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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Manoel Malheiros Tourinho’

Ceplac e Embrapa: afogamento e mortes anunciadas

ceplac

Manoel Moacir Costa Macêdo*; Itatelino de Oliveira Leite Júnior** & Manoel Malheiros Tourinho***

 

 

A história como ciência carrega entre outros, dois relevantes fundamentos metodológicos. O primeiro é o registro, o segundo o movimento. Vieses existem em ambos, pela abstração dos vencedores e inconstância da temporalidade. Fraquezas aceitas com ressalvas no método histórico. Em menos de um ano, o circuito da região cacaueira da Bahia, berço do ciclo virtuoso do cacau e das contradições dos monocultivos, aplaudiu e até acreditou na notícia: “A Embrapa e a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) assinaram um acordo de cooperação técnica para implantação de uma Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi), com sede no Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec/Ceplac), em Ilhéus (BA). A Umipi Cacau vai centralizar os estudos científicos nessa área, abrangendo também os estados de Pará e Rondônia. O objetivo é fortalecer as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em prol da cadeia produtiva de cacau no Brasil, o que envolve ainda a criação de um portfólio para garantir os trabalhos em parceria já existentes e incentivar a formação de novos projetos voltados à essa cultura”.

 

 

Pelo olhar pouco atento à história das organizações e os ciclos dos monocultivos no Brasil, a nota embriagou os otimistas. O encontro tardio, entre duas organizações com histórias de sucesso, animou o moribundo ambiente da cacaiucultura e em particular o entorno da CEPLAC. Com realismo, experiência e sinceridade dois dos autores, um oriundo da EMBRAPA e outro da CEPLAC, no artigo de opinião “Abraços de afogados” comentaram a proposta patrocinada pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA e CEPLAC, que entre outras considerações escreveram: “[…] os atores formais desse arranjo organizacional, apresentaram propósitos ambiciosos e desprovidos de referenciais programáticos no âmbito das partes, na sua operabilidade para prospectar os propósitos […]”. Com pesar e respeito aos próprios sentimentos de uma longa vida nessas organizações, concluíram que “[…] sem um efetivo diagnóstico organizacional para identificar as ameaças e falhas, a “boia salva-vidas” atirada ao mar para resgatar dois moribundos, não vai salvá-los. Um agonizando e o outro está deveras enfermo. Se a boia estiver furada, só resta o abraço dos afogados”.

 

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EMBRAPA e CEPLAC: abraço de afogados

ceplac

Manoel Moacir Costa Macêdo e Manoel Malheiros Tourinho

 

As organizações são estruturas criadas para alcançarem objetivos específicos como partes de processos institucionais existentes no mundo contemporâneo. Elas estão presentes em qualquer sociedade e espécies de governança, sistemas, formas e regimes de governo: capitalista, socialista, monarquia, oligarquia, aristocracia, democracia, ditadura, parlamentarismo e presidencialismo. As nações têm fábricas, lojas, hospitais, quartéis, escolas, centros de pesquisa, entre outras organizações que fazem a vida existir. As organizações modernas se movem segundo os ambientes, recursos, estruturas, objetivos e processos de gestão. Não são apenas estruturas físicas, a exemplo de prédios e equipamentos, ao contrário, abrigam ativos relevantes: pessoas, visões, missões, tecnologias, história, além da integridade moral e ética.

 

Teorias acreditadas pela ciência permitem analisar as organizações complexas sob várias perspectivas. A mais completa procura entendê-las à luz da teoria de sistemas, compreender as organizações como um arranjo sóciotécnico: universidades e centros de pesquisa são parte dos sistemas sociotécnicos de ciência e educação, como a CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira e a EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Elas não operam em circuitos fechados e imunes às influências do ambiente externo. Ao contrário, estão abertas à capilaridade entre os de fora e os de dentro. Em alguns casos essa é a essência das estruturas, das tecnologias e dos seus papéis, a exemplo das organizações de saúde em tempo de pandemia. As organizações não operam no vácuo social, mas em condições de “conflitos” de variada natureza. O reducionismo das suas funções, é um artifício, tal qual o axioma da química, as “CNTP – Condições Normais de Temperatura e Pressão” e o “Ceteris paribus” da economia, onde “tudo mais permanece constante”, exceto as herméticas variáveis em análise. Ambos são recursos metodológicos, vez que no mundo real “tudo está em movimento e tudo interfere em tudo”.

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