:: ‘Jornada de Agroecologia da Bahia’

Durante a VII Jornada de Agroecologia da Bahia, que aconteceu no Quilombo Conceição de Salinas, do município de Salinas da Margarida, foi organizado um espaço de mobilização e luta em defesa da Água, Terra e Território. Nos cinco dias de evento foram realizadas assembléias, mesas temáticas, formação política, trabalho comunitário e troca de experiência com territórios do Nordeste, Sul, Sudeste, Centro Oeste e Norte.

A ampla experiência no debate e luta territorial dos participantes, tais como quilombolas, indígenas, pescadores, sem terra, pequenos agricultores, entre outros, buscou a defesa e a orientação sobre os diferentes modos de vida dos povos, com a finalidade de fortalecer a resistência e soberania popular.

Como colaborador desse evento anual, que havia sido suspenso nos últimos dois anos devido a pandemia da COVID-19, o Instituto Cabruca, através da participação do engenheiro agrônomo Tarcísio Matos Costa, realizou a  oficina Conservação e Melhoramento de Solos no dia 31 de janeiro de 2023, e ensinou aos participantes como identificar tipos de solo, taxa de absorção de água, deficiência de nutrientes e outros fatores relacionados ao bem estar do solo ligado a produção.

Com apoio e parceria da Bahiater e Teia dos Povos, o Instituto Cabruca tem alinhado ações de assistência técnica rural por meio do projeto ATERBIOMAS junto a comunidades, assentamentos, pequenos agricultores e agricultores familiares.

Com sua 1a edição no Assentamento Terra Vista a Jornada de Agroecologia chega a Bahia de Todos os Santos e acontece no território negro do quilombo de Conceição de Salinas no município litorâneo de Salinas das Margaridas distante 31 km de Salvador.. A VII edição da jornada de Agroecologia começa nesta segunda 30 de janeiro e vai até a próxima sexta feira dia 03 de fevereiro.

A programação é ampla, com o apoio dos movimentos sociais as jornadas e pré jornadas de agroecologia são organizadas pela Teia dos Povos da Bahia, ela acontece também fora do Estado em seus mais variados formatos pelas demais Teias do Brasil, a Teia dos Povos da Bahia inspirou e impulsionou a criação de várias Teias, em vários Estados do Brasil e, fora do Brasil também.

A VII Jornada de Agroecologia terá o tema transversal sobre água e território. Rodas de conversas, cirandas, plenárias, pedagógia com as crianças é parte sinequanon do processo que a Teia dos Povos não abre, discutir e influenciar na luta do povo sem tutelação.

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O Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), reafirmou seu compromisso com a transição agroecológica na agricultura familiar, durante a 5ª Jornada de Agroecologia da Bahia, realizada pela Teia de Agroecologia dos Povos. O encontro, que terminou ontem  (23), em Porto Seguro, se constituiu num  canal  de diálogo, formação, articulação política e troca de experiências.

A Jornada é um importante espaço de divulgação, debates, e reflexões sobre a agroecologia no Estado, unindo povos e saberes para a defesa irrestrita da agroecologia, enquanto um modo de vida e um instrumento para conquistar a soberania dos territórios, onde a prática e os saberes tradicionais e científicos dialogam entre si em um espaço de articulação dos povos.

Para o diretor de Inovação e Sustentabilidade da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater/SDR), Welliton Hassegawa, que participou da mesa de abertura e das discussões sobre Educação do Campo e formação em Agroecologia, o ambiente é de expectativa em torno dos modos diferenciados de vida no ambiente da agroecologia, da produção diferenciada e de culturas de cada bioma.

“Esperamos que ao final dessa jornada tenhamos avançado em temas como educação no campo, educação para agroecologia e políticas públicas para consolidar um sistema de transição agroecológica. Que a gente saia daqui com as redes mais fortalecidas e que a Teia, a partir dessas redes, consiga articular melhor a luta de todos os povos que são representados por ela”, disse.

Durante o evento aconteceu ainda a Feira de Economia dos Povos, além de plenárias, rodas de conversa, espaço auto-organizado de mulheres, oficinas práticas, troca de sementes crioulas, mostra de filmes e atividades culturais.

Participaram da 5ª Jornada, povos indígenas, quilombolas, sem terras, estudantes, juventude, agricultoras e agricultores, pescadores e pescadoras, marisqueiras, professores e professoras, cientistas e toda população engajada na defesa da agroecologia.