:: ‘chuvas’
Estado de emergência em Ilheus
O prefeito Jabes Ribeiro, decretou na tarde desta quinta-feira, situação de emergência no município, como forma de facilitar as ações para atender às vítimas e a adoção de medidas para corrigir os problemas. O prefeito também determinou a criação de uma Central de Operações no Estádio Mário Pessoa, reunindo a Defesa Civil e setores das secretarias de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e de Desenvolvimento Social (SDS), onde serão tomadas as medidas necessárias para atender as demandas que estão surgindo neste período de chuvas. Ainda não se sabe o número exato de desabrigados, porque o cadastramento está sendo feito pelas equipes técnicas.
O município também colocou à disposição da população o telefone de número 3234-3597, para que sejam repassadas informações sobre as emergências e solicitado atendimento (são aceitas ligações a cobrar). Somente nas últimas 24 horas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou uma média de 190,88 milímetros de chuva em Ilhéus, o que equivale a quase 10% da media pluviométrica prevista para todo o ano no município (2.000 milímetros). Segundo o Inmet, isto equivale a uma média de 10 milímetros de chuva por hora.
Desde as primeiras horas da manhã, o prefeito manteve diversas reuniões com equipes da Defesa Civil e com secretários municipais, adotando providências emergenciais e deslocando equipes de técnicos para todos os pontos onde foram registrados incidentes. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano está orientando as famílias para que, no caso de constatar algum risco iminente na residência ou nas proximidades, deixem o local e chamem a Defesa Civil para uma avaliação técnica do perigo.
Prefeito decreta Estado de Emergência em Itabuna
Para socorrer as famílias desabrigadas e amenizar os danos causados pelas 72 horas de chuva o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, decretou Estado de Emergência no Município. Todas as secretarias municipais foram mobilizadas para fornecer suporte a Defesa Civil. Guardas municipais, agentes de trânsito, assistentes sociais e operários da Sedur reforçam o trabalho de campo que conta com o apoio da Emasa, Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e veículos cedidos pela Ceplac.
Com as chuvas que caíram nas últimas horas, a água subiu rapidamente na madrugada desta quinta-feira causando o transbordamento do Riacho Água Branca que corta os bairros Santa Inês, São Roque e Fátima. Mais de 300 famílias ficaram desabrigadas e a maioria está sendo levada para abrigos pela Assistência Social.
A água encobriu também as pontes do São Roque, Avenida Bionor Rebouças e Irmã Creuza Vanderlei, nas proximidades do Hospital Manoel Noves. Cerca de 120 casas nos bairros São Roque, 40 na Caixa D´Água e 20 no Santa Inês foram alagadas, algumas até desmoronaram obrigando à evacuação das pessoas.
As famílias desabrigadas serão acolhidas no Estádio Luis Viana Filho e no Parque de Exposições Antônio Setenta, onde serão montados dois postos de saúde com equipe médica, agentes comunitários e equipe para vacinação. A Secretaria da Saúde mantém as quatro ambulâncias do município de plantão para transportar pacientes ou pessoas feridas de qualquer área da cidade.
Já a Secretaria da Assistência Social vai fornecer alimentação, água potável, lençóis e colchões para as famílias desabrigadas nos locais para onde foram transferidas. A Coordenação Municipal de Defesa Civil montou posto de emergência na Câmara de Vereadores com os números 8848-3488, 8849-0122 e 8854-7036 (que aceita ligações a cobrar) para atender solicitações da população
Na central de emergência a comunidade pode cooperar com a entrega de doações em alimentos, roupas, lençóis, cobertores, colchões, material de limpeza e higiene pessoal que serão fornecidos aos desabrigados. Em casa de emergência, o SAMU-192 também pode ser acionado pelo número provisório 8869-7877, já que o número da emergência 192 será transferido para a nova base e ficará, momentaneamente, inativo.
Nível do Rio Cachoeira sobre e aumentam os riscos nas regiões ribeirinhas
As chuvas não param de cair em Itabuna e o volume de água no Rio Cachoeira aumentou consideravelmente as ultimas horas. No centro da cidade, a água está a cerca de dois metros do nível da rua.
O clima é de preocupação nas áreas ribeirinhas, onde as cheias do rio já atingiram algumas casas.
A previsão do tempo indica que vai continuar chovendo no Sul da Bahia pelo menos até o próximo sábado.
Chuvas em Itabuna: ponte desaba, moradores ficam desabrigados, transito caótico no Centro
Itabuna vem sofrendo com as fortes chuvas que caem no Sul da Bahia. Na madrugada desta quarta-feira, a ponte que estava sendo construída pela prefeitura ligando o bairro Antique aos condomínios Pedro Fontes 1 e 2 foi arrastada pelas águas da chuva.
Ainda no bairro Antique, dezenas de moradores tiveram que deixar suas casas alagadas. Também há desabrigados na Bananeira, Nova Ferradas, Vila Vital e Gogó da Ema.
No centro de Itabuna, o trânsito é caótico, em função do grande numero de veículos em circulação e vários trechos de alagamento.
A Defesa Civil da Prefeitura de Itabuna foi acionada para atender os desabrigados e retirar moradores de áreas de risco.
CHUVAS EM MINAS PROVOCAM IMPACTOS NO TURISMO DE PORTO SEGURO E MOVIMENTO CAI MAIS DE 30%
As chuvas que estão causando tragédias em Minas Gerais e no Rio de Janeiro tem um efeito indireto: afetam o turismo de Porto Seguro e outras cidades da Costa do Descobrimento, destino de milhares de mineiros durante o verão. O movimento nos hotéis e barracas de praia é 30% menor do que o mesmo período do ano passado.
De acordo com o presidente da Associação dos Barraqueiros de Porto Seguro, Olacir Miola, da Barraca do Gaúcho, está havendo uma queda significativa no número de turistas freqüentando as barracas da Orla Norte, vindos dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, principalmente através de excursões. Os mineiros e cariocas começam a freqüentar as praias de Porto Seguro no final de dezembro até o Carnaval.
“Este ano as pessoas vieram em carros particulares. O poder aquisitivo desses turistas é bem maior, isso tem compensado parte das perdas, mas os mineiros sempre fazem falta em nossas praias e barracas” disse Olacir. (fonte site agezetabahia.com)
O SINAL QUE VEM DO CÉU
Um especialista nos humores do tempo fez hoje uma comparação que deve deixar as autoridades em estado de alerta.
As chuvas que tem caído com intensidade fora do normal meses de outubro, novembro e nesta primeira quinzena de dezembro repetem o roteiro de 1967, quando Itabuna viveu a pior enchente de sua história.
É óbvio que a chance de uma tragédia daquela proporção se repetir é praticamente nula, mas é quase inevitável que as regiões ribeirinhas ao Rio Cachoeira sejam afetadas.
Daí que, pra não jogar todas as fichas em São Pedro, não custa nada (ou custa pouco diante dos estragos posteriores) tomar os devidos cuidados, como a desobstrução das bocas de lobo e a limpeza das margens do Rio Cachoeira, permitindo a vazão das águas rumo ao mar ilheense.