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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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TROPA DO POVO X TROPA DE ELITE


Perdeu, Rede Globo

Perdeu, Folha

Perdeu, Estadão

Perdeu, Veja

A verdade venceu a mentira.

Agora é Dilma, presidente

Domingo de decisão


Chega ao final neste domingo uma das mais acirradas eleições presidenciais desde a redemocratização do Brasil, no final da década de 80 do século passado.

As pesquisas divulgadas por institutos como o DataFolha, Ibope, Vox Populi e Sensus apontam uma vantagem média de 12 pontos em favor da candidata do PT, Dilma Roussef, sobre o candidato do PSDB, José Serra.

A folga aparente, que poderá se confirmar ou não quando as urnas forem abertas, não reflete a realidade de uma eleição em que as propostas de governo e as discussões sobre os destinos do país nos últimos quatro anos foram colocadas em segundo plano.

Esses temas, de extrema importância, deram lugar a questões que envolvem questões morais e/ou religiosas, como o aborto e a crença em Deus. Importantes, sim, mas que não deveriam ocupar o foco do debate, como ocupam até nos momentos que antecedem o pleito.

Nunca, em tempo algum, se viu uma campanha marcada por tantas baixarias, a maior parte delas protegida pelo manto do anonimato, com acusações sem provas e algumas aberrações que só encontraram ressonância pela prática da repetição exaustiva.

A internet serviu como força motriz para que boatos se espalhassem numa velocidade e numa proporção espantosas, tendo Dilma como a principal vítima.

Quando veio o segundo turno, a artilharia passou a ser mútua, e aí até as baixarias se equilibraram. Virou chumbo trocado, enquanto na campanha oficial, aquela em que tem que se manter um certo recato, o PT tocou no ponto mais sensível ao PSDB: a privatização.

Para compensar as estripulias de Erenice Guerra, vieram à público as estripulias de Paulo Preto.

Empatados no quesito “mui amigos` e reduzido o impacto da questão moral/religiosa, pode-se, enfim, ter ao menos uma réstia do que efetivamente este em jogo nessa eleição: a opção dos brasileiros entre os oito anos de FHC e os oito anos de Lula, o que de certa forma explica como, a despeito de tanta pancada, Dilma conseguiu abrir vantagem sobre Serra nessa reta final de campanha.

Domingo é dia de decisão.

Mas não é um Fla-Flu, um Palmeiras x Corinthians, um BA-VI ou um Itabuna x Colo Colo.

É o seu futuro, o futuro de sua cidade, de seu estado e de seu país que estão em jogo.

Um futuro que, democraticamente, seu voto vai ajudar a definir como será.

Retrato abandonado num corredor

Num de seus mais belos poemas, Carlos Drummond de Andrade, ao relembrar a cidade de sua infância, escreveu, num misto de saudade e melancolia, que Itabira era apenas um retrato amarelado na parede.

Em Itabuna, cidade que não tem entre suas virtudes preservar a memória de personagens que foram protagonistas de sua história, um de seus maiores empreendedores tornou-se um retrato abandonado num corredor obscuro.

Manoel Chaves foi um empreendedor no sentido exato da palavra. A partir de um pequeno negócio, à custa de muito trabalho e com visão de futuro, montou um império que se estendeu pelos ramos de produção, comercialização e industrialização de cacau, setor imobiliário, comércio, construção civil e telecomunicações.

Manoel Chaves, numa época em que muitos transformavam as riquezas do cacau em apartamentos de luxo em Salvador, Rio de Janeiro e na Europa, investiu na modernização de uma cidade que ele adotou como sua. Plantou prédios, lojas, indústrias e semeou desenvolvimento.

Quando ainda nem se falava em responsabilidade social, Manoel Chaves financiou através de suas empresas cursos de nível superior para funcionários e seus filhos e ofereceu-lhes condições para que pudessem melhorar de vida, apoiou artistas de muito talento e poucos recursos, manteve creches e colaborou com instituições beneficentes. Além disso, concedia aos colaboradores de suas empresas vantagens que iam além das leis trabalhistas. Tudo isso sem fazer alarde ou marketing pessoal.

Manoel Chaves é, seguramente, um dos principais personagens de Itabuna nesse seu primeiro século de vida. Se algum reconhecimento público ganhou, foi o nome de uma avenida no bairro São Caetano, que muitos ainda chamam pelo nome anterior, presidente Kennedy.

