:: ‘Embrapa’
Novo contrato de cooperação técnica reforça parceria entre Biofábrica e Embrapa
Após uma visita técnica, realizada por pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura no mês de março, em que foram avaliadas as condições de desenvolvimento de novas variedades de mandioca no Instituto Biofábrica da Bahia, foi assinada uma carta/proposta para um novo contrato de Cooperação Técnica entre as duas instituições. O novo documento amplia a parceria histórica, reforçando o desenvolvimento de mudas de alto padrão fornecidas pela Biofábrica a partir das pesquisas da Embrapa.
A Biofábrica é um dos principais parceiros na Rede Reniva, atuando em estreita relação com o Programa de Melhoramento Genético de mandioca da Embrapa Mandioca e Fruticultura desde 2012. O novo contrato de cooperação técnica e financeira tem o objetivo de avançar nos conhecimentos relacionados à produção de mudas com garantia de identidade genética e sanidade vegetal, por meio de experimentações e validações agronômicas.
Inscrições abertas para Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro
As inscrições para participar do Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro – SSAF-Cacau estão abertas. O evento será realizado em Ilhéus, na Bahia, entre os dias 30 de novembro e 1° de dezembro de 2022, de forma presencial. O SSAF-Cacau é realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), e a Cooperação Brasil-Alemanha para o desenvolvimento sustentável (GIZ).
O objetivo desse Simpósio é promover a troca de experiências e conhecimentos sobre os aspectos tecnológicos e de sustentabilidade (econômica, social e ambiental) de sistemas agroflorestais com cacaueiro, como modelo de agricultura sustentável recomendado para esse cultivo.
Com entrada gratuita, 200 participantes, entre produtores, pesquisadores, professores das ciências agrárias e ambientais, profissionais ligados a todos os segmentos da cadeia produtiva do cacau e alunos de pós-graduação poderão inscrever-se no site oficial do evento. O Simpósio também será transmitido ao vivo na data.
A realização desse evento conta com a participação de vários parceiros: Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais – SBSAF, Associação das Indústrias Processadoras de Cacau – AIPC, Centro de Inovação do Cacau – CIC, Cocoa Action Brasil, Embrapa, UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) e UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz), além de renomados palestrantes especialistas no assunto de diversas instituições colaboradoras.
Ceplac e Embrapa: afogamento e mortes anunciadas
Manoel Moacir Costa Macêdo*; Itatelino de Oliveira Leite Júnior** & Manoel Malheiros Tourinho***
A história como ciência carrega entre outros, dois relevantes fundamentos metodológicos. O primeiro é o registro, o segundo o movimento. Vieses existem em ambos, pela abstração dos vencedores e inconstância da temporalidade. Fraquezas aceitas com ressalvas no método histórico. Em menos de um ano, o circuito da região cacaueira da Bahia, berço do ciclo virtuoso do cacau e das contradições dos monocultivos, aplaudiu e até acreditou na notícia: “A Embrapa e a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) assinaram um acordo de cooperação técnica para implantação de uma Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi), com sede no Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec/Ceplac), em Ilhéus (BA). A Umipi Cacau vai centralizar os estudos científicos nessa área, abrangendo também os estados de Pará e Rondônia. O objetivo é fortalecer as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em prol da cadeia produtiva de cacau no Brasil, o que envolve ainda a criação de um portfólio para garantir os trabalhos em parceria já existentes e incentivar a formação de novos projetos voltados à essa cultura”.
Pelo olhar pouco atento à história das organizações e os ciclos dos monocultivos no Brasil, a nota embriagou os otimistas. O encontro tardio, entre duas organizações com histórias de sucesso, animou o moribundo ambiente da cacaiucultura e em particular o entorno da CEPLAC. Com realismo, experiência e sinceridade dois dos autores, um oriundo da EMBRAPA e outro da CEPLAC, no artigo de opinião “Abraços de afogados” comentaram a proposta patrocinada pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA e CEPLAC, que entre outras considerações escreveram: “[…] os atores formais desse arranjo organizacional, apresentaram propósitos ambiciosos e desprovidos de referenciais programáticos no âmbito das partes, na sua operabilidade para prospectar os propósitos […]”. Com pesar e respeito aos próprios sentimentos de uma longa vida nessas organizações, concluíram que “[…] sem um efetivo diagnóstico organizacional para identificar as ameaças e falhas, a “boia salva-vidas” atirada ao mar para resgatar dois moribundos, não vai salvá-los. Um agonizando e o outro está deveras enfermo. Se a boia estiver furada, só resta o abraço dos afogados”.
Edital para inovação em fruticultura encerra as inscrições nesta quarta-feira (23)
Encerram-se, nesta quarta-feira (23), as inscrições para a chamada pública do Programa de Inovação Aberta em Fruticultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Podem participar empresas, instituições e demais agentes do setor produtivo que pretendam desenvolver soluções tecnológicas derivadas dos mecanismos de inovação aberta que estão previstos no Marco Regulatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).
