O trabalho pioneiro na requalificação de estradas através do Programa de Recuperação e Manutenção de Rodovias do Estado da Bahia (PREMAR) fez com que o território baiano se tornasse referência nacional em projetos de infraestrutura viária. Em duas edições, o programa realizado pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), com investimento do Banco Mundial recuperou mais de 4 mil km de rodovias em todo o estado. São ações executadas pensando em questões ambientais e sociais, além da qualidade das vias para os condutores e pedestres, que foram valorizadas em publicação feita no site do Banco Mundial neste mês de dezembro.

O resultado positivo em ambas as edições está gerando a criação de um novo programa, que é o Programa de Manutenção Proativa e de Resiliência das Rodovias do Estado da Bahia (Pro-Rodovias), a ser lançado no inicio de 2024. “Assim como no Premar, iremos recuperar rodovias e fazermos ações em estradas vicinais, como construção de pontes, bueiros e passagens molhadas. Para o Pro-Rodovias, as novidades são a inclusão da implantação de contornos viários na BA-001 e da manutenção proativa, que é uma nova forma de contrato de longo prazo baseado em desempenho com gatilhos para eventos climáticos extremos” ressalta Sérgio Brito, secretário de Infraestrutura.

O modelo do PREMAR é considerado “chave” pelo Banco Mundial. Uma série de inovações foram promovidas ao longo dos programas em que colocaram contratos de manutenção de longo período, como na Parceria Público-Privada (PPP) do Sistema Viário da BA-052 e no de recuperação rodoviária com contratação integrada do projeto, a exemplo da BA-210, de Juazeiro até Sento Sé. É considerado exemplo a ser aplicado em outros lugares do Brasil e que também está em fase de negociação junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Ministério dos Transportes para ser implantado em rodovias federais de 12 estados, principalmente no Nordeste.

“O Premar abriu o caminho mostrando o que é necessário fazer, que incluem melhorias nas rodovias, na forma de mantê-las e na gestão da malha rodoviária como um todo. Sobretudo, um foco chave na sustentabilidade ambiental e fiscal, assim como na segurança viária e na gestão resiliente das rodovias aos eventos climáticos extremos” destaca o gerente do programa no Banco Mundial, Carlos Bellas Lamas.