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Carretas pegam fogo e professora morre em acidente na Bahia
Dois carros de passeio pegaram fogo após uma série de colisões provocada por uma carreta na Serra do Mutum, em Jaguaquara, neste domingo (10). A professora Iara São Paulo Luz morreu carbonizada no local do acidente. Ela lecionava em colégios de Jequié, no sudoeste baiano.
De acordo com testemunhas, o motorista da carreta com fertilizantes perdeu o controle da direção, colidindo com um caminhão-baú e uma carreta da Transbahia, além de atingir o GM Cruze onde estava a professora e um Ford Fiesta. A explosão e o fogo foram provocados com a colisão da carreta com fertilizantes contra outro veículo que transportava etanol.
A professora viajava acompanhada do filho, Dilson Filho, que sofreu queimaduras em 95% do corpo. O jovem foi levado para o Hospital Prado Valadares e, em seguida, para Vitória da Conquista, onde aguardava transferência em UTI aérea para Salvador.
O motorista da carreta que provocou o acidente está internado no Prado Valadares, em Jequié. De acordo com o Jequié Repórter, os quatro ocupantes do Ford Fiesta saíram ilesos, dentre eles uma criança de três anos. (do Pimenta)
Autora do livro “Como água para chocolate” faz palestra em Ilhéus
A Semana Jorge Amado de Cultura e Arte, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em homenagem ao aniversário de nascimento de um dos escritores mais populares do país (10 de agosto), chega ao final neste sábado, dia 9, com a palestra da escritora Laura Esquivel (foto). A autora da obra“Como água para chocolate” irá debater o tema “Literatura e Chocolate”, na Academia de Letras de Ilhéus. Este será o último debate do Seminário Literatura, Sons e Sabores, que integra a programação da semana, e teve início na quinta-feira, dia 7, com palestra “Africanias na Obra de Jorge Amado”, proferida pela escritora e professora Yeda Pessoa. Nesta sexta-feira, dia 8, as discussões serão conduzidas pelo professor Marielson Carvalho, a partir das 19 horas.
Laura Esquivel, 63 anos, nasceu no dia 30 de setembro de 1950, na cidade do México. Oriunda de uma família católica, manteve desde cedo uma certa abertura de espírito que a levou, na juventude estudar filosofias orientais, abrindo seu pensamento para a produção literária. Além do romance “Como água para chocolate” adaptado para o cinema em 1993, a autora produziu obras como La Ley Del Amor (1997, A Lei do Amor), Estrellita Marinera (1999, A Pequena Estrela-do-mar) e Tan Veloz Como El Deseo (2002, Tão Veloz Como o Desejo), e uma recolha de contos com o título Intimas Suculencias, Tratado Filosofico de Cocina (1998, Íntimas Suculências, Tratado Filosófico de Cozinha). O Livro das Emoções é a sua mais recente obra e a Malinche, que trata da conquista do México pela coroa espanhola, foi publicado em 2006.
Bahia quer alcançar autossuficiência na produção de carne de frango
Alcançar a autossuficiência na produção de ovos e de carne de frango na Bahia, através da atração de investimentos para o setor, é uma das metas prioritárias do governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, conforme destacou o secretário da pasta, Jairo Carneiro, ao abrir oficialmente, representando o governador Jaques Wagner, o XXX Congresso Nacional de Milho e Sorgo (CNMS), “Nosso grande desafio é transformar grãos em alimentos para consumo humano e em proteína animal, já que somos grandes produtores de milho e soja”, disse Jairo Carneiro, lembrando que na última safra foram colhidas 3,2 milhões de toneladas de milho e 3,98 milhões de toneladas de soja, matérias primas para alimentação animal, além do sorgo, cuja safra foi de 76 mil toneladas.
Apesar da elevada produção de grãos, a Bahia só produz 60% da carne de frango, 30% da carne suína, e 20% dos ovos que consome. Para mudar essa realidade, o governo do Estado trabalha para atrair investimentos para ampliação ou implantação de novas empresas. Para tanto, lembrou Jairo Carneiro, o Estado investe em infraestrutura, a exemplo da Ferrovia da Integração Oeste Leste (Fiol), o Porto Sul, em Ilhéus, e Canal do Sertão, cujo projeto executivo está sendo elaborado, para trazer água do Rio São Francisco, a partir de Sobradinho, para a Barragem de São José do Jacuípe, entre os municípios de Capim Grosso e Várzea da Roça. Essa obra, lembra o secretário, vai fomentar a irrigação numa vasta extensão do semiárido, bioma ocupa 2/3 de todo o território, onde vive cerca de 50% da população.