Um dado interessante sobre o edital é que ele fomenta a descoberta de soluções em formato de parceria em pesquisa. Ou seja, o edital não pretende selecionar projetos prontos, mas aqueles que possam ser desenvolvidos pelos proponentes em parceria com alguma das sete Unidades da Embrapa no Nordeste que pesquisam a fruticultura tropical: Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), Embrapa Agroindústria Tropical (CE), Embrapa Alimentos e Territórios (AL), Embrapa Cocais (MA), Embrapa Meio-Norte (PI), Embrapa Semiárido (PE) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE).
EMBRAPA e CEPLAC: abraço de afogados
Manoel Moacir Costa Macêdo e Manoel Malheiros Tourinho
As organizações são estruturas criadas para alcançarem objetivos específicos como partes de processos institucionais existentes no mundo contemporâneo. Elas estão presentes em qualquer sociedade e espécies de governança, sistemas, formas e regimes de governo: capitalista, socialista, monarquia, oligarquia, aristocracia, democracia, ditadura, parlamentarismo e presidencialismo. As nações têm fábricas, lojas, hospitais, quartéis, escolas, centros de pesquisa, entre outras organizações que fazem a vida existir. As organizações modernas se movem segundo os ambientes, recursos, estruturas, objetivos e processos de gestão. Não são apenas estruturas físicas, a exemplo de prédios e equipamentos, ao contrário, abrigam ativos relevantes: pessoas, visões, missões, tecnologias, história, além da integridade moral e ética.
Teorias acreditadas pela ciência permitem analisar as organizações complexas sob várias perspectivas. A mais completa procura entendê-las à luz da teoria de sistemas, compreender as organizações como um arranjo sóciotécnico: universidades e centros de pesquisa são parte dos sistemas sociotécnicos de ciência e educação, como a CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira e a EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Elas não operam em circuitos fechados e imunes às influências do ambiente externo. Ao contrário, estão abertas à capilaridade entre os de fora e os de dentro. Em alguns casos essa é a essência das estruturas, das tecnologias e dos seus papéis, a exemplo das organizações de saúde em tempo de pandemia. As organizações não operam no vácuo social, mas em condições de “conflitos” de variada natureza. O reducionismo das suas funções, é um artifício, tal qual o axioma da química, as “CNTP – Condições Normais de Temperatura e Pressão” e o “Ceteris paribus” da economia, onde “tudo mais permanece constante”, exceto as herméticas variáveis em análise. Ambos são recursos metodológicos, vez que no mundo real “tudo está em movimento e tudo interfere em tudo”.
Com R$ 4,7 milhões em investimentos, Embrapa e Ceplac fecham parceria para fortalecer cacauicultura
A Unidade Mista de Pesquisa e Inovação em Cacauicultura (UMIPI-CACAU) foi oficialmente anunciada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Com sede em Ilhéus, o projeto é resultado de cooperação entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
O presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti, mencionou que desde 2012 a empresa trabalha com unidades mistas de pesquisa – conceito originalmente francês – e demostrou satisfação diante da colaboração entre as entidades.
“É uma grande satisfação estar de mãos dadas com a Ceplac nesse momento. Eu não tenho dúvidas de que essa é uma maneira inovadora, criativa e moderna de avanço em temas para pesquisa, desenvolvimento e inovação na agricultura brasileira”, afirmou.
Moretti, que revelou no evento de lançamento que quando era estudante imaginou um dia trabalhar na Ceplac, declarou que a aliança entre as empresas será uma grande oportunidade para compartilhar recursos humanos, infraestrutura e conhecimento, visando a contribuição para o desenvolvimento competitivo e sustentável da cacauicultura brasileira.
Embrapa e Ceplac criam unidade mista de pesquisa de cacau em Ilhéus
(Dinheiro Rural)- A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) assinaram acordo de cooperação técnica para instalação de uma Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi), com sede no Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec/Ceplac), em Ilhéus (BA). A Umipi Cacau vai centralizar os estudos científicos nessa área, abrangendo também os Estados do Pará e Rondônia.
A expectativa da Embrapa e da Ceplac é que a nova Umipi contribua com soluções tecnológicas para impulsionar a produção de cacau no País. O Brasil, que já foi o segundo maior produtor mundial de cacau, figura atualmente na sétima posição no mercado mundial. Grande parte dessa queda se deve à incidência, do fungo Moniliophtora perniciosa, causador da doença conhecida como vassoura-de-bruxa, na região cacaueira da Bahia.