Merecia mais, muito mais.
Não o teve em vida porque sempre foi uma figura discreta, de mais ação e menos exposição.

Não o tem depois que faleceu, pela falta de memória da cidade.

Gente como Manoel Chaves, e também Firmino Alves, José Soares Pinheiro, JJ Seabra e outros personagens marcantes de Itabuna, deveriam merecer bustos em praças públicas, darem nome a escolas e serem lembrados às novas gerações como exemplos para uma cidade que, a despeito de todas as crises por que passou e passa, é capaz de se redescobrir e dar a volta por cima, justamente por conta dessa chama empreendedora, dessa força atávica de superar desafios.

Uma chama que Manoel Chaves simbolizou como poucos.

Manoel Chaves não merece ser apenas um retrato amarelado na parede da memória itabunense.

E, menos ainda, ser um retrato abandonado num corredor de um dos prédios que ele construiu como mostra a foto que ilustra esse texto.

DEPOIS DO LULA LÁ, A DILMA LÁ

A Princesinha do Tráfico

O título desse texto, além de descambar para o mau gosto, é um
aparente despropósito, porque subverte a lógica de que princesinhas,
ao menos as dos contos de fadas que embalaram gerações de crianças e
adolescentes, são mocinhas do bem, que nas estórias edulcolaradas
sempre encontram um príncipe encantado para o beijo romântico e o
final feliz para sempre.

O problema é que nestes tempos em que fadas dão lugar às bruxarias
reais, princesinhas, ou melhor, adolescentes ainda na fase dos sonhos
e das descobertas, trombam com a dura realidade.

Entre os tantos casos verificados em Itabuna ao longo do mês, retrato
de uma realidade nacional, chamou a atenção de uma menina de 15 anos,
detida pela polícia no bairro Santo Antonio, na periferia da cidade.

Em poder da adolescente, a polícia apreendeu quatro quilos e meio de
pasta base de cocaína, um quilo de crack, duas pistolas três
revólveres. A droga renderia ao seu dono, que evidentemente não é a
menina, cerca de 100 mil reais.

O que a menina provavelmente estava fazendo é o que centenas, talvez
milhares de criancinhas e adolescentes, acabam fazendo: serem usadas
como escudo pelo tráfico de drogas e de armas?

Afinal, que vai desconfiar que uma garota de 15 anos esconda em casa
uma quantia considerável de drogas e um pequeno arsenal?

Pois a polícia descobriu que escondia, como as estatísticas descobrem
e revelam que cada vez mais nossos adolescentes não apenas estão
mergulhando no uso de drogas, como também habitando o pântano do
tráfico, que muitas vezes é um caminho sem volta.

A violência, em todos os seus níveis e a droga em especial, acabam
roubando a infância de meninos e meninas que deveriam estar sonhando
com o futuro, recebendo carinho, atenção e uma educação de qualidade,
mas que, muitas vezes por absoluta falta de opções, orientação e
estruturação familiar, acabam levadas precocemente para a
criminalidade.

Nessa história, não há beijo que transforme sapo em princípe.

Há sim, monstros sempre à espreita para devora-las,
protegidos pelo fantasma da omissão de quem deveria deveria zelar e
não zela por essas crianças e adolescentes.

Dilma quer ´energia baiana´ na reta final


Emocionada com a recepção de cerca de 15 mil pessoas que lotaram a praça Rio Branco, em Vitória da Conquista, onde participou de um comício na noite de terça-feira (26), a candidata a presidente da República Dilma Roussef traçou um paralelo entre os projetos políticos em disputa na eleição: “Diante da urna no dia 31, estará em nossa cabeça a conquista desses oito anos do governo Lula e os quatro anos do governo Wagner. Nós queremos um país onde os homens e as mulheres sejam tratados como seres humanos e não como números frios de estatística”.

“Estou imensamente comovida – continuou Dilma – de estar aqui nesta praça e acho isso simbólico por conta do belo nome desta cidade, Vitória da Conquista. Nosso compromisso é o de melhorar ainda mais a vida do nosso povo, não é melhorar apenas a economia. Nós conseguimos tirar 28 milhões de pessoas da miséria, isso equivale a duas vezes a população do Chile, e agora assumimos o compromisso de tirar todos os brasileiros da linha da pobreza absoluta”, afirmou Dilma.

