:: ‘literatura infantil’
Secretaria da Educação seleciona obras de literatura infantil para alfabetização das crianças
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia está com edital aberto, até o dia 18 de janeiro, para a seleção de 21 obras de literatura infantil de autores baianos. Os livros serão distribuídos nas escolas públicas das redes municipais e estadual de ensino da Bahia e serão utilizadas na alfabetização das crianças. A ação faz parte do programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação, que visa à melhoria da qualidade da educação pública na Bahia. As obras ilustradas devem ter ênfase na tradição das culturas populares baianas.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente por via Postal (Sedex) para a Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Coordenação do Programa Pacto pela Educação, 5ª Avenida, nº 550, Plataforma 2, sala 202, Centro Administrativo da Bahia (CAB), Salvador-BA, CEP: 41.745-000. O edital está disponível no Portal da Educação: www.educacao.ba.gov.br
As publicações serão voltadas para estudantes do ciclo de alfabetização, dos seis aos oito anos de idade. Qualquer pessoa física poderá participar, incluindo menores de 18 anos de idade, mediante autorização de representante legal, natural da Bahia ou radicado nesse Estado, há pelo menos cinco anos.
Apenas poderá ser inscrita uma única obra por autor e que deverá ser apresentada em volume único, contendo ilustrações dinâmicas e atraentes e, com revisão ortográfica dentro dos aspectos gramaticais da Língua Portuguesa. As obras de literatura infantil ilustradas serão avaliadas por uma comissão julgadora que avaliará critérios como: possibilidade de interesse do público leitor, valorização da cultura baiana, estilo autoral adequado, respeito a questões éticas e qualidade condizente à proposta pedagógica.
Premiação
Cada uma das 21 obras de literatura infantil ilustrada e selecionada será premiada com R$ 10 mil. O recebimento do prêmio pelos autores das obras fica condicionado à assinatura do Termo de Cessão Não Exclusiva de Direitos Autorais, incluído no edital.
Livros de autores baianos lançados na Flica serão usados na alfabetização de 332 mil crianças
Marias, Joãos, Pedros, Ritas e muitas Carolinas estão entre as 332 mil crianças que irão utilizar os livros de literatura infantil lançados, nesta quinta-feira (15), pelo governador em exercício João Leão e pelos secretários estaduais da Educação, Osvaldo Barreto e de Cultura, Jorge Portugal, na V Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2015). As 19 obras foram escritas por 16 autores baianos e irão contribuir para a alfabetização dos alunos das escolas públicas municipais e estaduais.
Os livros são referenciados na realidade da Bahia, com linguagem e ilustrações, que criam nas crianças uma identificação, e contribuem para o processo de ensino e de aprendizagem. Entre as obras, duas são do cartunista Antônio Luiz Ramos Cedraz, falecido em 2014 e criador da Turma do Xaxado: ‘As aventuras do padre’ e ‘ Histórias curtas – Turma do Xaxado’. A ação faz parte do Programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação, que estabelece um regime de colaboração entre Estado e Municípios, o que passa, dentre outras ações, pela distribuição de livros didáticos e formação de professores, para a melhoria da qualidade da educação pública na Bahia.
O secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, falou que a apresentação da coleção, na Flica 2015 e no Dia do Professor, é simbólica por ser um dos maiores eventos culturais do País. “A Bahia é terra de Castro Alves, de Jorge Amado e de tantos outros consagrados poetas e escritores. É uma imensa alegria lançar livros feitos por autores baianos, que falam sobre as particularidades do nosso Estado, para o uso em sala de aula. Temos certeza de que com estes livros, a leitura ganha um atrativo a mais para nossas crianças para quem estamos garantindo o direito de aprender”, afirmou, acrescentando que os mais de 700 mil livros serão distribuídos para o início do ano letivo 2016.
A escritora Janete Lainha Coelho, autora do livro ‘Traquinagem de criança’, falou sobre o uso da sua obra na alfabetização das crianças. “É um sonho realizado saber que milhares de crianças terão a oportunidade da leitura que eu e meus 16 irmãos não tivemos na infância. Eu sou a única que concluiu os estudos. Considero de maior importância contar história para as crianças com o que lhe é familiar, a nossa cultura baiana, com personagens afro descendentes, capoeiristas, sereias e baianas de acarajé”, destaca.
A jornalista Regina de Sá, que escreveu os livros ‘O farol’ e ‘Que lugar é este, bicho?’, disse que o maior deseja é ver as crianças das escolas na Bahia, especialmente, as mais carentes com os exemplares. “Cada autor fez suas obras pensando neles, exclusivamente nas crianças. Elas precisam de incentivo, de janelas, de cores, de saber. Só por meio dos livros é que podemos ampliar as chances de quem não tem horizonte. Mas é preciso, de fato, acreditar que as mudanças começam por intermédio da educação. Ler para uma criança muda nosso mundo”, afirma.
- 1