O coordenador-geral de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Ceplac, Manfred Müller, disse no comunicado que essa doença levou a uma derrocada drástica da produção brasileira de cacau, de 450 mil toneladas na década de 1980 para cerca de 240 mil em 2019, de acordo com dados do IBGE. “A Bahia, severamente afetada pela vassoura-de-bruxa, não se recuperou até hoje e, atualmente, é a segunda maior região produtora em nível nacional, com cerca de 110 mil toneladas, atrás do Pará, que produz aproximadamente 111 mil toneladas.” Depois, vem Espírito Santo, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Governo Federal tira extensão rural e ´limita` Ceplac a pesquisa e inovação
Decreto foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro
Um decreto publicado no Diario Oficial da União de hoje e assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, e pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina Correa da Costa Dias (Agricultura), a Altera a estrutura regimental e os cargos em comissão e das funções de confiança do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O decreto atinge diretamente a Ceplac, que a partir de agora passa a propor e implementar planos, programas, projetos, ações e atividades de pesquisa e inovação referentes ao desenvolvimento da lavoura cacaueira; participar de negociações e propor a celebração de contratos, convênios, acordos, ajustes em articulação com as demais unidades do Ministério. As atividades de pesquisa deverão ser feitas através de parcerias com a Emprapa, Universidade Federal do Sul da Bahia (que ocupa uma ala no Centro de Pesquisas do Cacau), Universidade Estadual de Santa Cruz, que abriga o Centro de Inovação do Cacau-CIC, um braço do Parque Tecnológico do Sul da Bahia, o PCTSul, que teve a Ceplac como uma das indutoras do projeto, e outras instituições.
Também caberá à Ceplac administrar os recursos provenientes do Fundo Geral do Cacau; e orientar e coordenar as atividades relacionadas às Superintendências Regionais de Desenvolvimento da Lavoura Cacaueira.
O decreto praticamente elimina a Ceplac da extensão rural, que foi uma das marcas da instituição ao longo de quase seis décadas. A extensão deverá ser feita por órgãos como o Senar, Bahiater, Setaf, universidades, e instituições privadas através de convênios.
Leia a integra do decreto em
http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.253-de-20-de-fevereiro-de-2020-244585023
Seagri adota medidas para evitar doença do guaraná nas lavouras baianas
Maior produtor mundial de guaraná, a Bahia adota ações para evitar que o superbrotamento do guaranazeiro, doença já presente na Amazônia, se propague na Bahia. Com esse objetivo, entre os dias 10 e 15 de agosto, três pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, fitopatologista, geneticista e especialista em manejo da cultura, virão à Bahia, capacitar técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), ambas vinculadas à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e cooperativas da região, para combater e erradicar a doença no caso de surgimento no estado. “É indispensável que aconteça esta transferência de tecnologia, entre os especialistas da Embrapa e os técnicos na Bahia, que serão capacitados e se tornarão multiplicadores de conhecimento”, explicou o secretário da Agricultura.
Essa decisão foi tomada durante reunião do secretário Estadual da Agricultura, Jairo Carneiro, com a Câmara Setorial do Guaraná, realizada nesta quinta-feira (10), após serem identificados possíveis sinais iniciais da doença, em duas propriedades rurais do município de Taperoá.
Riqueza da terra de grande importância para a economia do estado, o guaraná é uma planta nativa da Amazônia, de Maués, que adaptou-se bem ao solo e clima do baixo sul da Bahia, onde se concentram os maiores produtores do mundo. “O baixo sul produz em média 3.200 toneladas de guaraná anualmente, cerca de 72% do que é produzido mundialmente. Os estados da região norte do Brasil, produzem em média 1.200 toneladas por ano”, assinalou o secretário executivo da Câmara Setorial do Guaraná, Gerval Teófilo.
Participaram da reunião, o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri (SDA), Antônio Almeida Júnior; o diretor de Desenvolvimento da Agricultura da SDA, Henrique Heitor; a coordenadora das câmaras setoriais, Andréa Scherer; o assessor técnico da ADAB, Raimundo Sampaio; o presidente da Cooperativa de Fomento Agrícola de Valença (Coofava), Zé Alves; o diretor administrativo da ASCOOB, Martins dos Santos e o chefe do escritório da Ebda de Valença, Diomar Pessoa.
Ceplac, Seagri e Embrapa iniciam ações para enfrentamento à Cochonilha rosada
Uma reunião na sede da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri) em Salvador, definiu ações que serão adotadas pelas instituições públicas ligadas à agricultura, para enfrentamento à praga recém identificada na Bahia, a Cochonilha rosada (Macollenicoccus hirsutus). A praga ataca centenas de espécies, mas foi registrada em cacaueiros no mês de fevereiro de 2012, em Linhares (ES). Na Bahia, foi identificada em uma plantação de cacau em Mucuri, extremo-sul da Bahia, em junho de 2013 e, em dezembro do mesmo ano, surgiu em plantações de cacau em Santo Amaro, no Recôncavo baiano.
Ações de contenção, a partir do controle biológico, introdução de predadores naturais, como uma joaninha da China, e fiscalização de transporte de plantas estão entre as medidas emergenciais que já estão sendo adotadas. Além disso, busca-se o registro, junto ao Ministério da Agricultura, de um agente de controle biológico. Também está sendo montado um experimento (ensaio) na fazenda Engenho Novo, no recôncavo, visando a validação, em campo, das estratégias de controle.
Antes dessas medidas, logo após a constatação da Cochonilha rosada nos locais citados, a Ceplac comunicou o fato ao Mapa/DSV e a Seagri/BA, visando a adoção das medidas cabíveis para a situação. O entomologista Kazuiyuki Nakayama fez um alerta interno e a Ceplac divulgou um comunicado externo e um folder direcionado a seus extensionistas, com orientações sobre a praga e indicações para manejo.