:: ‘embargo’
Maduro diz que está preparado para “ameaça de embargo do petróleo”
Da Agência EFE no site da Agência Brasil.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesse domingo (4) que seu país está preparado para a “ameaça de um embargo do petróleo”, depois que os Estados Unidos e a Argentina disseram estar estudar sanções à commodity do país caribenho.
“Rex Tillerson visitando a Argentina acaba de nos ameaçar com um embargo petrolífero. Estamos preparados – Venezuela, trabalhadores da indústria petrolífera, nos ameaça o imperialismo, estamos preparados para ser livres e nada nem ninguém vai nos deter”, disse Maduro em mensagem veiculada no Facebook.
Obama pede abertura a Cuba e ´economia para todos´
(da AFP) – O presidente Barack Obama afirmou nesta nesta terça-feira (20) que os Estados Unidos superaram os anos de guerra e de dificuldades econômicas e “viraram a página” da recessão, em um discurso à Nação no qual propôs o fim do embargo a Cuba.
“Se passaram quinze anos deste novo século, quinze anos que começaram com um ataque terrorista em nossas costas que criaram duas guerras, longas e custosas, e que viram uma selvagem recessão que se expandiu pelo país e o mundo. Foi e continua sendo um tempo difícil para muitos, mas esta noite viramos esta página”.
Diante dos recentes indicadores econômicos positivos, que incluem o maior crescimento em 11 anos, um déficit decrescente, uma produção industrial a pleno vapor e condições energéticas excepcionais, os Estados Unidos “têm mais liberdade para escrever o seu futuro do que qualquer outro país da Terra”.
Ao abordar um de seus temas recorrentes, o crescente abismo entre ricos e pobres nos Estados Unidos, Obama desafiou os legisladores: “Aceitaremos uma economia onde apenas alguns poucos de nós vão espetacularmente bem? Ou vamos nos comprometer com uma economia que gera renda e oportunidades crescentes para todos que se esforçam”?
“O veredicto é claro: a economia para as classes médias funciona”, assinalou o presidente.
Obama propôs aumentar a carga tributária sobre os mais ricos, assinalando que no prazo de duas semanas enviará ao Congresso mais detalhes sobre este plano.
Diante de um Congresso dominado por seus adversários republicanos, Obama apresentou suas prioridades para investir os frutos da recuperação econômica: facilitar o acesso à propriedade, melhorar o acesso à internet de alta velocidade e a gratuidade dos “community colleges”, centros universitários de formação de curta duração.
O presidente americano destacou que os partidos Democrata e Republicano devem trabalhar trabalhar juntos para resolver alguns problemas do país, evitando a paralisia do Congresso.
Em outro trecho do discurso, Obama disse que o Congresso deve trabalhar em 2015 em iniciativas para acabar com o embargo econômico a Cuba, visando o fim de “um legado de desconfiança em nosso hemisfério”.
Ao adotar uma nova abordagem em nossas relações com Cuba, “estamos acabando com uma política que deveria ter terminado há muito tempo”. “Quando alguém faz algo que não funciona durante cinquenta anos, chega a hora de testar algo novo”.
Obama recordou que o Papa Francisco lhe disse que a diplomacia é um trabalho de “pequenos passos”. “Estes pequenos passos estão se somando para dar uma nova esperança ao futuro de Cuba”.
O empreiteiro americano Alan Gross, que passou cinco anos em uma prisão cubana por “atentados à segurança do Estado” e foi libertado em dezembro, mereceu uma saudação especial de Obama.
“Após passar anos na prisão, o fato de que Alan Gross esteja novamente entre nós nos enche de alegria: bem-vindo à casa, Alan”, disse Obama a Gross, um dos convidados de honra da cerimônia.
A história se repete: o racional vencerá?
Mohammad Ali Ghanezadeh Ezabadi*
As primeiras sanções contra o Irã na época contemporânea foi o embargo dos britânicos, em resposta à eleição do Dr. Mohammad Mossadegh, quem realizou a naciolalização da indústria do petróleo.
Com a vitória do Mossadegh, o governo britânico iniciou uma série de operações de intimidações e ameaças, bem como a colocação dos seus navios de guerra para as proximidades das costeiras iranianas.
O passo seguinte foi o bloqueio das reservas iranianas na Inglaterra. Simultaneamente, foram desencadeados dentro do país atos prejudiciais à economia e contra o movimento de nacionalização do petróleo, com a ajuda dos seus apoiadores. No exterior, começaram as publicidades com a finalidade de denegrir a imagem do país junto a comunidade internacional e outros Estados.
