:: ‘assassinatos de jornalistas’
Sindicatos denunciam 96 assassinatos de jornalistas em Gaza
A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), em parceria com sindicatos e organizações de defesa da liberdade de expressão de várias partes do mundo, promove nesta segunda-feira (26) o Dia Internacional de Solidariedade aos Jornalistas Palestinos para denunciar os 96 assassinatos de profissionais de imprensa palestinos desde o dia 7 de outubro de 2023.
“Este massacre é tão horrível quanto sem precedentes”, afirmou a FIJ ao justificar a mobilização em apoio aos jornalistas palestinos. “É uma tragédia terrível e injustificada. As necessidades dos nossos colegas que trabalham em Gaza tornaram-se críticas. Em pleno inverno, aos nossos irmãos e irmãs e às suas famílias falta tudo e, principalmente, o essencial: roupas, cobertores, tendas, comida, água”, completou a federação.
O conflito no Oriente Médio ainda tirou a vida de quatro jornalistas israelenses, todos mortos no ataque do Hamas do dia 7 de outubro, e mais três jornalistas libaneses. Ao todo, 103 profissionais de imprensa foram assassinados em quase cinco meses de guerra.
O Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ) calculou que, em dois anos da guerra na Ucrânia, 15 jornalistas foram assassinados no país europeu. Ainda segundo o comitê, do total de jornalistas assassinados em 2023, 75% deles estavam em Gaza.
Brasil é o 4º. país em assassinato de jornalistas
Números divulgados nesta terça-feira (2) pela ONG suíça “Campanha por um Emblema de Imprensa”, o Brasil aparece na quarta posição como o lugar mais perigoso para um repórter trabalhar em 2012. De acordo com o blog de Jamil Chade, do Estadão, se forem contados os países que não estão em guerra e vivem em regime de democracia, o Brasil é o segundo mais violento do planeta. A primeira posição é da Síria, com 32 jornalistas mortos.
O segundo é a Somália, país africano em que o governo central controla apenas a capital. Em terceiro lugar vem o México, com dez membros da imprensa assassinados em um ano e, na quarta posição, o Brasil, que acumula sete mortes, empatado com o Paquistão. No total, 110 jornalistas perderam a vida em 2012, um dos anos mais sangrentos para os meios de comunicação em pelo menos 30 anos.
“Esse é um dos anos mais violentos de que se tem notícia para a imprensa”, constatou o secretário-geral da entidade, Blaise Lempen. Se forem contados apenas os nove primeiros meses do ano, o incremento é de 36%.
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