:: ‘Academia de Letras da Bahia’
Emiliano José toma posse na Academia de Letras da Bahia
Eleito em novembro para ocupar a cadeira de número 1 da Academia de Letras da Bahia (ALB), o jornalista, escritor e professor Emiliano José toma posse nesta sexta-feira (19/03), às 19h. O evento ocorre de forma virtual, em decorrência da pandemia de Covid-19, assim como foi a posse histórica da nova diretoria da ALB, realizada no último dia 11, pelo Youtube (canal da ALB aqui). A solenidade será dirigida pelo acadêmico Ordep Serra, recém-eleito presidente da entidade. Depois do discurso de agradecimento, o mais novo imortal será saudado pelo arquiabade do Mosteiro de São Bento, Dom Emanuel D’Able do Amaral, membro da Academia.
Em entrevista à Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Emiliano José falou sobre a honraria de ocupar a cadeira deixada pelo historiador Luís Henrique Dias Tavares, falecido em junho passado. “A minha fala vai tentar traduzir o agradecimento e ao mesmo tempo lembrar os meus antecessores, e de modo muito especial do professor Luís Henrique Dias Tavares, provavelmente o mais importante historiador da vida baiana. Será um momento muito significativo”, destaca.
O imortal Edvaldo Brito – O encontro da Academia de Letras de Ilhéus com a Academia de Letras da Bahia
Efson Lima
As estórias começam assim: era uma vez, no interior da Bahia nasceu um menino, precisamente, no Recôncavo. De família humilde, cuja mãe tinha como “profissão lavadeira de ganho”,” Edvardo” tinha tudo para ser domado pelas regras do determinismo. Sendo negro, parecia já ter nascido com o sonho proibido e o destino traçado. Mas como dito “era uma vez” e em algum instante a história pode não se repetir, possibilitando assim o sujeito fugir das amarras e o círculo vicioso imposto a milhares de crianças brasileiras.
Fé, superação, apoio coletivo, esforço pessoal… uma palavra só explica? Um só fato evidencia? Talvez não. Só Sabemos que, no dia 29 de novembro de 2019, a Bahia ganhou seu mais novo imortal. Edvaldo Brito passou a fazer parte do seleto clube do Estado da Bahia. Foi pertencer à Academia de Letras da Bahia, fazendo parte da centenária Casa de Arlindo Fragoso. Somou-se a homens e mulheres que nos apresentam caminhos, contam-nos fantasias e nos impõem o à realidade combalida. A cadeira n.°3 ocupada por Guilherme Radel será reverenciada pelo jurista.
Salvo melhor juízo não é a cadeira que torna uma pessoa imortal, mas a obra, a caminhada… e o advogado, professor, escritor e intelectual Edvaldo Brito possui uma carreira formidável. Ele integra o conjunto de grande juristas do Brasil. Seguiu a tradição baiana de excelentes juristas: Rui Barbosa, Teixeira de Freitas, Orlando Gomes, Aliomar Baleeiro… Oh, céus! Para nossa honra e glória.
Com a vênia, chamá-lo-ei de professor, tive a honra de ter sido seu aluno no mestrado da Faculdade de Direito da UFBA em 2013, cuja disciplina Jurisdição Constitucional tinha sido feita para acompanhar as mobilizações de ruas, os embates sobre o controle das decisões do STF em face das ações constitucionais concentradas, o (não) monopólio das investigações pela polícia. Foi oportuno aprender com o mestre o quanto é imperioso o cumprimento do programado academicamente, o compromisso com a docência e o sacerdócio diário da retidão, a pontualidade e a persistência com o compromisso intelectual. Verdade seja dita: sofri, confesso, mas a admiração permanece.
Escritor grapiúna faz palestra na Academia de Letras da Bahia
O escritor Antônio Lopes participa do Curso Castro Alves, da Academia de Letras da Bahia (ALB), em Salvador, na quarta-feira, dia 4, com a palestra “Hélio Pólvora – entre o vivido e o imaginado”. Lopes tem no prelo da Editus o livro Noites de salto alto, sobre o cronista de Itabuna, falecido em 2015. O painel em homenagem ao autor de Estranhos e assustados, pela voz de vários escritores baianos, é coordenado pela professora Evelina Hoisel, presidente da ALB.
Além de Antônio Lopes, às 16h30min., o primeiro dia do curso conta com a participação do escritor Aramis Ribeiro Costa (“O singular Hélio Pólvora contista”) e da crítica literária Gerana Damulakis (“O romance como consequência”), ambos da ALB.
No segundo dia (quinta-feira, 5), sob \ c oordenação do acadêmico Aleilton Fonseca, serão tratados temas vários da literatura baiana, com destaque para a produção de Carlos Ribeiro e Aloysio de Carvalho Filho (o satírico Lulu Parola).
COBRA DE DUAS CABEÇAS EM SALVADOR
A Mondrongo Livros lança hoje em Salvador, “Cobra de duas cabeças”, obra de Herculano Assis, organizado por Gustavo Felicíssimo, trazendo poesia e prosa inéditas de Sosígenes Costa, poeta natural de Belmonte que viveu muitos anos em Ilhéus. O evento ocorrerá na Academia de Letras da Bahia, nesta quarta-feira, dia 18, a partir das 18 horas, e no Sebo Praia dos Livros, no Largo do Porto da Barra, dia 19, entre 17 e 19 horas. Na sequência do segundo dia acontece o sarau Pós-Lida, com participação do antropólogo e historiador Luiz Mott e do poeta Glauco Mattoso (via internet).
Sosígenes Costa é considerado por especialistas como um dos maiores poetas baianos de todos os tempos, mas o ponto alto e inusitado da obra são textos teóricos sobre literatura, em que aborda a obra de poetas como Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Raul Bopp, entre outros. A obra recupera ainda uma rara entrevista de SC, concedida ao editor e jornalista Reynaldo Jardim, publicada nos anos 50 na 2ª edição da revista Marco, no Rio de Janeiro. Cobra de duas cabeças traz também textos críticos de Jorge de Souza Araujo e Heitor Brasileiro Filho, bem como anexos fotográficos do acervo familiar, manuscritos e originais datilográficos.
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