:: ‘Arataca’
Wagner inaugura trecho da BA 676 que beneficia 55 mil moradores do Sul da Bahia
O trecho de cinco quilômetros da BA-676, que liga o município de Arataca à BR-101, foi recuperado pelo Governo do Estado e entregue à população nesta quinta-feira (4) pelo governador Jaques Wagner e o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar. Com investimentos de R$ 4,3 milhões, a obra beneficia 55 mil moradores do litoral sul da Bahia.
Além de Arataca, a ligação com rodovia federal oferece melhores condições de transporte e trafegabilidade para o escoamento da produção de cacau e da pecuária dos municípios de Una, Santa Luzia e Jussari. Totalmente restaurado, o trecho por onde trafegam diariamente 420 veículos está sinalizado e pavimentado.
Para dar maior qualidade e durabilidade à nova estrada, foi utilizado Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), material de alto padrão presente também em rodovias federais, escolhido pela característica do solo da região. O motorista Everson Santos ficou animado com a nova pista, que, segundo ele, melhorou 100%. “Ficou bem mais rápida, acabou com os prejuízos. Por conta dos buracos, o carro sempre quebrava”.
Wagner destacou os mais de sete mil quilômetros construídos e recuperados nos últimos seis anos. “Faz parte do nosso plano estadual de levar asfalto a todas as sedes das cidades e vamos continuar trabalhando para melhorar a vida de toda a região”. Entre as obras previstas está a duplicação da estrada Ilhéus-Itabuna, trecho da BR-415, que, de acordo com o governador, está em fase de licenciamento ambiental.
Jussari
Ainda no litoral sul, a ligação de Jussari com a BR-101 está concluída. Já o trecho que vai de Piraí do Norte à BR-101 deve ser concluída em três meses. “Acredito que até o final de 2013 teremos todos os municípios da região do cacau ligados por asfalto de boa qualidade”, disse Otto Alencar. A meta é que todos os 417 municípios baianos contem com vias de acesso às sedes asfaltadas até 2014.
Wagner inaugura recuperação da BA 676 em Arataca
O governador Jaques Wagner entrega nesta quinta-feira (4), às 9 horas, as obras de recuperação do trecho da Rodovia BA 676, entre a cidade de Arataca e a Rodovia BR 101.
O trecho tem uma extensão de 5 quilômetros e obra teve investimentos de 4 milhões e 600 mil reais, beneficiando cerca de 55 mil pessoas.
Assentamento Terra Vista promove Jornada de Agroecologia
O Território Litoral Sul estará promovendo entre o dia 26 de novembro à 1º de dezembro, a I Jornada de Agroecologia da Bahia, no Assentamento Terra Vista, na cidade de Arataca, Bahia. O evento tem como tema central “Agroecologia: uma proposta de soberania do território baiano” e terá a finalidade de reunir diferentes povos de comunidades tradicionais da Bahia para a troca de saberes e de conhecimentos sobre Agroecologia.
De acordo com o coordenador do Território Litoral Sul e coordenador do evento, Joelson Ferreira de Oliveira, a Jornada terá como programação diária a seguinte proposta: pela manhã as conferências de análise de conjuntura e formação política; pela tarde as oficinas práticas; e a noite as feiras de troca, apresentações culturais, troca de sementes, comercialização de produtos trazidos pelos diferentes povos.
Arataca, minas e frutos de ouro
Conta a lenda, que o tempo e a falta de esperança estão tratando de manter viva apenas na memória dos moradores mais antigos, que em Arataca, pequena cidade da Região Cacaueira da Bahia, existe um veio de ouro que começa no pé da serra, corta uma parte da área urbana e termina exatamente no subsolo da Igreja Matriz.
A lenda conta ainda que tamanha riqueza permanecerá eternamente nas profundezas enquanto a igreja não for demolida, coisa que os padres que cuidam do templo nem cogitam fazer.
As sagradas paredes da Igreja Matriz e tudo de mais sagrado que ela abriga em seu interior não correm o risco de serem postos abaixo para que caçadores de fortunas arranquem do ventre do solo o ouro que, a julgar pela indiferença com que o assunto é tratado na cidade, só existe mesmo na imaginação.