Ao falar do governo Lula, ela perguntou: “Quem vocês acham que representa a continuidade do maior governo que esse pais já teve?” E respondeu: ‘sou eu e não o meu adversário que chamou o Bolsa Família de bolsa esmola”. Dilma lembrou também da mobilidade das classes sociais, com mais de 30 milhões de cidadãos ascendendo à classe média, e disse que governará para todos os brasileiros e não para uma minoria privilegiada.

A candidata disse que “quando Lula se elegeu presidente, ele disse que não poderia errar, porque se errasse iriam dizer que os trabalhadores não sabem governar. E Lula se tornou o melhor presidente da história do Brasil”. “Eu também digo que não posso errar, porque se errar vão dizer que as mulheres não sabem governar. E as mulheres sabem governar, sim”, ressaltou.

Dilma encerrou seu pronunciamento dizendo que nessa reta final da campanha, quer levar ‘essa energia contagiante dos baianos, na arrancada para a vitória’. “Se Deus permitir e com o apoio dos baianos e de todos os brasileiros, serei eleita a primeira mulher presidente do Brasil”, disse.

Antes do pronunciamento da candidata, Jaques Wagner falou que a vitória de Dilma “é a garantia dos avanços sociais e econômicos da Bahia e que ela é a pessoa mais preparada para governar o Brasil e dar seqüência ao trabalho de Lula” e disse que estava diante da “maior manifestação política dos últimos tempos em Conquista”.

Essa terra ainda vai tornar-se um imenso Pau Brasil?


Na sexta-feira, dia 22 de outubro, centenas de produtores rurais bloquearam um trecho da rodovia BR 101, nas proximidades de Buerarema, no Sul da Bahia. A manifestação foi um protesto contra as cada vez mais freqüentes invasões de fazendas cometidas pelos índios tupinambás.

Para justificar as invasões, os indígenas, utilizam como uma espécie de salvo conduto um relatório elaborado por técnicos da Fundação Nacional do Índio, que reconhece como patrimônio tupinambá uma extensa área de 43 mil hectares, abrangendo os municípios de Ilhéus/Olivença, Una e Buerarema.

O relatório é passível de contestação e a demarcação ainda demanda um longo caminho, mas foi o estopim para que pequenas propriedades rurais, ocupadas por agricultores familiares há várias gerações, sejam invadidas, saqueadas, destruídas, com os moradores expulsos das terras que lhes garantem o sustento.

Há que se frisar que não existem grandes proprietários na área em litígio, composta majoritariamente de pequenas propriedades tocadas por agricultores familiares. Gente que, ao longo de séculos, foi tão espoliada e excluída quanto as diversas nações indígenas que habitavam o Sul da Bahia.

Os indígenas devem ter, sim, seus direitos resgatados e uma área onde possam resgatar suas tradições e viver com dignidade. Mas, em nome da justiça com os tupinambás, não se pode cometer uma injustiça com milhares de agricultores familiares.

Diálogo e bom senso são fundamentais numa situação como essa, onde ambos os lados tem suas razões.

E diálogo e bom senso são justamente o que estão faltando.

No sábado, dia 23, o pataxó hã hã hãe José Jesus da Silva, o Zé da Gata, foi assassinado na estrada que liga Pau Brasil a Itaju do Colônia, numa área que há três décadas os índios tentam obter na Justiça, como parte da reserva Paraguassu-Caramurú.

Típico crime de mando: o pataxó foi emboscado e atingindo por um disparo feito por um pistoleiro na carona de uma moto.

José Jesus da Silva é o 20º. pataxó assassinado nesta disputa sangrenta e sem tréguas, que em abril de 1997, produziu um mártir: o índio Galdino de Jesus, que foi queimado vivo por adolescentes de classe média de Brasília, onde estava para tentar agilizar a decisão do Ministério da Justiça sobre a posse da reserva.

O Sul da Bahia não pode ser tornar um imenso Pau Brasil.

Mas que corre esse risco, corre…

LEAIUTE GANHA O GRAN PRIX COM DONA ENEDINA


A Leiaute Propaganda conquistou o Grand Prix nas categorias Televisão e Jornal do Bahia Recall, da Rede Bahia, que premiou os destaques da publicidade baiana.

Na categoria televisão, o prêmio foi para os vetês para a comunicação do Governo da Bahia nas áreas de educação, abastecimento de água e energia elétrica.

