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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 22/out/2010 . 11:32

Bolinha de papel. Que papelão!


Nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1990, num jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, o goleiro Rojas protagonizou uma cena comovente: atingido por um rojão, ele caiu no gramado, o rosto manchado de sangue.

Uma agressão covarde, que poderia custar ao Brasil a suspensão da participação no Mundial.

E era justamente essa a intenção de Rojas, protagonista daquilo que se revelaria uma grande farsa.

O goleiro já começou o jogo com um pedaço de estilete preso a uma das luvas. Quando o fogo de artifício explodiu ao seu lado, ele viu ali a chance da encenação. Atirou-se no gramado, provocou o corte no próprio rosto e saiu-se melhor do papel de ator do que do goleiro de parcos recursos técnicos.

As imagens captadas pelas câmeras de televisão logo comprovaram a armação.

Rojas foi banido do futebol e o Chile afastado por um longo período das competições internacionais.

O ´caso Rojas` está sendo lembrado agora, diante da falta de originalidade dos nossos políticos.

A “agressão” (é entre aspas mesmo) cometida por militantes do PT contra José Serra durante um evento da campanha no Rio de Janeiro demonstra que não há limites quando o poder está em jogo.

Ao ser abordado por um grupo de petistas e atingido por um objeto, Serra simulou uma expressão de dor, como se tivesse levado uma violenta pancada na cabeça e imediatamente dirigiu-se a um hospital, onde passou por uma tomografia.

Pronto, estava consumada a covardia dos petistas contra Serra, prato cheio para os telejornais da noite, especialmente a Rede Globo, que cumpriu galhardamente a parte que lhe tocava e reverberou a versão demo-tucana.

A armação (existe outro nome?) não resistiu ao dia seguinte. As tevês Record e SBT, que cobriam a atividade de Serra, mostraram imagens revelando, de forma inquestionável, que o candidato foi atingido por uma bolina de papel, dessas que não provocam nem cócegas.

E mais, mostraram que entre a “agressão” e a reação de dor se passaram cerca de 20 minutos, tempo mais do que suficiente para que algum assessor vislumbrasse ali um factóide capaz de atingir Dilma Roussef.

Serra chegou a usar a “agressão” no seu programa de televisão, revelando o nível de desespero a que chegou sua campanha. No programa de Dilma, a farsa foi esclarecida prontamente.

Depois da bolinha, a Folha e a Globo descobriram algo que se parece com um rolinho de fita adesiva atingindo a cabeça de Serra. Algo que nem um perito experimentado e recursos de computador permitem identificar. Ainda assim, nada que fizesse levar alguém ao hospital e provocar tamanho estardalhaço.

José Serra, com a trajetória que tem na vida pública, poderia ter se poupado do ridículo, sem correr o risco de sair da eleição como um Rojas da política.





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