:: ‘Joaquim Levy’
Terceira indústria inaugurada em 2015 gera mil empregos na Bahia
Com investimentos de € 500 milhões (cerca de R$ 2 bilhões), o Complexo Acrílico da Basf, inaugurado nesta sexta-feira (19), no Polo Industrial de Camaçari, gera cerca de mil empregos diretos e indiretos. A inauguração teve as presenças do governador Rui Costa e da presidente Dilma Rousseff.
“Um dos principais fatores para atrair investimentos para a Bahia é a determinação e a capacidade dos trabalhadores baianos. Por isso é um orgulho cumprimentar os atuais e novos trabalhadores da Basf”, destacou Rui Costa. Ele lembrou ainda os investimentos estaduais e federais em infraestrutura e logística como atrativos competitivos para viabilizar projetos como o do Complexo Acrílico da Basf.
O complexo conta com incentivos do programa de atração de investimentos do estado da Bahia, bem como da política de devolução de créditos de ICMS para a indústria petroquímica. A Basf firmou ainda um pacto no qual a Braskem – que também está instalada em Camaçari e é sua principal fornecedora de matéria-prima – se compromete a reinvestir o crédito tributário devolvido pelo Governo da Bahia na ampliação e modernização das linhas de produção.
Somente em 2015, outras três indústrias já foram inauguradas na Bahia graças ao programa de atração de investimentos do Estado, todas do segmento de energia eólica: a Torres Eólicas do Nordeste, em Jacobina, a Gamesa e a Acciona, ambas em Camaçari.
A decisão de construir o Complexo na Bahia foi tomada em maio de 2011, após uma missão internacional do governo baiano à sede da Basf, na Alemanha. A empresa alemã estima que o investimento represente saldo positivo de US$ 300 milhões a cada ano na balança comercial do Brasil – 200 milhões em redução de importações e os outros 100 milhões em exportações.
Marco
O presidente da Basf na América Latina, Ralph Schweens, definiu o novo complexo como um marco nos 150 anos da companhia, que opera no País há mais de um século. “Começamos uma nova etapa com o Complexo Acrílico. Este é o maior investimento da história da Basf no Brasil e na América do Sul e simboliza a consolidação da nossa relação com o povo baiano. Hoje se inicia uma nova era na industria química brasileira e o primeiro passo foi dado aqui na Bahia”.
Com o início da operação, a nova fábrica vai produzir matérias-primas para a indústria de fabricação de fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para tintas, tecidos e adesivos. Com capacidade para fabricar 160 mil toneladas por ano, a unidade é a primeira fábrica a produzir ácido acrílico em todo o hemisfério sul.
Também participaram do evento os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Defesa, Jaques Wagner, além dos secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, da Casa Civil, Bruno Dauster, e de Ciência e Tecnologia, Manoel Mendonça.
Governador se reúne com ministros Levy e Nelson Barbosa
O governador Rui Costa se reuniu na noite de terça-feira (9), em Brasília, com a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff para tratar de investimentos federais na Bahia, grande parte dos volumes é voltada para projetos de infraestrutura. A primeira agenda foi no Ministério do Planejamento, com o ministro Nelson Barbosa, seguida pela reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Os dois ministérios têm papel decisório na liberação de recursos.
De acordo com o governador, as agendas possibilitaram apresentações de projetos estruturantes dos quais a Bahia não abre mão. “Mostramos aos ministros a necessidade de tomada de empréstimos junto a agentes financeiros para fazermos investimentos em estradas, novos hospitais, água. Enfim, fazer os investimentos necessários para que a Bahia continue gerando emprego, cresça e possibilite qualidade de vida para seu povo”. O governo baiano pleiteia ampliar em R$2 bilhões o teto de endividamento do Estado para contrair novos empréstimos. Esta ação só pode ser tomada com o aval do Ministério da Fazenda.
Dois projetos de infraestrutura foram destacados durante as audiências: Porto de Aratu e Ferrovia Centro Atlântica (FCA). Na avaliação do governador, estes são projetos que “podem atrair investimentos da iniciativa privada”. Hoje, a FCA enfrenta problemas e o governo do Estado quer potencializar essa estrada de ferro para alavancar investimentos. “A FCA e a Fiol serão a integração do interior do nosso estado”, disse Rui.
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