Ou no desejo contido -e impossível de realizar- de que o tempo ande para trás.
E que a cidade reviva um tempo em que existia ouro e ele não estava sob o solo, mas brotava do solo.
Mais precisamente um “fruto de ouro” que atendia pelo nome de cacau.
Arataca, a exemplo de outras tantas cidades do Sul da Bahia, como Jussari, Santa Luzia, Camacan, Buerarema, Uruçuca, Coaraci, Itajuipe, Una e Ubaitaba viveu, sim, o seu ciclo de ouro.
Eram tempos, que hoje igualmente parecem lenda, em mesmo que a maior parte dos ganhos fizesse a riqueza nababesca dos produtores de cacau, o dinheiro circulava e, de uma forma ou de outra, todos se beneficiavam com aquele fruto fantástico, que exigia poucos cuidados e dava duas safras por ano.
Um ciclo de riqueza que parecia interminável e que uma doença fulminante chamada vassoura-de-bruxa tratou de encerrar com tons apocalípticos.
Em menos de uma década, o que era riqueza se transformou em pobreza.
Cidades cheias de gente e de vida, a exemplo de Arataca, viram a população diminuir, com o êxodo rural e a migração dos moradores para bolsões de miséria de Itabuna e Ilhéus, ou para o inexistente paraíso paulista, onde os potes de ouro das oportunidades de trabalho se tornaram cada vez mais escassos.
Nas fazendas semi-abandonadas, cacaueiros antes carregados de frutos valiosos, hoje exibem as cicatrizes da vassoura-de-bruxa, com seus galhos mortos e seus frutos podres.
A mata virou pasto e onde havia cacau, hoje há predominantemente gado. No quesito emprego, a conta é perversa: numa fazenda onde 30 trabalhadores cuidavam das roças de cacau, e ali viviam com a família, hoje trabalham apenas dois vaqueiros.
Numa situação dessas, não há mesmo como acreditar em potes de ouro no final do arco-íris e nem em minas de ouro sob o chão da Igreja Matriz.
Talvez dê para acreditar que exista, não apenas no papel mas também na prática, uma política de recuperação que, se não tenha o dom de transformar novamente o fruto em ouro, que pelo menos ofereça condições para que esse fruto, aliado a outros cultivos, à agroindústria e ao turismo sustentável, alavanque um novo ciclo, em que não dependamos de veios de ouro descendo das serras, nem nos atemorizemos com as bruxas e suas vassouras devastadoras.
COMOÇÃO MARCA SEPULTAMENTO DE CANDIDATO A PREFEITO EM ARATACA
Em clima de grande comoção, foi sepultado Rozano Sá, que era candidato a prefeito de Arataca, no Sul da Bahia, pelo PT. Rozano sofreu um ataque cardíaco fulminante no sábado, após participar de um evento de campanha.
Existe a suspeita de envenenamento e a causa da morte será revelada através do laudo pericial, realizado pelo laboratório da polícia técnica, em Salvador..
Milhares de pessoas participaram do sepultamento de Rozano, que era favorito para vencer as eleições em Arataca. (fotos: Arataca News)
O DRAMA DE MANOEL
Há três meses, quando voltava de Eunápolis, onde foi visitar a mãe, para Arataca, onde reside, Manoel Messias dos Santos Ventura sofreu um acidente de automóvel e ficou tetraplégico.
Desde então, além da dor pela imobilidade, Manoel sofre com o descaso na saúdeem Itabuna. Jáse vão noventa dias e ele não consegue ser submetido a uma cirurgia que, ao menos, possa permitir que ele utilize uma cadeira de rodas.
Ele está internado no Hospital de Base de Itabuna, mas a cirurgia só pode ser feita no Hospital Calixto Midlej, da Santa Casa de Misericórdia. O problema é que quando tem vaga no centro cirúrgico, não tem médico. E quando tem médico, não tem vaga no centro cirúrgico.
Do desafortunado Manoel nem se pode dizer que espere sentado pela melhoria na saúde pública.
Que espere dolorosamente deitado.