:: ‘O Pequenino Príncipe’
O Pequenino Príncipe
Robinson Almeida
Na vida ou na política – o novo quando repete o velho – vira o arcaico. A montagem da chapa de oposição traz de volta o mofo da política, revelando forma, método e objetivos do ex- prefeito de Salvador, postulante ao cargo de governador. É bom não se enganar.
Surpresa para alguns, traição para outros, a imposição da sua vontade na montagem da chapa tem inspiração em Maquiavel – autor do clássico “O Príncipe”. Vejamos. “A soberania se conquista através da astúcia e da traição, conserva-se através da mentira e do homicídio, perde-se pela lealdade e pela compaixão”.
Soberania, após 500 anos do texto de Maquiavel, entende-se como a articulação para a conquista do poder político da Bahia. “Astúcia e traição” foram os principais atributos do enredo criado pra montar uma chapa de comando monárquico, com exclusão de aliados recentes e históricos, humilhação de lideranças e concentração do poder de decisão exclusivo no candidato.
A renúncia do então candidato a senador para trocá-lo pelo próprio filho gerou rumores de intervenção para remoçar a chapa. Ainda mais pelo fato de que os alegados problemas de saúde não foram suficientes pra impedir a candidatura a deputado federal do renunciante. Na escolha do candidato a senador, o ardil usado gerou dúvidas, inexistentes na decisão da vice.
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