Jairo Carneiro destacou ainda que a Bahia oferece todas as condições e oportunidades para a implantação de agroindústrias, lembrando que “além da grande produção de grãos, que requer os beneficiamento e processamento agroindustrial, há disponibilidade de terras agricultáveis disponíveis para novos investimentos”. Ele disse ainda que a atração de agroindústrias é uma das metas do Estado, visando agregar valor à produção, gerando emprego, renda e melhores condições para o homem do campo.
Itabuna: Vigilância Sanitária de Itabuna encontra fezes de rato e apreende produtos vencidos no Itão

Fezes da rato nas latas de goiabada
Agentes da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Itabuna confirmaram a denúncia de consumidores ao encontrar fezes de roedores no depósito do supermercado Itão. No local foram recolhidas das prateleiras as embalagens de goiabada objeto da denúncia, além de 60 quilos de queijo e calabresa que estavam com o prazo de validade vencido.
Segundo o coordenador da Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde, Antônio Carlos Carvalho, ação dos fiscais se deu após uma cliente conseguir registrar, através da câmera de um celular, a presença de um roedor na prateleira onde ficava a sessão de doces e sobremesas. De acordo com o coordenador há pelo menos um mês o mesmo supermercado já havia sido notificado sobre irregularidades no galpão de armazenamento dos produtos.
“Venceu o prazo para regularizar as exigências determinadas pela Vigilância Sanitária realizada na visita anterior. Agora nós checamos novas infrações e vamos abrir um processo administrativo sanitário cujos resultados serão encaminhados ao Ministério Público e à Diretoria Municipal de Defesa do Consumidor – PROCON para ser apurado o crime contra a saúde pública”, explica Antônio Carlos Carvalho.
TRE libera pesquisa Bapesb
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) negou nesta sexta-feira (8) os pedidos de impugnação dos partidos DEM e PSB contra a pesquisa da Bapesp, encomendada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT).
A coligação “Um novo caminho para a Bahia”, liderada pela candidata Lídice da Mata (PSB), qualificou como tendencioso o levantamento ao associar, em formulário, o nome do candidato Rui Costa (PT) ao de Lula sem considerar mencionar a candidata a vice-presidente Marina Silva (PSB/Rede) quando apontado o nome de Lídice.
O DEM, de Paulo Souto, também entrou na Justiça contra a feitura da pesquisa por, praticamente, o mesmo propósito. Isso significa que, até o momento, o levantamento é válido e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde a última terça-feira (5). (com informações do Bahia Notícias).
Gaza, o massacre visto por dentro
Gideon Levy e Alex Levac, no Haaretz
Os números são escritos em tinta na palma da sua mão, como se fosse um aluno a anotar uma cábula para um exame: 1.035 mortos, 6.233 feridos, em duas horas na segunda-feira. A cada dia, ele apaga os números e atualiza-os
Esta semana, o professor Mads Gilbert deixou o Hospital de Shifa, na Faixa de Gaza, para passar umas breves férias na sua terra natal, Noruega, depois de duas semanas consecutivas a tratar as vítimas da guerra. O seu colega e compatriota, o professor Erik Fosse, deveria substituir Gilbert em Gaza, mas até meio da semana Israel ainda não tinha permitido que o fizesse. Fosse passou, também, a primeira semana da Margem Protetora em Shifa, e queria voltar.
Em termos de danos causado à população civil, e principalmente às crianças, a atual guerra na Faixa de Gaza é ainda mais angustiante do que a anterior
Gilbert e Fosse trabalharam em Shifa durante a Operação Chumbo Fundido, em 2008-09, e publicaram, na sequência dessa experiência, o livro Olhos em Gaza, um best-seller internacional. Agora, eles afirmam que, em termos de danos causado à população civil, e principalmente às crianças, a atual guerra na Faixa de Gaza é ainda mais angustiante do que a anterior.
Ambos têm cerca de sessenta anos. Eram admiradores de Israel na sua juventude, mas na primeira guerra do Líbano em 1982 – durante a qual se alistaram para ajudar a tratar os palestinos feridos – as suas perspetivas e vidas mudaram para sempre. “Foi então que vi a máquina de guerra israelense pela primeira vez”, lembra Gilbert.
