragédia de uma monstruosidade sem limites.

Numa fazenda localizada nas proximidades de Itajuipe, Geilza Silva Santos, Ediane Duarte de Souza e Leidilaura da Paz Santos foram assassinadas a tiros e facadas. As crianças José Américo Junior, de 5 anos, e Pedro Henrique dos Santos Cruz, de 3 anos, foram estranguladas a jogadas num reservatório de água.

Barbárie em estado bruto.

As investigações da polícia, que relevaram os autores do crime serial, provocaram ainda mais estupor.

O mandante dos assassinados, de acordo com o que apurou a polícia e confirmaram os executores, Anderson Gonçalves dos Reis e Alex de Paula, foi José Américo Reis Filho, então diretor da base do poliduto da Petrobrás em Itabuna.

Ediane, uma das vítimas, era amante de José Américo e Junior era filho do casal. O mandante queria livrar-se de uma relação que estava se tornando incômoda e optou pela mais radical das opções, que incluiu a eliminação do próprio filho.

As outras três vítimas, duas amigas de Ediane e o filho de uma delas, morreram por estarem no lugar errado e na hora errada. A ordem era matar quem estivesse na casa, não deixar testemunhas, disse um dos assassinos a policia.

O processo, bem conduzido pela Justiça, confirmou a autoria da chacina, num desses raros e elogiáveis casos de agilidade.

Pouco mais de três anos depois do banho de sangue, os três acusados estão indo a júri. E ainda que as cinco vidas jamais sejam recuperadas, está se fazendo Justiça.

Anderson foi condenado a 102 anos e quatro meses e Alex a 100 anos e quatro meses de prisão, o que na prática equivale à prisão perpétua. Têm mesmo é que mofar atrás das grades.

Já o mandante do crime, José Américo Reis Filho, que se apresentou no fórum com o cabelo e a barba compridos e desalinhados, talvez para gerar algum tipo de comoção entre os jurados, será julgado no próximo dia 15 de setembro.

Mentor intelectual da chacina, que não hesitou em sacrificar o próprio filho, merece e deve ter destino semelhante: passar o resto de seus dias na cadeia, pagando pela insanidade que perpetrou.

Lugar de monstros, especialmente seres humanos dotados do poder de discernimento que se transformam em bestas-feras, é numa jaula.

Para sempre.

Precisa-se desesperadamente de um dossiê


Beira o inacreditável o que está ocorrendo na campanha presidencial.
Diante da disparada da candidata do PT, Dilma Roussef, que pode
definir o pleito já no primeiro turno, o candidado demo-tucano, José
Serra, agarra-se a única coisa que lhe resta: ver a adversário
alvejada por um escândalo, qualquer escândalo que seja, mesmo os
fabricados pelos barões da mídia (cada vez menos influentes, diga-se).
Dono de uma biografia que o coloca entre os principais políticos do
período pós-democratização do Brasil, sem nenhuma mancha em sua
carreira, experiente e preparado, José Serra lança-se pela segunda vez
candidato a presidente da República.
Em 2002, carregava o peso de representar um governo desgastado, com
FHC ostentando elevados índices de reprovação. Perdeu para Lula.
Em 2010, após oito anos de governo Lula, entendeu que era a sua vez,
encarnando o discurso de mudança
Aí trombou não com Dilma, mas com o mito em que Lula
havia se transformado.
Liderou as pesquisas de intenção de votos e pareceu
imbatível até o momento em que começou a ficar claro que a até então
desconhecida (para boa parte dos brasileiros) Dilma era a candidata de
Lula.
Quando Lula apareceu ao lado de Dilma no horário
eleitoral gratuito, ela, que já estava à frente de Serra, só fez
disparar e abrir uma vantagem acima de vinte pontos percentuais.
Serra, que tentou ser oposição, que tentou ser o Zé,
que tentou ser uma versão tucana de Lula, que tentou ser a mudança e
ao mesmo tempo ser a continuidade, perdeu o rumo.
E, como não deu para manter o debate no nível das
propostas de governo, partiu-se para a velha tática de tentar abalar a
candidatura petista com a velha tática dos dossiês.
Em 2006, no célebre caso dos aloprados, transformou-se
um fato corriqueiro em eleições num escândalo monumental,
potencializado em fotos e imagens captados de forma tal que um monte
de dinheiro parecia uma montanha de dinheiro. Com a inestimável
contribuição do Jornal Nacional, a eleição foi para o 2º. turno, onde
(reduzido o “escândalo” à sua devida dimensão), o tucano Geraldo
Alckmin conseguiu a proeza de ter votação inferior à obtida no 1º.
turno. Foi massacrado por Lula.
Em 2010, o modus operandi é o mesmo: um dossiê
supostamente preparado para atacar Serra, desta vez envolvendo
vazamento de dados da Receita Federal.
Genial: em 2006, Lula estava na frente e o dossiê só
atrapalhou. Em 2010, Dilma está disparada na frente e só ela tem a
perder com um dossiê.
E quem tem a ganhar? Elementar, meu caro Watson, como
diria o velho Sherlock Holmes.
A busca desesperada por um escândalo produz situações
de anedota. Na terça-feira à noite, começou a circular pela internet
de que a filha de Serra teve seu sigilo fiscal quebrado ilegalmente
nos arquivos da Receita Federal. Foi o suficiente para que Serra
atacasse Dilma e o PT numa entrevista ao Jornal da Globo. E para que a
Folha de São Paulo, outrora respeitável jornalão paulista, estampasse
a denuncia em manchete de capa.
E o restante da midia seguindo na mesma troada e trovoada, sem que ainda haja o mais remoto indício de que tem o dedo do PT e de Dilma nessa sujeira. E partiu do ex-equilibrado Serra a acusação sem rodeios à Dilma, talvez imaginando nisso a sua tábua da salvação.
E ainda tem gente que acha que precisa liberar os
humoristas para ridicularizarem os candidatos. Às vezes, eles mesmos
se ridicularizam.
Vem mais por aí.





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