Os ingleses para se mostrarem injustiçados no processo de nacionalização, recorreram as intâncias internacionais como o Tribunal Internacional de Justiça e ao Conselho de Segurança.
Em 1951, foi apresentado ao Conselho de Segurança, com o apoio dos americanos e franceses, uma proposta de resolução cujo motivo era a ameaça à paz e a segurança internacional.
Naturalmente surgem questionamentos, “Será que a nacionalização da indústria de petróleo do Irã era um risco contra a paz e a segurança do mundo? Ou é um ato contra interesses dos países poderosos? Arriscar os interesses coloniais de um país, é um assunto a ser tratado no Conselho de Segurança?
Em 1952, o Tribunal de Haia sentenciou a favor do Irã no processo de nacionalização da indústria de petróleo.
Esse processo foi um golpe fatal às políticas do governo britânico. Temendo o alastramento do modelo iraniano para outros países petroleiros, foi decidido impor outras medidas, como criar problemas econômicos e inflacionários, o aumento de preços para provocar a insatisfação popular e debilitar o país economicamente.
A Inglaterra, advertiu todos os compradores do petróleo bruto a não negociarem com o Irã. O Dr. Mossadegh como primeiro-ministro naquela época, tomou a política de venda preferencial do petróleo para neutralizar a conspiração britânica. Mesmo com o preço do petróleo mais baixo, a sua política gerou um rendimento dobrado do que o país ganhava com a companhia de petróleo inglesa. Paralelamente, ele implementou uma política bem sucedida de austeridade econômica para amenizar o boicote britânico que se baseava contra a dependência da economia ao petróleo.
O Reino Unido e os Estados Unidos se aliaram contra o governo do Dr. Mohammad Mossadegh. Os americanos, com a desculpa de combate ao comunismo planejaram a derrubada de Mossadegh e o seu partido “o povo”, e o retorno de Xa Pavlavi. O Golpe de 19 de agosto de 1953 e o colapso de Mossadegh, primeiro-ministro do Irã, foi a primeira experiência da CIA para derrubar um governo.
O Golpe de estado não podia se camuflar pela carta da ONU ou por outras desculpas diplomáticas. Eles não conseguiram calar o clamor do povo pela independêcia da indústria petrolífera. O país se tornou pioneiro de um movimento no mundo em desenvolvimento que defendia a sua soberania sobre as suas riquezas.
A aplicação de novas sanções dos países ocidentais no atual momento, lembra os episódios da década de 50, com o tema diferente mas com o mesmo objetivo.
Mais uma vez, a padronização do modelo iraniano se tornou uma preocupação para os países ocidentais.
É inquestionável as conquistas iranianas no campo de tecnologias nucleares para fins pacíficos. O país se disponibiliza mostrar total transparência, enfatizando no seu direito de possuir esta tecnologia, e a não utilização para fins militares.
Agora, qual é a solução?
A realização de recente eleição presidencial na República Islâmica do Irã e a vitória do Dr. Hassan Rohani, como o novo Presidente, a sua abordagem e o modo moderado, coloca uma oportunidade para o Ocidente na mudança da seu atitude e substituir o confronto pelo modelo de engajamento construtivo. Será que o Ocidente mudará o seu comportamento?
Espero que sim.
*Mohammad Ali Ghanezadeh Ezabadi é Embaixador do Irã no Brasil
EUA impõe veto na ONU e mantém bloqueio a Cuba
Mesmo com a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) de suspender o embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, disse que o governo manterá a medida em vigor. Desde 1962, Cuba é submetida às restrições por parte dos Estados Unidos. Na terça-feira (13), 188 países defenderam o fim do embargo, inclusive a delegação do Brasil. “Nossa política continua em vigor. Nossa política está focada em criar melhores laços com o povo de Cuba”, disse o porta-voz. “[O governo norte-americano] não vai mudar a política em relação ao país”.
A resolução da ONU, que recomenda o fim do embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba, foi aprovada por 188 votos a favor, 3 contra ( Estados Unidos, Israel e a República de Palau) e 2 abstenções (Ilhas Marshall e Micronésia). Há 21 anos, a instituição condena a medida. Durante a sessão, representantes de vários países manifestaram-se. Recentemente, no Peru, a presidente Dilma Rousseff criticou o embargo e defendeu o fim das restrições. De acordo com estimativas de Cuba, o embargo imposto em fevereiro de 1962, tem causado prejuízos para a economia acima de US$ 1 trilhão, tanto econômicos quanto sociais.
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