Fosse dirige uma organização chamada NORWAC (Comitê da Ajuda Norueguesa), que presta assistência médica aos palestinos, e é financiada pelo governo norueguês. Gilbert (que é voluntário independente) e Fosse têm, ambos, dedicado boa parte das suas vidas a ajudar os palestinianos, o que tornou Gaza uma segunda casa para eles. Na segunda-feira à tarde, encontramos Fosse, um cirurgião cardíaco, em Herzlia, retornando para Gaza, depois das suas férias na Noruega. E conhecemos Gilbert, um anestesista, enquanto saía da passagem da fronteira de Erez a caminho de casa. As imagens descritas pelos dois deve pesar muito na consciência de cada ser humano decente.
“Pensei que a Operação Chumbo Fundido seria a experiência mais terrível da minha vida”, disse Gilbert, “até que cheguei a Gaza há duas semanas. Era ainda mais chocante. Os dados revelam que há 4,2 vítimas palestinas por hora… Mais de um quarto dos mortos são crianças; mais da metade são mulheres e crianças. As forças armadas de Israel admitem que 70% são civis; a ONU diz que 80% são; mas pelo que vi no Shifa, mais de 90% são civis. Isso significa que estamos a falar de um massacre da população civil”.
“Shujaiyeh foi um verdadeiro massacre”, continua ele. “Na Operação Chumbo Fundido, eu não vi esse tipo de ataque em edifícios residenciais; naquela época, os prédios públicos foram atacados. A brutalidade, o dano intencional a civis e a destruição são mais angustiantes agora do que na Operação Chumbo Fundido. O fato de as pessoas receberem um aviso de 80 segundos para evacuar as suas casas é desumano. A visão de Shujaiyeh é mais terrível do que qualquer coisa que vimos na Operação Chumbo Fundido”.
“Shujaiyeh parece Hiroshima. Nunca me vou acostumar com a visão de uma criança ferida, quando não temos à disposição meios adequados para tratar dela. Usamos anestesia local, devido à falta de remédios, e nem para isso há drogas suficientes”.
Gilbert, que leciona na Universidade do Norte da Noruega, também está furioso com o que considera como danos intencionais do exército aos hospitais. Nada sobrou do hospital de reabilitação Al-Wafa; o hospital infantil Mohammed al-Dura em Beit Hanun foi bombardeado pelo exército, e uma criança de dois anos e meio, internada na UTI, foi morta. Quatro pessoas morreram no Hospital Al-Aqsa. Gilbert tinha visitado o hospital infantil e testemunhou a cena com os seus próprio olhos. Nove ambulâncias foram atacadas; os médicos foram mortos e feridos. Na opinião de Gilbert, estes incidentes constituem crimes de guerra.
O médico ficou particularmente impressionado pela determinação e comportamento dos residentes, principalmente os que compõem as equipas médicas locais. Em Shipa, nenhum dos funcionários recebeu salário por três meses; nos oito meses anteriores, apenas receberam metade dele. Mesmo os que viram as suas casas destruídas continuaram a trabalhar. A sua devoção à profissão sob tais condições deixaram-no atônito.
No que diz respeito à afirmação de que os líderes de Hamas estão escondidos em Shifa, os dois noruegueses dizem não terem visto um único homem armado ou qualquer chefe da organização; alguns ministro do Hamas foram visitar os feridos.
Gilbert diz que, também na Operação Chumbo Fundido, o exército de Israel tentou assustar o pessoal médico dizendo que os militantes armados estavam escondidos no hospital. Mas a última pessoa com armas que os noruegueses viram em Shifa foi um médico israelense, durante a primeira intifada, anos atrás. Gilbert diz que avisou o homem sobre a lei internacional, que proíbe levar armas para hospitais.
Da mesma maneira, ele recusa as declarações de que o Hamas está usando a população civil de Gaza como escudo humano, e adiciona: “Onde é que a resistência clandestina ao nazismo se escondia, na Holanda e França? E onde escondia as suas armas?”
“Eu não apoio o Hamas”, diz Gilbert. “Eu apoio palestinos, e também o seu direito de escolher os líderes errados. E quem escolheu [o primeiro-ministro israelense] Neanyahu e [o ministro de Relações Exteriores, de extrema-direita] Lieberman? Eles [os palestinos] têm o direito de cometer erros. Visito Gaza há 17 anos. Quanto mais a bombardeiam, mais o apoio à resistência cresce. Sinto que a tentativa de retratar o Hamas como um Boko Haram é ridícula. Boko Haram é o exército de Israel, que está a violar a lei internacional. Como é que os seus comandantes podem estar orgulhosos de matar civis?