Um das estrelas da campanha premiada foi dona Enedina, a ilheense de 100 anos alfabetizada pelo TOPA e que ganhou destaque em todo o Brasil.

Nossos parabéns à Leiaute, porque o depoimento é belíssimo, e a dona Enedina, essa espetacular figura humana.

Bolinha de papel. Que papelão!


Nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1990, num jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, o goleiro Rojas protagonizou uma cena comovente: atingido por um rojão, ele caiu no gramado, o rosto manchado de sangue.

Uma agressão covarde, que poderia custar ao Brasil a suspensão da participação no Mundial.

E era justamente essa a intenção de Rojas, protagonista daquilo que se revelaria uma grande farsa.

O goleiro já começou o jogo com um pedaço de estilete preso a uma das luvas. Quando o fogo de artifício explodiu ao seu lado, ele viu ali a chance da encenação. Atirou-se no gramado, provocou o corte no próprio rosto e saiu-se melhor do papel de ator do que do goleiro de parcos recursos técnicos.

As imagens captadas pelas câmeras de televisão logo comprovaram a armação.

Rojas foi banido do futebol e o Chile afastado por um longo período das competições internacionais.

O ´caso Rojas` está sendo lembrado agora, diante da falta de originalidade dos nossos políticos.

A “agressão” (é entre aspas mesmo) cometida por militantes do PT contra José Serra durante um evento da campanha no Rio de Janeiro demonstra que não há limites quando o poder está em jogo.

Ao ser abordado por um grupo de petistas e atingido por um objeto, Serra simulou uma expressão de dor, como se tivesse levado uma violenta pancada na cabeça e imediatamente dirigiu-se a um hospital, onde passou por uma tomografia.

Pronto, estava consumada a covardia dos petistas contra Serra, prato cheio para os telejornais da noite, especialmente a Rede Globo, que cumpriu galhardamente a parte que lhe tocava e reverberou a versão demo-tucana.

A armação (existe outro nome?) não resistiu ao dia seguinte. As tevês Record e SBT, que cobriam a atividade de Serra, mostraram imagens revelando, de forma inquestionável, que o candidato foi atingido por uma bolina de papel, dessas que não provocam nem cócegas.

E mais, mostraram que entre a “agressão” e a reação de dor se passaram cerca de 20 minutos, tempo mais do que suficiente para que algum assessor vislumbrasse ali um factóide capaz de atingir Dilma Roussef.

Serra chegou a usar a “agressão” no seu programa de televisão, revelando o nível de desespero a que chegou sua campanha. No programa de Dilma, a farsa foi esclarecida prontamente.

Depois da bolinha, a Folha e a Globo descobriram algo que se parece com um rolinho de fita adesiva atingindo a cabeça de Serra. Algo que nem um perito experimentado e recursos de computador permitem identificar. Ainda assim, nada que fizesse levar alguém ao hospital e provocar tamanho estardalhaço.

José Serra, com a trajetória que tem na vida pública, poderia ter se poupado do ridículo, sem correr o risco de sair da eleição como um Rojas da política.

FALTOU O TIRA TEIMA


É preciso ter estômago de avestruz para assistir ao Jornal Nacional sem sentir ânsia de vômito.

A edição desta quinta-feira foi mais um primor do padrão Globo de jornalismo demo-tucano.

No primeiro bloco, uma reportagem de quase oito minutos sobre a quebra do sigilo fiscal de tucanos, tentando de todo jeito envolver Dilma e o PT naquilo que foi uma disputa entre Serra e Aécio Neves, com golpes abaixo da linha da cintura.

No último bloco, mais cinco minutos sobre a suposta agressão a Serra, com direito até a um perito pra definir se ele foi atingido por uma bolinha de papel ou um rolo de fita adesiva, como se um ou outro fossem capazes de provocar ferimentos graves.

Só faltaram botar o tira-teima para medir a velocidade da bolinha de papel e da fita adesiva e entrar o Galvão dizendo que o Serrrrrrrrrrrrra foi agrrrrrrrrrrrredido, com todos os erres que tem direito. Só não foi mais ridículo porque eles sabem o que estão fazendo e o que querem: atingir a candidatura de Dilma.

No meio disso tudo, bem escondida, aquela que era a grande notícia do dia: o desemprego caiu ao menor nível dos últimos anos e a renda média do trabalhador é recorde.

Depois essa gente tem tremeliques quando se fala em controle dos veículos de comunicação.





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