“A História vai julgá-los e acredito que o exército de Israel não vai sair bem desta situação, dados os fatos. Eu faço um apelo aos israelenses: ergam-se. Mostrem coragem. Israel está se movendo na direção de ser pior que a África do Sul — e isso seria uma forma vergonhosa de deixar o palco da história”.
Fosse é mais comedido, provavelmente porque trabalhou apenas até a invasão por terra em Gaza começar. Em Shifa, ele conduziu cerca de dez operações por dia. Elogia a especialidade dos médicos de Gaza, com quem trabalhou.
Ele vê a sua missão como uma extensão para além da sala de cirurgia, ao levantar um grito de alarme para o mundo, depois de Gaza ser esvaziada de qualquer presença internacional por Israel. Ele afirma que a maioria dos feridos que tratou foram atingidos por mísseis guiados de precisão. Está certo, portanto, de que o maior número de ataques a civis e crianças foi intencional.
No seu livro, os noruegueses reproduziram uma foto dos atiradores do exército de Israel, vestindo t-shirts com as legendas: “Menores — mais duros” e “Uma bala — dois mortos”. Desta vez, são os mísseis inteligentes que estão a matar crianças. Mas na opinião de Fosse, o cerco de Israel a Gaza é ainda mais sério para os seus residentes do que a guerra. E é esse o motivo de o Hamas estar mais agressivo agora.
“Há sete anos, a sociedade inteira está a desmoronar-se. Não há comércio, não há exportação nem saída. A única atividade que permite acumular dinheiro é o contrabando, e isso destrói a sociedade. Destrói Gaza como uma sociedade normal. O cerco criou um reduzido grupo de pessoas que enriquecem com o contrabando. Todas as outras são pobres. Isso mina a estrutura da sociedade, e é o maior problema de Gaza.
“Recordei-me das minhas conversas com cirurgiões palestinnos da minha idade. Durante anos, eles viveram numa Gaza aberta, que tinha relações excelentes com os médicos israelenses. Sempre sonharam em voltar a essa situação. Agora, esses mesmos médicos reúnem-se em volta da televisão e ficam felizes quando foguetes caem no país vizinho. Eu alerto: mas Israel vai reagir. E eles dizem: não nos importamos mais. Vamos morrer de qualquer maneira. É melhor morrer num bombardeamento.
“Eles perderam toda a esperança. É chocante ver estas pessoas a perderem os seus filhos e não se importarem mais. Israel está a perder soldados, agora, para preservar uma situação a que o mundo inteiro se opõe. Isso é um crime contra uma população civil imensa”, acrescenta Fosse.
“Vocês roubaram o seu futuro e eles estão em desespero. O Hamas não tem muito apoio, mas há um imenso apoio ao sentimento de que não há mais nada a perder. E, do outro lado, está a sociedade israelense, que não se importa. É muito triste. Vocês, que passaram pelo Holocausto, tornaram-se racistas. Na minha opinião, isso é uma tragédia. Por que estão a fazer isso? Estão a ultrapassar todos os limite éticos — e, no fim, isso também vai destruir a sua própria sociedade.”
(*) Artigo traduzido e publicado em português pelo Outras Palavras.
Tradução de Cauê Ameni e Gabriela Leite
Emoção marca entrega de título de Cidadão de Potiraguá a Edvaldo Cardoso
Emoção e o reconhecimento marcaram a entrega do título de Cidadão de Potiraguá, Edvaldo Cardoso, em sessão especial realizada pela Câmara de Vereadores. Prefeito de Potiraguá por duas vezes e uma das maiores lideranças políticas da história da cidade, Edvaldo Cardoso se tornou oficialmente Cidadão de Potiraguá ao comemorar 81 anos de vida.
O plenário da Câmara de Vereadores ficou lotado durante a solenidade. Amigos e lideranças políticas fizeram questão de destacar a atuação de Edvaldo Cardoso como homem público. “Edvaldo é um exemplo de administrador que atua em defesa da população, que realizou obras importantes na cidade”, disse o prefeito Luis Soares (PT), que prestigiou a solenidade ao lado da primeira dama Agda Lucia Oliveira Santos..
O vereador Jefferson Silva Santos (Gegel), neto de Edvaldo, afirmou que “entrei na vida pública tendo meu avô como referência. Sua história se confunde com a historia de Potiraguá”. Emocionado, Edvaldo Cardoso agradeceu as homenagens. “Sempre me considerei um cidadão de Potiraguá e é com muito orgulho que recebo esse título. Fico feliz em poder ter contribuído com o desenvolvimento da cidade e ter esse trabalho reconhecido”, afirmou..